Mari acompanhava com os olhos e ouvidos as etapas do voo da morena ainda em solo.
Quando o avião de Sheilla passava da V.2, que na aviação significa se encaminhar para a velocidade Máxima de rotação que indica que o avião não pode mais ser parado, praticamente a 270km/h obrigatoriamente ele precisa levantar voo, Mari pensou nela e em Sheilla.
Existem fatores que definem o momento em que a tripulação pode iniciar a decolagem ou abortá-la de imediato, em caso de falha crítica da aeronave.
Tais marcadores são definidos pela tripulação segundo a configuração da aeronave e as condições de funcionamento, como as condições da pista, pressão atmosférica, temperatura ambiente, versão e peso da aeronave.
Mari repassou mentalmente cada fator envolvido numa decolagem de uma máquina daquelas.
V1 - velocidade máxima durante a decolagem na qual o piloto pode parar com segurança a aeronave sem sair da pista. É também a velocidade mínima que permite ao piloto prosseguir em segurança para decolagem, mesmo que ocorra uma falha crítica entre V1 e V2.
V2 - velocidade de segurança para a decolagem. Acima desta velocidade, a decolagem deve prosseguir e não poderá ser abortada, a menos que haja razões para crer que o avião não irá manter-se no ar.
V2min - velocidade mínima para a decolagem.
V3 - velocidade de retração dos flaps.
VEF - velocidade em que ocorre uma falha crítica do(s) motor(es) durante a decolagem.
VFTO - velocidade final na decolagem.
VMCG - velocidade mínima de controle em solo com falha crítica de motor(es).
VMCA - velocidade mínima de controle em voo com falha crítica de motor(es).
VR - velocidade de rotação (início da decolagem), momento em que que o trem de pouso "de nariz" sai da pista.
Mari entendia do assunto, sabia que tal qual os procedimentos de voos, era sua situação com Sheilla, esta que, a partir dali e do que elas conversaram não tinha mais o que ser feito: parar, checar freios, checar cintos, combustíveis, passageiros, condições climáticas, plano de voo e pouso: o avião decolava; o futuro do relacionamento Shari levantou voo. Sheilla deveria mostrar ação. Ou a pane estava instalada.
Apenas quando o avião fez a volta, para seguir sua rota, Mari entrou no carro.
Viu-se no espelho. "Você é uó Marianne", que raiva de você, coração de gelo é o cacete, você é louca por ela.
Ela sorriu. Deu a partida, o som agora vinha doloroso, romântico.
"🎶Depois de sonhar tantos anos
De fazer tantos planos
De um futuro pra nós
Depois de tantos desenganos
Nós nos abandonamos como tantos casais"
Ah, faça me o favor, né, Marisa? Eu vou muito te ouvir e me afundar em lágrimas, nein...
Mari pensou, sorriu e mudou a estação, procurando por algo mais feliz, de boa batida...
🎶What about us?
What about all the broken happy ever afters?
What about us?
What about all the plans that ended in disaster?
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Between Us - SHARI
FanfictionFictício. Sheilla Castro e Mari do Vôlei. Após anos de silêncio e boatos, foi confirmado real o relacionamento que marcou uma legião de fãs do pioneiro e ainda vivo, o lendário ship SHARI. Descubra mais sobre a história de amor que marcou uma geraçã...
