009 - O começo do Início do Caos

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Não sei qual foi o momento da minha vida em que eu pensei que beber o final de semana inteiro valeria a pena. Me senti com 16 anos, perdida da mesma maneira.

A diferença é que agora ninguém briga comigo por isso, não tenho minha mãe, e o problema é exatamente esse. Eu não consigo me controlar e não preciso ter medo de levar bronca quando eu chegar em casa.

Desde que eu vim para cá, minha mãe não mandou mensagens, o que é estranho até porque ela é extremamente protetora mas por algum motivo não obtive notícia alguma sobre sua pessoa.

Não me pergunte a razão de eu não ter a iniciativa de mandar a mensagem, eu realmente não faço a menor ideia. Acredito que meu coração ficará machucado se eu tiver que mentir para a minha própria mãe sobre minha recaída estratosférica.

Hoje a manhã foi complicada, para mim e para Layla. Ela disse que lembraria de tudo, mas na realidade não soube me contar nada. Já a minha pessoa se recorda de absolutamente tudo, mesmo ingerindo uma quantidade significativa de álcool, a situação traumática que fui obrigada a presenciar, me tirou a sorte da amnésia. Porém, não impediu que minha cabeça latejasse durante toda a manhã.

Bill apareceu na primeira aula péssimo, usando óculos de sol e tudo, mas foi engraçado citar coisas que ele havia feito das quais ele sentia vergonha, por pouco não proferiu socos contra mim.

Gustav e Georg ficam em outro bloco do campus, não era muito comum que nos cruzássemos pelos corredores, a não ser pela cafeteria e o restaurante atrás, era praticamente nosso point alimentício, já que o cappuccino lá é delicioso e o almoço era muito mais saboroso. E Tom? Bom, melhor esquecer esse assunto.

Nessa segunda semana, podemos dizer que as aulas começaram de fato, até porque tem quase o dobro de pessoas circulando pelos espaços da faculdade e boa parte eu ainda não havia visto.

Mas preciso dizer, minha cabeça ainda não compreendeu que agora as coisas tem que ser levadas a sério de verdade. Ainda estou pensando sobre as coisas que aconteceram nesse final de semana.

Devido a quantidade de fatos ocorridos, eu poderia dizer que já se passavam uns meses desde que cheguei aqui. Mas não, pouco mais de uma semana que nossa chegada foi marcada pela série se acontecimentos confusos e exóticos.

Fiquei pensando sobre o funcionamento daquele club. Exemplo, se eu aparecesse lá hoje, teria algo para eu ver? ou estaria fechado? Será que Tom tocaria lá hoje? Não Alune, hoje é segunda burra.

Algumas coisas futucavam minha cabeça e me davam uma pulga atrás da orelha. Eu passei a manhã inteira me sentindo extremamente ansiosa e irritada. Eu estava morrendo de vontade de ir ao club hoje, mas é uma segunda-feira. Meu Deus o que tá acontecendo?!

- Alune! - Vejo uma mão sinalizar a frente de meus olhos e um cabelo escuro e espetado desfocado atrás.

- Oi..desculpa. - Pisco os olhos rapidamente e ao balançar a cabeça, foco em Bill que me lançava um sorrio consolador. - O que estava falando? - Pergunto desconexa e continuo a me locomover.

- Está tudo bem? - A voz preocupante era facilmente inidentificável pela sua expressão facial.

- Esta...ta sim é só que... - Gaguejo ao tentar dizer algo.

- Pensamentos. - Ele me interrompe com um sorriso confortante e eu sorrio timidamente. - Ta tudo bem, eu também tenho pensamentos. - Ele sussurra em meu ouvido e volta a olhar para frente. - Quer conversar?

- Acho que... - Não pude terminar de falar pois na curva do corredor bati de frente com Tom que estava acompanhado de Layla.

- Ei amor. - Sua voz doce empurra levemente o garoto ao seu lado e me envolve em um abraço, que é retribuído pela mesma intensidade.

PROMISE - Tokio HotelOnde histórias criam vida. Descubra agora