78. Sobre gêmeos e gênios.👩🏼🧔🏼

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Após atender ao chamado de sua avó no quarto, Sheilla voltou à sala.
Imediatamente, ela buscou por Mari.
Vitor estava deitado na barriga da loira, que retorcida, olhava junto com ele a tela do celular e ambos sorriam.
—Essa é muito boa...
—Ih Mari, porém aguentar ela no ouvido é dureza.
—Te garanto que vale a pena...

Angelo cochilava com a cabeça praticamente no rodapé. Breno tinha assumido seu papel de "mari oudo" há poucos minutos e tinha ido deitar, todo territorialista, na cama de Sheilla, sua mulher.

Mari levantou os olhos para Sheilla. A morena sorriu-lhes com amor. Mari retribuiu o sorriso para a morena magra, insegura e claramente ansiosa.
Sheilla saltou Angelo e se sentou do lado de Mari, no chão, recostando o tronco na parede, assim como estava a loira. —O que vocês dois estão aprontando que tanto riem? Escolhendo skates ou motos?

Sheilla mordeu o lábio e disfarçou a pequena lágrima nos olhos. Mari a olhou por alguns segundos e abaixou a cabeça.
A oposta em pausa estava exausta de tudo. Queria simplesmente sair dali com Marianne.

Mari sentiu isso na hora. Sabia do incômodo de Sheilla mas não podia deixar de em seu íntimo fazer pirraça na situação, e por isso abaixara a cabeça. O gênio de Mari a impedia de conter certos ímpetos.

—A Mari tá me dando opinião sobre umas gatas da faculdade aqui e...

—Mari!? Como assim?—Sheilla bateu de leve no braço da loira, disse sorrindo, mas havia em sua voz, mais tristeza do que humor ou propriamente ciúme. Ela estava tentando brincar.

—Mas é um boca aberta mesmo... —Marianne fez o jogo de Sheilla, brincando com Vitor e também bateu nele.

—Ei Tinho, a vó quer sua opinião lá no quarto.

Vitor saiu e Sheilla entrelaçou sua mão à de Mari. Apertou com força e levou-a aos lábios e a beijou com amor. —Sabe do seu lugar em mim, em minha vida, aqui e em tudo, não sabe, Mar?—A morena beijou de leve, agora o ombro da loira.

—Eu sei...Mas de fato, eu já estava decidida ir embora, She.

—De jeito nenhum! Por que isso? Ô Mari, olha pra mim... —Sheilla levantou o queixo da loira com as duas mãos e num impulso, beijou-a.—Fica aqui comigo mais um pouco, não posso sair agora...

—Sheilla...—Mari repreendeu a morena na pausa para respirar do beijo ofegante que lhe fora roubado. —Não pode fazer isso aqui...não acha que já me provocou demais? Não sou de ferro! —Mari disse e mordeu de leve o lábio de Sheilla. Ia beijá-la para valer.

—Não pode mesmo, Sheilla. —Angelo sentou-se. —Não piorem as coisas, parecem doidas... dormiram juntas, estão juntas, custa ter um pouco de noção? Posso levar a Mari onde ela quiser sem o menor problema, ela mesma dirige, já que todos bebemos. Não é mesmo, loira?

—Ninguém, que não eu, levará a Mari pra lugar algum. —Sheilla disse, já se levantando.

—Posso ir de táxi assim vocês não precisam chorar nem disputar quem vai me dá carona, gente.
Mari sorriu e logo percebeu a presença de Breno.

—Por que sua avó está escalpelando seu irmão, lindinha? —Breno sorriu, espreguiçando o corpo. Por que não foi deitar, minha florzinha?

Quem por ventura estivesse observando Marianne, teria visto que seus olhos reviraram.

—A médica abriu um horário agora para olhar uns exames dela e ela não quer ir. —Sheilla explicou.

—E por que não? As visitas já foram todas embora... aliás, quase todas né? Certas pessoas não. Quer cerveja, loira gelada?

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⏰ Última atualização: Mar 25 ⏰

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