45. O que não for, eu faço ser.

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—Mar? O que que cê tá dizendo? —A morena se levantou do chão correndo para o pescoço de Marianne. —Não repita mais isso! Não vou desistir de você. Eu te amo. Não quero perder você!

—Por mim Sheilla, que se foda o Breno. Mas se lembra do que eu te disse?

—Sim...

—Então repita para mim.

—Que eu só perco você para mim mesma.

—Eu não vou ficar numa relação maluca Sheilla. Talvez, eu deva sair por aquela porta, ir para São Paulo jogar, enquanto você pensa sua vida, suas escolhas baseada nos seus próprios propósitos. Eu já te adianto que dessa vez, eu estou pronta.

—Não Mari. —Sheilla chorou copiosamente.

—E por que esse choro todo então, Sheilla? É porque vai escolher DE NOVO sua carreira não é?

—Se você sair Mar, eu afundo, me afogo. Eu sou autodestrutiva, tonta. Fica comigo Marianne, sozinha não vou conseguir. Te peço. Por amor.

—Porra She, num momento a gente está decidindo qual das nossas barrigas vai crescer gerando nossos filhos, no outro você chora por não saber o que quer? Isso está ficando insalubre. Até mesmo para mim.

—Olha pra mim Marianne. Você é a minha vida, e quero só Você. —Sheilla tinha o rosto de Mari entre as mãos. Levantou nos pés nivelando os 5 centímetros de altura que as difere, e disse com toda sua verdade: —Eu te amo Mari. Não briga comigo.

—Como vou brigar She? Se eu só te tenho amor?

—Não desiste de mim Mari...

—Estamos à flor da pele. Vamos nos acalmar tá bom?

Sheilla chorou amparada por Mari. Abraçada a ela. A oposta não conseguiu contar que ligou para a estranha conhecida de Marianne por medo de Mari não reagir bem. Beijava lhes o pescoço. Cogitar ficar sem a loira era terrível.

Sheilla Castro e Marianne Steinbrecher voaram para São Paulo ao longo do dia. Vôos separados.

Sheilla foi mais cedo. Tinha uma reunião com Eugênia. Mari foi à academia, e fez algumas ligações para Bauru. Conversou um pouco com Paula Pequeno também por telefone.

Bem antes de sair para o aeroporto, uma mensagem que piscava há horas, e que, por sua distração não havia percebido, lhes chamou atenção. "Mali" era a única palavra de um número desconhecido.

Decidiu ligar. Sabia quem era.

—Alô?

—Se espantou com o "Mali"?

—Um pouco né? Não sou chamada assim há muito tempo. Pode mandar mensagens normais de seu número Viv, ligar, sabe disso poxa! Deixa eu adivinhar, o "Mali" que o Bê tanto me chamava, significa que você resolveu liberar ele para conhecer meus xodozim de motores V8 não é?

—Não Mari, não é isso. Só usei o Mali por conta do número novo, talvez você não retornasse. Não me importo nem como você entenda o motivo que faço essa ligação mas...

—Apenas pare Viv...desarme-se! O que houve? Não penso mal de você, caramba.

—A Sheilla me ligou...

—Ah não. Para quê? E como? Desde já, me desculpe qualquer transtorno, tá?

Mari foi informada do inteiro teor da ligação. A morena misteriosa apenas contou sem acrescentar nem tirar uma letra do ocorrido. Nem aconselhou, nem criticou. No fim, pediu que Mari salvasse seu novo número com outro nome e antes de dar tchau, disse a única frase:

Between Us - SHARIOnde histórias criam vida. Descubra agora