No momento em que meus pés tocam o chão e a porta do carro se bate, sinto meu corpo inteiro congelar com tamanho frio. Era possível ver fumaça sendo expelida pela minha boca, mas não se engane, não era maconha. Pelo menos não ainda.Suspiro profundamente e cruzo meus braços tentando conter o pouco calor que tinha em meu corpo. Meu casaco branco e grosso não era o suficiente.
Retirei algumas mechas do meu cabelo que pousavam em meu rosto e finalmente, lentamente caminhei até a entrada do clube.
Confesso que não sei ao certo o real motivo da minha vinda até aqui. Mas eu sentia que precisava de algo, lá no fundo eu sabia o que era porém o medo de ter certeza era maior.
Havia dois caras parados na entrada do local, não tentaram me impedir nem nada do tipo, pelo contrário, nem sequer olharam para mim enquanto eu passava entre ambos.
Mais um suspiro foge de meus lábios ao ver de longe o grupo que conheci no primeiro dia. Eles me chamaram para que eu chegasse mais perto, mas Noah ao me ver, saiu de perto de todos então sumiu do meu campo de visão.
Me aproximei com um enorme sorriso falso no rosto e comecei a observar tudo que estava em minha volta.
As pessoas hoje aparentavam estar um pouco mais eufóricas e animadas. Acredito que é claro o motivo de todos estarem dessa forma. Confesso que uma parte de mim estava ansiosa para o que viria a seguir, até porque tudo pode acontecer.
— Eu sabia que viria. - A loira me surpreende com a fala.
— E como tinha certeza se nem eu sabia? - Retruco curiosa e vejo seu olhar surpreso com a resposta.
— Vocês sempre voltam. - Ela disse com a voz rouca porém pacífica.
Todos estavam sentados em volta de uma mesa redonda de madeira, que aparentemente, nada guardava.
Pela situação, me questionei mentalmente se eu havia entendido certo a sua mensagem. Afinal, não respondi e apenas vim para cá. A garota pareceu notar as dúvidas escritas em meu cenho franzido.
— Se acalma. - Ela diz. - Ele já vai chegar. - Seus olhos transmitem o puro caos.
Era difícil identificar o que se passava em sua vida. Um olhar cansado e com um enorme pedido de socorro. Ela me parecia ser vítima dessa situação, mas não compreendia o porque dela querer que todos virassem vítima disso também.
Eu apenas lancei um olhar sombrio em sua direção, com um semblante fechado assenti sua resposta e descruzei os braços.
Meus olhos não paravam de circular o ambiente, nem por um segundo sequer.
Não via o Tom, e pensava que ele estaria aqui. A mensagem que recebi dele parecia ter a ver com essa situação. Mas não, ele não surgia em meu campo de visão.
— Como conseguiu meu número? - Perguntei na tentativa de livrar meus pensamentos do tal garoto.
— Noah. - Taliyah responde friamente e impacientemente sem nem ao menos olhar em meu rosto, parecia que ela também estava ansiosa pela carga.
Sua resposta foi tão retórica que pedi licença e me dirigi ao que parecia ser o banheiro.
O lugar era levemente mais limpo do que o esperado.
Bem organizado e a paleta de cores era baseadas em preto e um vermelho bem escuro. Acompanhava o interior do clube.Lá dentro, fiquei me perguntando se realmente valia a pena estar ali. Vi e revi todos os meus conceitos do que seria certo e do que seria errado e de toda forma eu estava indo contra tudo que eu ditava ser correto. E a troco de quê?
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PROMISE - Tokio Hotel
Fiksi Penggemar+16 A Universidade pode ser considerada por muitos como uma meta de vida e o local onde sua vida adulta finalmente se desenrolará. Para outros, o lugar onde eles iram desfrutar de tudo que lhes foi tirado durante a adolescência. Porém para Alune, se...