— Por que não trouxe o Tom junto com você? - Layla pergunta enquanto vem em minha direção após meu corpo estar totalmente dentro da grande casa e a porta atrás de mim se fechar.— Ofereci mas ele não quis. - Minha mentira parecia ter se desenrolado bem já que a ruiva fez um biquinho para demonstrar sua tristeza e não consigo controlar o sorriso falso que surge em meu rosto.
Ainda me sinto meio nervosa e mentalmente descontrolada. Era como se meus neurônios estivessem perdidos e circulando de um lado para o outro sem nenhum tipo de padrão. Isso fervia minha cabeça.
Os garotos conversavam sobre algo na qual eu não prestava atenção e era possível ver o nervosismo de Layla com a demora do guitarrista. Confesso que parte da minha ansiedade se dava por isso, não era tão longe assim para tamanha demora.
Meus dedos batucavam a mesa e a sola dos meus pés subiam e desciam um intervalo de tempo quase inexistente. Meus olhos circulavam o ambiente como se alguém fosse aparecer a qualquer momento.
— Por que demorou tanto? - Indaga a ruiva após meus ouvidos detectarem a porta frontal se abrindo e meu corpo virando involuntariamente.
— Um dos meus alunos me pediu ajuda para organizar as cordas da guitarra dele. - O garoto entrou sem sequer olhar em minha direção. - Era caminho então eu resolvi dar essa ajudinha. - Ele entregou a bolsa da ruiva em suas mãos e se sentou.
Eu não disse uma palavra depois de sua chegada. Acreditava que meu nervosismo se cessaria após descobrir seu paradeiro, mas os tremeliques em minhas pernas não paravam.
Me sentia agoniada e minhas pernas coçavam sem parar. Meu corpo inteiro formigava e eu estava visivelmente desconfortável, porém se me perguntarem a razão pela qual a adrenalina em meu sangue estava tão elevada, eu não saberei responder.
Tom está mais falante que o normal e também mais próximo da ruiva do que o normal. Os garotos continuavam conversando e rindo atoa, era legal de ver e confortante.
Várias vezes tentei soltar risos falsos para disfarçar a bagunça em que minha mente se encontrava mas era praticamente inútil. Bill foi o único que notou meu desconforto, o que me surpreendia e ao mesmo tempo decepcionava. Como minha própria melhor amiga não percebia o caos em que eu me encontrava, mas uma pessoa que conheço a pouco menos de um mês, já detectava isso tão facilmente. Talvez ela estivesse tentada demais a conseguir conquistar o rostinho lindo do garoto rebelde, enquanto eu tentava decifrar o mesmo.
Senti as mãos suaves e delicadas de Bill tocando minha coxa direita, que estava inquieta, o gesto fez meu corpo saltar com o susto. Meus olhos se elevaram em sua direção e entrei em contato direto com suas pupilas pouco dilatadas e que esbanjavam proteção.
O garoto me lançou um singelo sorriso de conforto que soou como um frasco de oxitocina, e o efeito foi imediato.
Senti meu corpo abraçado apenas com aquele olhar e a calma pairou sobre o meu corpo. Eu não sabia que uma pessoa tinha poder o suficiente para tal ação, mas descobri que era possível.
— Quer conversar? - A voz suave e cicia soprava em meus ouvidos.
— Por favor. - Respondo como uma súplica e o sorriso ladino surgi em ambos os rostos.
Ele sinalizou com a cabeça para que eu o seguisse, e assim fiz.
Bill caminhou para o lado externo da casa e se sentou na escada de entrada da residência. Com batidinhas leves no chão sinalizou para que eu fizesse o mesmo.
— Então. - Suas mãos repousam sob seu queixo e seus olhos brilham em minha direção. - O que se passa com a minha querida Alune? - Por incrível que pareça, aquela frase boba significou muito para mim.
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PROMISE - Tokio Hotel
Fanfiction+16 A Universidade pode ser considerada por muitos como uma meta de vida e o local onde sua vida adulta finalmente se desenrolará. Para outros, o lugar onde eles iram desfrutar de tudo que lhes foi tirado durante a adolescência. Porém para Alune, se...