𝑬𝑵𝑻𝑹𝑬 𝑳𝑨𝑩𝑰𝑹𝑰𝑵𝑻𝑶𝑺

023- ̶O̶ ̶A̶t̶a̶q̶u̶e̶

•Está louco se pensa que deixarei você! Está ferido, precisa de
ajuda. - ele nega - Como não? Olhe para si, não consegue
andar sozinho!•

Observando o loiro em minha frente tentando não transparecer sua dor, tento forçar minha mente a pensar. Toco seu rosto gelado, tendo seus lindos olhos castanhos nos meus.

_Permaneça aqui! - espero ele concordar e rapidamente me preparo para correr em meio toda essa bagunça. Em questão de segundos sou atingida por algo comprido. Arremessada a uns dois metros.

Caio na grama grande, não tendo tempo para pensar já que um verdugo se encontra ao meu lado. Ponho o punho sobre minha cintura, estancando o corte feito pelos espinhos daquela maldita calda.

Não vou tentar lutar contra isso, sei muito bem que não tenho chances. Com dor, me levanto lentamente olhando para a criatura, preparada para correr. Lágrimas tentem a escorrer mas seguro, tenho que ser forte o suficiente para salvar o meu garoto.

Cautelosamente dou um passo atrás de outro, lentamente...Thomas logo me aparece com uma pistola, acertando diversas vezes contra o rosto da criatura. Me deixando atordoada que a fera continua bem, mesmo assim, sua atenção não está mais em mim e sim em Thomas.

Ele fez isso com razão, sabe o que eu tenho que fazer. Com um sorriso doloroso eu o agradeço. Tenho sua resposta antes dele começar a despistar o verdugo que corria em sua direção. Com mais atenção atravesso a clareia.

Chego na cozinha e procuro por álcool. Sei que Caçarola tem isto em algum lugar por aqui, ele costuma cheirar quando seu nariz aparece entupido. Não acho em lugar algum, reviro todos os armários e gavetas, e nada. Aperto mais uma vez meu ferimento deixando uma lágrima cair, até que me vem uma lembrança.

Abro uma portinha que se encontra no chão improvisado de madeira, lá encontrando o álcool e alguns suprimentos médicos. Pego tudo e junto a minha bolsa. Gritos estão mais altos agora, me dando um certo medo de continuar.

Respiro forte algumas vezes, segurando o choro e limpando o nariz. Tiro o cabelo do rosto e volto para Newt. Encontro o garoto no mesmo lugar que o deixei. Me sento ao seu lado, abraçando-o aliviada por ainda estar vivo. Desta vez não posso deixar de chorar, molho seu pescoço com minhas lágrimas.

Me separo quando ouço seu riso interno, levanto sua camisa na altura do seu corte. Está feio, fundo e o garoto perdeu muito sangue.

_ Eu vou jogar o álcool agora, não grite! - afirmo e ele apenas me encara. Despejo meio litro ali, fazendo uma careca com o seu grunhido de dor. Newt joga a cabeça para o lado com os lábios entreabertos, os fios de cabelo caiam sobre seu rosto com o suor os grudando.

Newt: Tudo bem, querida. Chega disso! - guardo o litro, e logo o enfaixo. Aperto o comprimento do pano contra sua pele com cuidado extremo para que ele sinta menas dor possível. O garoto olhava cada movimento meu.

Estou tentando poupar meus movimentos, cada centímetro era uma dor em minha cintura. Não sei se é fundo, não tive tempo para olhar mas, não quero preocupa-ló. Não agora...

Termino e ele se levanta com certa força, com a mão no abdômen ele se aproxima de mim. Me puxando pelo queixo e transferindo um pequeno selinho demorado em minha testa.

Alby: Não é porque estamos todos morrendo que vou esquecer do afastamento dos dois - diz o moreno apontando para nós dois. - É uma pena tenha sobrevivido - brincalhão ele profere um pequeno soco sobre o bravo de Newt que sorri amargamente.

Entrelaço nossas mãos quando os garotos começam a chegar, a Sede parece estar lotada agora. Com diversos feridos e chorões. Agora minha ferida dói mais com o sangue quase frio, não consigo conter minha dor. Me sinto cada vez mais fraca.

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Voltei minhas lindas 💕
Espero que gostem deste pequeno drama.
Musiquinha triste pra apavorar vocês (mentira, é só pq é boa e me lembra "como eu era antes de você)
Desculpe se tiver alguns erros na escrita, não revisei este cap

Votem ⭐
Obrigada por ler❤️‍🩹