Capítulo 7

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Tee

Depois de descobrir sobre o encontro que aconteceu entre Sam e Mon mais cedo, por ironia do destino dentre todas as baladas em Londres viemos parar na mesma, agora estamos todos juntos, bebendo com os amigos de ambos lados. Não consigo tirar os olhos de Yuki, ela é tão fofa, bonita e sexy, não vou negar que o fato dela dizer que me odeia me deixa mais apaixonado, talvez seja pelo fato de não me dar muita atenção, não sei explicar, só sei que adoraria muito, muito mesmo que ela não me odiasse tanto, porque, bem, eu sou apaixonado por ela, mas lógico que jamais iria admitir isso.

— Por que me odeia tanto? – pergunto para pequena.

— Você sabe muito bem, deixa de ser sonso. – esbraveja depois de virar mais uma dose.

— Sério isso? Eu não faço ideia, mas adoraria saber.

— Bebe seu drink e para de me encher o saco!

— Dança comigo? Prometo que fico calado o resto da noite, palavra de escoteiro. – digo beijando meus dedos cruzados.

— Não vou dançar com você Tee, tá louco, e nem escoteiro você é!

— Então irei ficar aqui do seu lado, aonde for...

— Como você é chato, hein?! Vou ao banheiro. – Yuki diz se levantando.

— Vou com você! – digo a seguindo só para implicar, eu já iria ao bar que ficava na mesma direção. Ela é tão linda, não entendo porque me odeia tanto, nos víamos algumas vezes, nunca a destratei, pelo contrário, sempre tive interesse nela, porém nunca tive nenhuma chance. Após o termino das meninas não nos vimos mais, primeiro porque se visse Mon depois do que aconteceu, provavelmente passaria com carro por cima dela e daria ré, e segundo, o que tínhamos em comum não existia mais. Apesar disso, Yuki nunca saiu da minha cabeça, e o fato de implicar tanto comigo fazia com que a desejasse mais. Ela foi ao banheiro, eu parei no bar para pegar mais bebidas, até que finalmente topa dançar comigo. Passei boa parte da noite admirando-a, estávamos dançando, não na pista, e sim em outra parte da festa, próximo ao rooftop, em um local mais reservado, seu corpo próximo ao meu, seus cabelos soltavam um aroma de frutas frescas, quando percebi que não estávamos mais afastadas, coloquei a mão em seu rosto, o que a fez parar. "Tudo bem?" foi o que consegui dizer até ela ficar na ponta dos pés e me beijar em um canto reservado de um clube em Londres, a garota que eu gosto desde os 20 poucos anos, finalmente me beijou, e que beijo. Me escorei próximo a parede para que ficasse em uma altura mais confortável, quebrando nosso beijo. A vejo soltar um sorriso sem graça, tentar partir, mas seguro sua mão a impedindo.

— Foi tão ruim assim pra você? – falo a direcionando para mim, ela finalmente se aproxima e responde.

— Não foi ruim, honestamente esperava que fosse, o problema agora é que não quero parar. – ali foi meu fim, nos beijávamos, graças às músicas que surpreendentemente estavam num ritmo muito sedutor ao álcool e ao momento. Tudo estava perfeito, até começar a chover, que porra.

— Vem, vamos! – pega em minha mão dando uma leve corridinha, nos encaminhando para uma entrada coberta até que ouvimos Mon e Sam discutindo. Ficamos preocupadas, e então silêncio, total silêncio. Quando fomos ver, ficamos em choque, as duas estavam atracadas, tenho certeza que se não tivéssemos interrompido, não teriam nenhum pudor e consumariam o ato ali mesmo.

— Você só pode estar de brincadeira!

Mon

A chuva gelada, o corpo quente dela contra o meu, o beijo que me envolvia, o toque que embaralha todos os meus sentidos, tudo me tirava o chão, aqui comigo, absolutamente tudo era alheio a mim, a nós. Nesse momento somente tinha a necessidade dela, a saudade me consumia, era como se ela fosse a vitalidade que me falta, a nossa volta não tinha nada, apenas nós, a chuva, e o calor que minava de nossos corpos. Pelo menos era o que achava, até sermos surpreendidas por Tee e Yuki. Ali tudo explodiu, a culpa, a confusão, os sentimentos. Ao quebrarmos nosso contado, veio a avalanche, sinto certa culpa, mas não por achar que cometi um erro, pelo contrário é a coisa mais correta que fiz, não sei, nos últimos 5 anos?

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