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•Caçarola: Bem melhor, vou dizer sempre•

•••

_Ei! - o chamo - Acabou o tempo.

O loiro estava com as pernas cruzadas e seus olhos escuros, como se não tivesse dormido a uns três anos. Abro a pequena portinha de madeira, fazendo com que o sol tenha contato com o seu rosto. Seus olhos ficam mais claros agora. Lindo.


_ Acho que vou te deixar aí, o que você acha? - Newt move seu corpo na tentativa de se levantar, mas o ambiente é pequeno para ele.

Newt: Me tira daqui! - diz firme - Pelo amor de Deus. - me afasto do amansador o suficiente para o garoto conseguir sair.

Com os olhos fechados e as mãos na cintura, ele respira todo ar que seus pulmões permitem. Lentamente ele abre o olho.

Newt: Odeio você! - suas sobrancelhas arquearam com raiva.

_Eu não tenho culpa de nada! Você quem quis se fazer de protetor. Cada um com seus pecados...- viro as costas para o loiro atrás de mim e vou embora. 

Me recuso a olhar para trás. Sei que ele está parado no mesmo lugar me olhando...

Nos últimos três dias, eu tive bastante contato com minho. Posso dizer que viramos bons amigos, mas, às vezes me pego pensando se ele não acha que estou a querer algo mais.

O mesmo me olha meio diferente. Ele é lindo, claro. Mas não quero me apaixonar por um corredor, é muito perigoso. Não quero e não preciso sentir a dor de uma perca...

Tê-lo como amigo já é bem torturante. Até porquê ele é extremamente lindo, uau. Só de pensar em minhas mãos percorrendo as extremidades de sua barriga, me sinto arrepiada.

De longe consigo ver seus belos músculos deixando suas blusas pequenas demais para ele. E seus olhos puxados, porra! Como ele é lindo.

Me lembro de ontem, eu estava ouvindo ele falar de como foi sua primeira noite na clareia. Só estava ouvindo porque prestando atenção eu não estava. E não me arrependo. O jeito que seus lábios se moviam eram interessantes, me faziam sentir vontade de ataca-lós.

Minho: Oi, Sn - Minho pega em minha cintura me puxando para o seu lado - Como vai?

_Bem, muito bem e você? - respondo.

Minho: Ah, você sabe, apenas correndo...- ele diz como se não fosse nada - E Newt? - sinto meu corpo paralisar.

_  O que?

Minho: "O que?" - o moreno me imita, ou pelo menos tenta - Soltou ele?

_ Aanh... É...- olho para trás pela primeira vez, e Newt não estava mais lá. Um mar de decepção invade minha mente, queria vê-lo ali.

Minho: "É"? O que isso quer dizer?

_ Soltei ele. Na verdade deveria ter feito isso ontem mas acabei esquecendo - rimos com o meu pequeno "esquecimento" fajuto.

Minho: Mudando de assunto...Eu queria falar com você sobre Ne- Alby tira a nossa atenção.

Alby: Cadê Newt? Precisamos dele na Sede. Você também - aponta para Minho.

Minho: Wow, estou ocupado. Sinto muito. - Minho sai correndo em direção ao labirinto. Alby o olha com decepção, totalmente visível em seu olhar.

Alby: Deixa esse menino comigo...Falou com Newt? - Alby pergunta serrando os olhos.

_ Sim? Você me mandou soltar ele, lembra? - o mesmo concorda.

Alby: Conversou com ele? - balanço a cabeça positivamente - Hmm...Conversaram o que?

_ Alby! Eu não sou uma criança. E se não quer que eu me aproxime dele, por qual motivo indecente você me mandou solta-ló?

Alby: Era só um teste!

_ Não faz sentido. Você é louco!

Alby: Julgue meus métodos mas não critique meus resultados! - Neste exato momento sinto que estou ao lado de um grande professor de filosofia.

_ Credo. Você parece um velho!

Alby: Vá fazer suas obrigações! - o mesmo volta a Sede.

_ Posso participar? Parece importante! - digo alto para que o mesmo possa ouvir.

Alby: Você é uma encarregada?

_ Não.

Alby: Então pronto! Não chore. - Alby finalmente passa pela porta.

Merda. Queria ser Minho nesses momentos. Ou qualquer outro encarregado, quero saber do que se trata essa reunião.

Raramente tem reuniões na Sede. E quando tem, sempre é de extrema importância.

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Amanhã tem mais

𝑬𝑵𝑻𝑹𝑬 𝑳𝑨𝑩𝑰𝑹𝑰𝑵𝑻𝑶𝑺Onde histórias criam vida. Descubra agora