Luxúria - Tom Kaulitz

04

Aparentemente Bill era uma pessoa mais bem humorada que o irmão, ele era engraçado e sabia conversar.

Conversamos durante o resto do dia todinho, ele me contava das coisas que gostava e até o que fazia em seu tempo livre. Me disse que ele e Tom sabiam tocar instrumentos, especialmente o irmão na guitarra. Não que eu não tenha percebido, ele tinha jeito com os dedos (muito jeito).

Após ficar um tempão ainda conversando, lembrei de minha "amiga" Jade, e que talvez deveria ter ido no almoço com ela ao invés de ter aceitado o convite da Sr. Suzan. Resolvi ligar pra ela.

– Alô? – Ela dizia do outro lado da linha.

– O-oi Jade, aqui é a S/n, desculpe não ter ido almoçar com você hoje.

– Ah! Fica tranquila amiga. – Ela disse num tom calmo. – Eu tive que resolver outras coisas também. Problemas de relacionamento, uma merda.

Relacionamento? Não imaginava que Jade namorava.

– Você namora?

– Sim s/n. Eu mandei algumas mensagens porém ele não respondeu. Fiquei preocupada só que já nos acertamos.

– Hum, entendo. Relacionamento é assim, fica de olho aberto. – Dou um conselho.

Nunca tive um relacionamento concreto, e não por falta de vontade, mas sim por medo de ser corna ou algo do tipo. E também porque tenho um pouco de preguiça em conhecer as pessoas, tipo, tem todo uma burocracia pra namorar sabe? Conhecer pais, a própria pessoa, pegar intimidade.
Sem contar no fim não é mesmo? O fim sempre é triste, uma completa merda. Não que eu seja alguém negativa, mas normalmente namoro de adolescência não dura muito.

– Eu sempre fico. – Ela brincou dando umas risadinhas. – Mas hoje vou passar a noite na casa dele, sabe como é né? – Ela riu mais uma vez.

Eu dei uma risada sincera, também lembrando do encontro que eu desmarquei só pra poder transar. Bom, eu não sabia que iria, mas nunca se sabe né.

– Aproveita, e transa muito.

Eu já me sentia na intimidade de falar essas coisas, acho que ela não ligava.

– É o que eu mais pretendo, inclusive, estou saindo, beijooo!

Ela desliga a ligação sem nem ao menos me deixar falar tchau. Incrível como as pessoas ficam sedentas por sexo.

[...]

Já era noite, e do nada ouço um toque de ligação.

– S/n? – Era minha mãe. – Hoje não vou conseguir dormir em casa, tenho ainda algumas coisas do trabalho pra resolver.

Eu achei estranho, até porque quando morávamos com meu pai isso nunca havia acontecido. Talvez algumas coisas do trabalho tiveram que mudar, sei lá.

– Ok mãe, fica tranquila. Me avisa quando estiver voltando.

Como minha única amiga Jade ia na casa do namorado pra poder transar, eu fiquei sem opções pra poder ter uma companhia a noite. No mesmo instante me lembrei de Bill, ele era uma ótima companhia, porque não pensei nisso antes?

Eu até poderia chamar Tom, e terminar o que eu tanto queria, mas eu e ele nem trocamos contatos. Eu não iria ir até a casa dele e perguntar pra sua mãe "Posso falar com o Tom?" à noite, e só sair de manhã do quarto dele. Iria dar muitos indícios do que fizemos, se é que ela já não desconfiava.

Mandei uma mensagem pra Bill, perguntando se o mesmo queria vir pra minha casa hoje.

Depois de uns cinco minutos, meu celular vibra.