Fictício. Sheilla Castro e Mari do Vôlei.
Após anos de silêncio e boatos, foi confirmado real o relacionamento que marcou uma legião de fãs do pioneiro e ainda vivo, o lendário ship SHARI.
Descubra mais sobre a história de amor que marcou uma geraçã...
—Amor, relaxa vai!? A gente vê isso de Dona Gisella depois. Dança mais pertinho de mim, vem... Aproveitando a luz baixa, Mari puxou Sheilla com firmeza para mais perto dela. A morena estremeceu.
—Mari...
Depois disso, o casal Shari dançou por pouquíssimo tempo. Sorrisos, olho no olho, mensagens e códigos só delas. Sheilla tinha Mari na mão e ela sabia disso.
—Vamos para casa, She. Chega de me provocar, não aguento mais.
Sheilla sorriu. Conhecia o respirar da loira. Tinha provocado-a a confraternização toda. O limite de autocontrole e desejo de Mari tinham sido ultrapassados.
Além disso, ali, não tinha mais nada a ser feito pela morena. Ela marcou seu território em Bauru. Sheilla não confrontou Bruna verbalmente, é fato, mas ela certificou-se, e muito bem, de que a morena reparou nas alianças, agora iguais, dela e de Mari, certificando também que um dos beijos que deu em Mari na pista de dança fosse visto pela oposta titular do Bauru.
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Aparentemente, Mari tinha ido para o clube. Sheilla não sabia se ela teria muito tempo sem a loira em casa, mas ela sabia bem de uma coisa que sempre teve e tinha de sobra: coragem e sangue no olho.
Sheilla Castro abriu a interface do skype, esse, já logado na conta de Marianne. Tinha pego o notebook da loira, e, sem pensar muito, chamou.
A música da chamada ecoava ritmada com seu coração, ambos irritantes e apreensivos, dançavam um tango mortal. Aquela situação era uma granada sem o pino, prestes a ser lançada.
O sorriso de Dona Gisella inevitavelmente se desfez ao ver o rosto de Sheilla.
—Sheilla? Como vai? Cadê a Mari?? A senhora loira tentou sorrir de novo.
—Não precisa se preocupar...ela não está no momento. Aqui, sou só eu e a senhora.
As feições da senhora loira se tornaram duras e frias numa fração de segundo.
—Até que demorou para você ligar, Sheilla Castro. Eu sabia que sua cara de pau lustrosa e o seu ego gigante não permitiriam você se aguentar, não é mesmo? Tinha de me importunar. Conseguiu uma vitória. Uma vitória sem medalha e mérito, já te adianto. Conseguiu de novo dar um jeito de ir se esfregar nela não é?
—Escuta, eu não quero ser rude, eu respeito muito a senhora, Dona Gisella. Queria saber uma coisa da senhora...
Dona Gisella gargalhou.
—Saber o que? Se eu sei que você é uma sem vergonha que fodeu a carreira da minha filha? Que aproveitou de um "desvio", "uma fraqueza" dela para ir esfregar a "perseguida" nela por anos a fio, desconcentrando-a, até reduzir minha filha a pó e depois tomar seu rumo, desrespeitando minha casa e minha família? Eu sei.
—Dona Gisella, por favor... —Sheilla gaguejou. —E-e-u pensei que a senhora não sabia... Mas não é isso.
A garganta de Sheilla ia se fechando, parecia arder, queimar. Afogava-a em lava ácida.