018 - Sem Escapatória

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Eu não sentia meu corpo, eu estava completamente extasiada presa ao seu corpo. Meus batimentos nem eram detectáveis mais e seus olhos brilhavam como um grande sol.

— E agora o que a gente faz? - Minha voz soa como um sopro enquanto minha íris está conectada com a de Tom.

— Eu..Eu não sei. - É notável a fraqueza em seus lábios nesse exato momento.

Sinto um estalo em meu corpo e tudo de estremece. Rapidamente eu me afasto do garoto e respiro muito profundamente ao encara-ló novamente porém dessa vez em uma distância gradativamente maior.

— O que faz aqui? - Gaguejo tímida e retiro uma das mechas que estavam cobrindo o meu rosto.

— O ensaio acabou e eles foram comer fora. - O desânimo em sua fala é deprimente e eu respiro mais profundamente. - Eu iria mas algo me disse que era pra eu voltar. - Ele completou a fala e me encarou preocupado. - Acho que minha intuição estava certa.

— Por que escondeu as drogas? - Questiono calmamente com os braços totalmente cruzados e ouço seu riso abafado.

— Você ainda pergunta? - O sarcasmo em seu tom de voz é majoritariamente irritante e me faz revirar os olhos. - Cansei de dizer que você não precisa disso, a partir de agora eu vou agir pra que você entenda.

— Eu não sei o que faço pra lidar com essa sensação que me mantém presa nesse círculo vicioso. - Minha indagação carrega um grande peso banhado em desespero.

— Essa sensação existe justamente pra te manter presa nisso. - Sua voz se aproxima. - Eu to aqui pra te ajudar. - Sinto sua mão pousar em meu ombro e a outra apoiar em meu queixo erguendo minha cabeça. - Precisa confiar em mim. - Seu sussurro é devastador e seus olhos me fitam como se o garoto observasse a mais bela das paisagens. - Eu preciso que você confie em mim. - Minha cabeça balança sem meu controle.

Eu não sabia o que ele queria nesse momento. Seus olhos estavam muito concentrados em observar os meus e nosso contato visual nunca era quebrado.

Eu pensei que pudesse acontecer algo, mas meu corpo estava extremamente fraco. Foi então que eu percebi que havia ficado desde o almoço sem ingerir nenhum tipo de alimento, era aquilo que me proporcionava a maior parte da fraqueza. A pior parte, é que eu nem sentia fome mais.

O celular de Tom tocou mais uma vez, porém dessa vez ele não queria atender. Com a constância, se sentiu pressionado, então suas mãos se desgrudaram do meu corpo com muita lentidão, e foram até seu bolso.

Seu rosto havia se fechado e sua expressão era de quem não tinha muitos amigos.

— O que foi? - Questiono curiosa vendo o garoto voltar os olhares para mim.

— Preciso sair. - Ele diz sério e eu inclino minha cabeça para o lado após ver seu rosto com vários pontos de interrogação. - Você vai comigo. - Sua voz sai rápida e ele agarra meus braços me puxando para andar junto com ele.

— Pera o que? - Pergunto assustada e ele para. - Onde você vai?

— Taliyah, ela ta me chamando. - Sua intonação é plenamente grave.

— Ela ainda te manda mensagens? - Perguntei curiosa e ele balançou a cabeça em negação.

— Por isso que eu tenho que ir. - Ele retruca, eu apenas assinto e sou puxada novamente.

— Mas espera olha minha roupa. - Paro novamente e olho para o meu próprio corpo.

— O que tem ela? - Sua voz sai totalmente confusa.

— Eu to de pijama. - Digo como se fosse obvio e ele sorri sarcástico.

— Vai se trocar, te espero lá em baixo. - Sua frase chega ao ponto e o garoto desce as escadas. - Não demora.

PROMISE - Tokio HotelOnde histórias criam vida. Descubra agora