Não tinha como ser contida com ela. Nem queria. Era de Sheilla naquele momento e poderia ser para o resto da sua vida, assim como a queria para si. O pensamento irracional de que era a única a ter o que tinha da outra, excitava-a ainda mais.
Sabia que sua morena queria levá-la na memória assim como queria ficar em sua memória. Ambas levariam e ficariam nas respectivas memórias.
Mesmo que Marianne Steinbrecher ou Sheilla Castro destruíssem tudo o que elas tentavam reconstruir, uma coisa era certa: elas juntas, fizeram amor, história, conexão e muitas memórias, e isso nelas e delas era indestrutível.
Segura aos cabelos ondulados juntos á nuca quente de Sheilla colada a seu corpo, Mari sentia as veias do pescoço moreno pulsando, seu sangue corria como o seu, agitado, veloz.
Sua pelve, sem seu consentimento ou impedimento ondulava no paladar de Sheilla. Queria gritar a toda altura o que intensamente sentia, cada vez mais, e mais até não aguentar mais. Mari gritou. Sheilla sorriu.
Sheilla veio retornando para seu lugar, lentamente sob o lençol, beijando o abdômen esculpido e nu da loira. As duas se olhavam nos olhos e sabiam que aquela conexão era única. Sempre foi.
Após morder a tatuagem da virilha da loira, a morena parou o ouvido no peito de Mari, ouviu-lhes o agitado coração por longos segundos. Mari olhava-a, sem nada dizer, só sorria. A morena encerrou a trilha de beijos ao ouvido da loira.
—Foi tão bom como pareceu?—A oposta sussurrou-lhes. Embora ela tinha certeza que sim.
—Muito She, muito. —Mari respirava pesado.
A loira beijou lhes o cabelo sem se mexer muito, permanecendo semi desmaiada.
—Vejo que mal se mexe e mal fala não é Marianne? Parece que o jogo virou, não é mesmo?
—Eu criei um monstro meu pai...
—Criou...E eu quero poder retribuir á altura tudo que me oferece loirinha. Vai sentir saudade?
—Com certeza, não.
—Como assim Mar?
—Porque por sorte, BH é logo ali. —Mari riu
—Jura?
—Já estou louca de saudade Sheilla, Já te quero, de novo.
Com Sheilla "cuidando delas", Mari correria o mundo por ela, para ela, para tê-la. Se a morena demonstrasse que não estava disposta a "cuidar delas", a loira estava decidida a não dar um mínimo passo.
Ela dependia de Sheilla. Não por poder de decisão, ou por estar a mercê dela. Mas sim porque as ações de Sheilla acarretariam nas reações de Mari.
Certezas reafirmadas, era hora de Sheilla ir. Mari já pronta para levá-la ao aeroporto, usava um jeans of white rasgado nos joelhos, regata preta, relógio esportivo preto, cordão preto no pescoço e seu cabelo solto.
Sentada na cama com o violão, pego por ansiedade, ela cantava para Sheilla uma música recém lançada, que tinha aprendido tocar ao ouvi-la poucas vezes.
🎶Fica mais um pouco aqui
Deitada do meu lado
Não, você não tem que ir
Lá fora tá gelado
Parece até que vai chover
Curte o sábado comigo
E deixa de besteira.
—Não devia fazer assim Mar, Sabe que tenho que ir. Essa situação escura, na qual estou tateando com o Breno, está intragável. Num momento ele pareceu querer gravar uma confissão de infidelidade, no outro pareceu querer você comigo numa viagem com ele.
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Between Us - SHARI
FanfictionFictício. Sheilla Castro e Mari do Vôlei. Após anos de silêncio e boatos, foi confirmado real o relacionamento que marcou uma legião de fãs do pioneiro e ainda vivo, o lendário ship SHARI. Descubra mais sobre a história de amor que marcou uma geraçã...
