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– Como é que é? – Meu rosto cora no mesmo momento.

Era óbvio que Lucas iria me falar algo assim em algum momento, ele sempre foi assim. Na verdade estava até demorando pra ele dizer essas típicas coisas.

– Isso mesmo que você ouviu. – Ele fala decidido.

– Já percebi que você me trouxe aqui não só pra tomar sorvete.

Ele faz como se sentisse ofendido.

– Ei! Eu te vi triste e quis te ajudar, e que modo eu posso te fazer mais feliz do que transar comigo?

– Lucas! – Repreendo ele. – Para de falar isso em público porra.

– Desculpa princesa. – Ele ri. – Brincadeiras a parte, deixa eu provar seu sorvete.

Lucas pega sua colher e coloca no meu sorvete, depois provando.

– Eca, muito tradicional.

– Você só reclama ein. – Brinco.

– Eu que paguei sua ridícula.

– Pagou pra se gabar? – Levanto a sobrancelha. – Pode deixar que eu te devolvo cada centavo então.

– Relaxa linda. – Ele sorri. – Mudando um pouco de assunto, não acredito que fui trabalhar bem na escola daquele filho da puta.

– Quem? – Me faço de sonsa.

– Você sabe. – Ele trava o maxilar. – Tom Kaulitz, o maior babaca.

Fecho a cara e fico meio desconfortável.

Eu não queria falar sobre ele, nem se quer saber sobre nada relacionado a isso. Eu realmente estava magoada com Tom, mas sabia que ele não iria parar de me procurar até resolver.

– O que foi?

– O quê? – Respondo.

– Você ficou com aquela cara de abatida de novo. Foi ele que te deixou daquele jeito? – Lucas pergunta.

Pelo visto eu não sabia disfarçar nem um pouco.

– Eu não quero falar sobre isso, por favor.

– Se ele fizer algo com você, eu juro que mato ele.

– Tá tudo bem, é sério. – Tranquilizo. – Acho melhor eu ir pra casa.

– Mas já? – Ele fica preocupado.

– Sim, tá tarde e eu nem deveria estar aqui. Tô de castigo.

Minha mãe iria me matar se eu chegasse mais tarde que isso, com certeza eu estaria fodida.

– Depois diz que não é criança.

Faço uma cara irônica pra ele. Adoro seu jeito provocativo.

– Obrigado pelo sorvete. – Me levanto.

Ele se levanta também e chega perto.

– Por nada... Princesa. – Ele sorri e eu devolvo.

[...]

Chego em casa e minha única vontade era deitar na minha cama, e dormir.

Eu estava sem vontade pra absolutamente nada, depois do que aconteceu hoje eu fiquei tão decepcionada que não conseguia mais pensar nas coisas boas, e sim só nas ruins.

Tom tinha sido tão imbecil, estava me dando até nojo do que tinha feito.

Afinal de tudo, a errada fui eu, não é?

Luxúria - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora