012 - Melhores Amigos

2.1K 199 497
                                    



— Por que não trouxe o Tom junto com você? - Layla pergunta enquanto vem em minha direção após meu corpo estar totalmente dentro da grande casa e a porta atrás de mim se fechar.

— Ofereci mas ele não quis. - Minha mentira parecia ter se desenrolado bem já que a ruiva fez um biquinho para demonstrar sua tristeza e não consigo controlar o sorriso falso que surge em meu rosto.

Ainda me sinto meio nervosa e mentalmente descontrolada. Era como se meus neurônios estivessem perdidos e circulando de um lado para o outro sem nenhum tipo de padrão. Isso fervia minha cabeça.

Os garotos conversavam sobre algo na qual eu não prestava atenção e era possível ver o nervosismo de Layla com a demora do guitarrista. Confesso que parte da minha ansiedade se dava por isso, não era tão longe assim para tamanha demora.

Meus dedos batucavam a mesa e a sola dos meus pés subiam e desciam um intervalo de tempo quase inexistente. Meus olhos circulavam o ambiente como se alguém fosse aparecer a qualquer momento.

— Por que demorou tanto? - Indaga a ruiva após meus ouvidos detectarem a porta frontal se abrindo e meu corpo virando involuntariamente.

— Um dos meus alunos me pediu ajuda para organizar as cordas da guitarra dele. - O garoto entrou sem sequer olhar em minha direção. - Era caminho então eu resolvi dar essa ajudinha. - Ele entregou a bolsa da ruiva em suas mãos e se sentou.

Eu não disse uma palavra depois de sua chegada. Acreditava que meu nervosismo se cessaria após descobrir seu paradeiro, mas os tremeliques em minhas pernas não paravam.

Me sentia agoniada e minhas pernas coçavam sem parar. Meu corpo inteiro formigava e eu estava visivelmente desconfortável, porém se me perguntarem a razão pela qual a adrenalina em meu sangue estava tão elevada, eu não saberei responder.

Tom está mais falante que o normal e também mais próximo da ruiva do que o normal. Os garotos continuavam conversando e rindo atoa, era legal de ver e confortante.

Várias vezes tentei soltar risos falsos para disfarçar a bagunça em que minha mente se encontrava mas era praticamente inútil. Bill foi o único que notou meu desconforto, o que me surpreendia e ao mesmo tempo decepcionava. Como minha própria melhor amiga não percebia o caos em que eu me encontrava, mas uma pessoa que conheço a pouco menos de um mês, já detectava isso tão facilmente. Talvez ela estivesse tentada demais a conseguir conquistar o rostinho lindo do garoto rebelde, enquanto eu tentava decifrar o mesmo.

Senti as mãos suaves e delicadas de Bill tocando minha coxa direita, que estava inquieta, o gesto fez meu corpo saltar com o susto. Meus olhos se elevaram em sua direção e entrei em contato direto com suas pupilas pouco dilatadas e que esbanjavam proteção.

O garoto me lançou um singelo sorriso de conforto que soou como um frasco de oxitocina, e o efeito foi imediato.

Senti meu corpo abraçado apenas com aquele olhar e a calma pairou sobre o meu corpo. Eu não sabia que uma pessoa tinha poder o suficiente para tal ação, mas descobri que era possível.

— Quer conversar? - A voz suave e cicia soprava em meus ouvidos.

— Por favor. - Respondo como uma súplica e o sorriso ladino surgi em ambos os rostos.

Ele sinalizou com a cabeça para que eu o seguisse, e assim fiz.

Bill caminhou para o lado externo da casa e se sentou na escada de entrada da residência. Com batidinhas leves no chão sinalizou para que eu fizesse o mesmo.

— Então. - Suas mãos repousam sob seu queixo e seus olhos brilham em minha direção. - O que se passa com a minha querida Alune? - Por incrível que pareça, aquela frase boba significou muito para mim.

PROMISE - Tokio HotelOnde histórias criam vida. Descubra agora