007 - Segredos

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Acho que minha mente resetou quando o vi indo embora. Senti satisfação por ver que aparentemente meu objetivo havia sido alcançado, mas ao mesmo tempo senti arrependimento da qual eu não entrava uma explicação.

Me soltei dos braços de Noah e cambaleando caminhei até a minha bolsa que ainda estava no balcão, pude ouvir sua voz grossa chamando pelo meu nome mas fingi que entrava em um de meus ouvidos e escapava pelo outro.

Meus olhos percorreram todo o ambiente, eu queria muito encontrá-lo.

Comecei a dar corridinhas e passei a chacoalhar todos que estavam em minha frente para ter certeza se era ou não ele. Mas nada.

Meus olhos se cansaram de tanto procurar e eu senti meu corpo fraquejando. Eu ainda não estava sã e podia perceber o quão bobinha eu estava só pela forma de andar.

Me sentei ao lado da saída e me senti prepotente pois percebi que seria impossível eu ser minha própria condutora de volta para o meu quarto pois eu não conseguia nem contar quantos dedos estavam grudados na minha mão.

No mesmo instante que minha mente parou de tentar encontrar Tom, o mesmo puxou meu braço com uma força descomunal, senti que ele ia se descolar do meu ombro com o movimento.

- Ai seu porra! - Meu grito vem acompanhado de um tabefe no ombro do guitarrista. - Sera que vai ter algum momento na minha vida em que ninguém vai me puxar e vai aprender a apenas FALAR O MEU NOME. - A voz sai embolada e eu ainda me sentia meramente anestesiada, pelo menos acho que ele entendeu o que eu quis dizer.

- Vamos embora. - Ele solta o meu braço e sai andando, mas eu fico parada olhando ele tombando de leve a minha cabeça. - AGORA! - Quando percebe que eu não o acompanhei, ele virou e gritou.

- Não quero. - Disse enquanto minha cabeça permanecia tombada e meu pescoço indicava a negação em minha resposta.

- Como quiser. - Ele se rende e me... ELE ME PEGA NO COLO?!

- Você tá de sacanagem. - É a última coisa que eu digo antes de sentir meu corpo sendo erguido.

Eu não tinha forças para me debater ou tentar me soltar de seus braços, então a única coisa que eu fazia era gritar que estava sendo sequestrada, mas devido a tranquilidade em que ele caminhava e pelo meu rosto de boba, ninguém não estava nem aí.

O garoto caminhou comigo até o carro que estava lá na frente, que era meu, me posicionou em pé ao lado dele e pegou minha bolsa para coletar as chaves que as guardava dentro da mesma. Assim que o carro foi aberto ele me empurrou para parte de trás do carro. Tom era muitas coisas, delicado não era uma delas.

- Sabe que eu não sou criança né. - Eu disse enquanto me ajeitava e ele entrava no banco condutor.

- Mas age feito uma então tem que ser tratada como uma. - Sua voz era séria e suas mãos cobertas por veias pulsantes me hipnotizavam.

- Você não achou quer eu agia feito criança enquanto dançava colada ao Noah. - Minha voz soava extremamente provocativa e eu apenas vi seus olhos sombrios me encarando furiosamente pelo espelho ao mesmo tempo em que sua mão virava a chave e dava partida no carro.

- O Noah eu quero que se foda. - Ele volta a prestar atenção na estrada. - E você que cale a boca.

- Por que saiu correndo quando me viu beijando ele? - Perguntei quando meu corpo se inclinava para frente, meus cotovelos pousavam entre os bancos e meus olhos encaravam seus maxilares totalmente marcados.

- Por que beijou ele? - Seu maxilar travava a cada palavra soletrada.

- Era proibido? - Meu rosto se vira e se repousa no meu próprio braço direito me dando visão total de seu perfil.

PROMISE - Tokio HotelOnde histórias criam vida. Descubra agora