(pov: S/n)
Já era no outro dia, e eu tinha acabado de acordar.
Tom estava do meu lado, agarrando minha cintura.
Eu não estava entendendo muito bem, tudo estava confuso e eu com uma do de cabeça do capeta. Com certeza a ressaca do dia anterior.
Levantei tentando não acordar Tom, e fui ao banheiro fazer minhas necessidades. Eu não estava tão péssima, meu cabelo ainda permanecia bom, mas minha cara estava igual a de uma doida.
Tentei me ajeitar ao máximo, e sai do banheiro.
Ouvi um telefone vibrar, era o de Tom, com a seguinte mensagem.
"O que aconteceu na noite passada? Você levou a S/n embora sozinho?"
Fiquei meio sem entender.
Jade não aparentava ter tanto ciúmes assim quando estava na minha frente, ela só agia normalmente como se nada a abalasse. Claro, é normal sentir ciúmes e etc, mas eu e Tom nunca tínhamos dado motivos (na frente dela) pra ela desconfiar.
Ela era uma garota na qual se mostrava ser confiante independente da situação. Aquela pessoa que se garante, sabe? Mas na verdade ela parecia mais insegura de si mesma do que alguém que passa confiança.
Eu já não estava mais aguentando ter que esconder isso dela, porque cada dia que passava, meu desejo por Tom aumentava. E eu sabia, com certeza sabia, que ele não iria terminar.
Fui tirar a blusa de Kaulitz e colocar meu moletom que trouxe no dia anterior por cima do vestido.
– Bom dia... – Tom acorda ainda meio sonolento.
– Oi, bom dia. – Digo ainda de calcinha e sutiã.
Ele abre o olho lentamente e me vê, logo abrindo um sorrisinho de canto.
– Olha, sobre a noite passada... – Ele diz. – Eu tentei ao máximo não fazer nada, mas você tava me provocando e eu...
– Tom, tá tudo bem. – O interrompo. – Eu queria aquilo, não se preocupe.
Senti uma respiração de alívio vindo de sua parte.
Não vou dizer que lembrava de absolutamente tudo que fizemos na madrugada passada, até porque não seria verdade. Eu lembrava de algumas coisinhas do tipo eu provocando ele e também de nós tomando banho juntos. O resto? Bom, deixa ser resto mesmo.
Tom pega seu celular e vê as mensagens de Jade fazendo uma cara de tédio.
– A mesma ladainha de sempre. – Ele comenta.
– O quê? – Me faço de desentendida.
– Jade é muito ciumenta, ela quer a todo custo que eu viva só pra ela.
– E isso não é bom? – Debocho brincando.
– Óbvio que não. – Ele fala sério. – Para de ser idiota.
Nossa, pra que essa grosseria?
Apenas fiquei quieta e terminei de me arrumar.
Como ainda era cedo, a família de Tom não tinha acordado, o que foi perfeito pra mim poder sair sem que ninguém me visse.
[...]
Quando vou abrir a porta da minha casa, minha mãe está sentada na mesa com uma cara de brava.
– O-oi mãe... – Digo meio desconfiada que ela soubesse onde fui.
– Onde você estava? – Ela me olha séria.
– Ué, na casa da minha amiga. – Minto descaradamente.
– Ah, sério? Então porque quando eu liguei para a mãe da Jade eles me disseram que você foi para uma festa com ela?
Puta merda, como eu não pensei que isso iria acontecer?
Minha mãe tinha pego o número da mãe dela quando eu comentei que tinha feito uma nova amiga. Elas se deram bem, e criaram um laço de amizade também.
– A gente decidiu ir de última hora. – Minto descaradamente outra vez.
– S/n, para de mentir! – Ela aumenta o tom de voz. – Você nem se quer dormiu na casa dela.
Merda.
– Me diga, onde você dormiu?! – Minha mãe insiste mais uma vez.
– Eu... Eu... Eu estava com Bill mãe. – Minto de novo pela terceira vez. – Eu fiquei com vergonha de te contar.
– Vergonha? Você sabe que eu não iria brigar com você, porque mentiu?
– Sei lá, opiniões mudam.
Ela faz uma cara de brava maior ainda.
– Sabe o que vai mudar também? Sua vida durante 2 semanas, você está de castigo!
Tá de brincadeira.
– Quê? Mas por quê? – Falo indignada. – Você mesma disse que não iria brigar.
– Sim, mas você mentiu pra mim! – Ela rebate. – Além do mais, saiu pra uma festa que com certeza tinha álcool e drogas.
Ela estava certa, mas eu não ia dizer a verdade.
– Você me decepcionou muito S/n, nunca teve essas atitudes de mentir pra mim.
Nessa hora eu por um momento me senti arrependida. O que mais não me fazia entender é que por mais que eu pensava que foi errado o que eu fiz, era só como um remorso. Eu não conseguia mais dar ouvidos à isso, só estava tacando o foda-se.
– Beleza então mãe. – Reviro o olho.
Vou subindo pro meu quarto.
– De casa pra escola, da escola pra casa! – Ela grita de lá de baixo e eu apenas fecho a porta.
Que ótimo, agora eu estou de castigo só por ir a uma festa. Que merda.
Não me arrependo nenhum pouco, na verdade eu precisava daquilo.
Curtir, me divertir, era tudo que eu necessitava, e ficar com Tom também, claro. Mas isso era só um detalhe.
– Vamos ver o que tenho pra fazer. – Penso comigo mesma.
Tento me distrair mas na realidade, a única pessoa quem eu pensava era Tom. Era impressionante o quanto esse menino dominava até meus pensamentos, o que agora não era mais só desejo, e sim um sentir algo.
Eu não entendia mais o que estava acontecendo comigo, parece que todos os momentos que eu tinha com Kaulitz me faziam enxergar a pessoa que ele realmente era, embora eu quisesse tentar deixar pra lá.
Eu não faço ideia se ele pensa isso de mim, ou se quer apenas ter noites de prazer comigo. Na minha cabeça homens dificilmente se apaixonam, e o que mais me intrigava era o porque Tom insistia tanto em ainda continuar com Jade. Eu não queria ver ela triste, mas ver os dois juntos >me< deixava triste.
Algum tempo depois de refletir, escuto meu celular e vou ver o que era.
Era uma mensagem de Bill!
Fazia um ou dois dias que não conversávamos, então isso me fez abrir um sorriso grande no rosto.
"Oi sumida, quando vamos nos ver novamente?"
Expliquei que fiquei de castigo por ter mentido pra minha mãe.
Me: "Daqui umas duas semanas se você não estiver mais tão ocupado."
Não deu nem alguns minutos e ele me responde.
"Não estou ocupado."
Estranhei.
Me: "Então porquê não foi à festa?"
Deixo meu celular de lado e vou no andar debaixo procurar algo pra comer. Impressionante que quando estou de ressaca, sinto muita fome no outro dia.
Quando volto, meu celular tinha uma nova mensagem.
"Ué, que festa?"
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Luxúria - Tom Kaulitz
Fanfic"sua feição era de completa luxúria." S/n é uma garota de 16 anos que se muda de estado por causa de problemas entre o relacionamento dos pais. Ela conhece um menino misterioso, e cria um desejo forte por ele. Mas e se isso pudesse levá-la a uma dec...