Capitulo 2

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Narrador

Após cumprir o que havia planejado, Mon acaba dormindo no sofá, a pequena que estava com apenas um short curto de moletom e uma camisa preta larga, tirava um leve cochilo enquanto Rosé adentrava ao ambiente, deixando seu tênis na entrada. A passos leves se aproxima da menor. A observa dormir por alguns segundos antes de dar três leves batidas na mesa ao lado do sofá vendo Kornkamon abrir os olhos devagar.

— Oi amor. – diz a loira deitando em cima da menor, num abraço aconchegante e dando um beijo no pescoço da mesma.

— Oi Park, vamos fazer o que hoje?

— Eu tenho muitos planos e nenhum deles nos leva a sair de dentro do apartamento. – Rosé diz com um sorriso malicioso em seu rosto.

— Huuum, acho que eu gostei dessa ideia, estou em falta com o cardio mesmo. – completa Mon rindo e agarrando a mais velha em um abraço.

Passam-se algumas horas, Rosé não vê Mon ao seu lado após acordar do breve cochilo que tirou depois de alguns momentos de carícias e prazer que ocuparam a sua tarde. Revisa lentamente o ambiente e percebe que já anoiteceu, o espaço vazio na cama com vestígios de tudo o que acontecera antes, a faz sorrir em um leve suspiro. A loira se levanta e vai direto para o banho, faz sua higiene, se direciona ao closet de Mon, coloca um de seus moletons e um short seu que havia deixado por lá. Após sair do quarto a procura da outra, a encontra na cozinha preparando o jantar. Se aproxima da menor depositando um beijo em sua bochecha.

— Senti sua falta quando acordei!

— Eu não consegui dormir, então resolvi fazer o jantar. – Mon responde com um sorriso triste. Rosé logo percebe que mais uma vez os sonhos de Mon a perturbavam a ponto da mais nova não querer dormir.

— Não conseguiu ou não quis, Mon?

— Um pouco dos dois...

— Teve pesadelos novamente? – Rosé pergunta enquanto organizava as louças para o jantar.

– Sim, mas não quero falar sobre isso, tudo bem? Vou ligar para minha terapeuta e resolvo com ela. Podemos encerrar esse assunto por aqui? – Mon diz esticando o braço para pegar o prato e servir o jantar.

— Ok. – A loira assente entregando-o para a namorada.

Sam

Pego minha mala acomodando-a em cima da cama, coloco roupas de frio, algumas peças mais formais para o evento, e ocasionalmente algo para sair a noite. Não preciso de muita coisa, irei ficar no meu loft e tenho algumas roupas por lá. Confiro os últimos itens: passaporte, fone, travesseiro de pescoço... afinal é um voo de 12 horas. Assim que termino pego o celular para mandar mensagem a Kade.

Narrador

Ao chegar o dia da viagem, Kade consegue as passagens para que todas fossem juntas, as três embarcam para Londres em um voo sem conexão. Sam estava cansada, feliz e ao mesmo tempo triste. Feliz pois seria homenageada, iria voltar ao país que tanto ama, como o faz todo ano, e finalmente poderia descansar. Triste porque quase tudo naquele lugar a lembrava Mon e os relacionamentos fracassados que vieram depois dela. Por esse motivo, pediu para que Lisa fosse junto, pois uma das coisas boas que Londres lhe trouxe foi a amiga, e sabia que ao sentir qualquer sentimento que a deixasse para baixo, ela estaria ali para cuidá-la. 

Finalmente, depois de um longo voo e mais alguns minutos em um táxi, as três chegam ao loft de Sam.

— Bom, não se sintam em casa, porque a casa é minha, mas vocês sabem onde fica o quarto de hospedes podem se acomodar. Estou com dor de cabeça, vou tomar banho e descansar. – Sam diz enquanto massageava as têmporas.

— Sam, vamos sair pra comer alguma coisa.

— Qual parte do estou passando mal você não ouviu, Lalisa?

— Não precisa ser estúpida, só estamos preocupadas contigo, você não comeu nada no voo. – Diz Kade enquanto coloca as malas no canto da entrada.

— Faz o seguinte, saiam vocês e tragam algo pra eu comer. Eu não quero sair, vou tomar meu banho, um remédio e me deitar, quando vocês voltarem eu como, ok?

— Ok, Samanum. – Lalisa responde com o tom um tanto chateado.

— Ok, então! – Sam finge não dar importância em ter magoado a amiga com sua grosseria.

Algum tempo depois, Kade bate na porta do quarto de Sam.

— Sam chegamos, vem jantar. – Diz a amiga enquanto aguarda resposta da mesma. Dentro do quarto Sam abre os olhos lentamente. Percebe que a dor de cabeça amenizou e passa as mãos em seu rosto de forma a se situar.

— Estou indo Kade, só um minuto... – Diz ao levantar-se e caminhar até o banheiro da sua suíte para lavar o rosto e se despertar um pouco mais. Logo em seguida, vai até a sala onde estão as meninas, para descobrir que elas não comeram fora, e sim, trouxeram variedades de comidas para que pudessem comer juntas, o que lhe deu um conforto no coração, porque se tinha uma coisa que Samanun detestava era fazer refeições sozinha.

— Sam passei naquele restaurante que tivemos nosso primeiro encontro lembra? Pedi o mesmo prato daquela noite! – Lisa exclama com um semblante divertido, como se quisesse importunar a amiga.

— Ah, bem que achei que aquele nome não me era estranho, foi lá que Sam disse que teve um date com uma esquisita, mas pelo menos a comida era boa. – Diz Kade rindo de seu próprio comentário.

— Qual foi Kade, você falou isso Sam? – Lisa diz fazendo um bico, Sam não pode deixar de rir.

— Não foi bem assim Lali. – Sam se explica tentando amenizar a situação, contendo o riso. – Tivemos vários encontros, mas naquele você estava falante demais. Ainda bem que decidimos manter a amizade, até porque você é muito galinha e eu vi que não queria relacionamento, porém ganhei uma ótima amiga!

— Saaam, você falou sim! Não acredito, estou ofendida. Eu falei pra caramba porque estava  tentando te deixar confortável, me magoou agora.

— Mas eu não confirmei nada Lali!

— Você só me chama assim quando quer algo ou quando não quer que eu fique chateada contigo.

— Ops... mas depois foi legal, só não servimos para isso, ué. – Sam diz gargalhando da cara de chateada que Lisa fazia para ela. — Kade você não presta. – Deixa um tapa no ombro da amiga. O fim de noite foi divertido, elas passaram comendo e conversando, Samanun sabia que a sorte que não teve no amor teve em suas amizades.

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