Luxúria - Tom Kaulitz

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Já haviam se passado algumas semanas desde a última conversa que tive com Tom.

Nós não nos falamos mais, e raramente ficávamos perto. A verdade é que estávamos evitando um ao outro, e parte de mim estava triste com isso.

Aquela conversa realmente tinha mexido com tudo que havia na minha cabeça. Confesso que por alguns dias fiquei tão desanimada como se tivesse perdido alguém.

Mesmo depois de tudo que tinha acontecido, das atitudes mais fúteis até as piores, eu sentia falta de Tom. Era ridículo eu ainda pensar nele, mas o que eu podia fazer? Quando me dei conta, já estava gostando dele e da sua companhia.

Depois que transei com Bill, ele me tratava bem como sempre. Ele realmente queria algo sério comigo, e eu me sentia mal por estar mesmo assim pensando em seu irmão.

Bill Kaulitz era completamente diferente de Tom.

Ele era amoroso, cuidadoso, sabia como me tratar bem e até como agir nos momentos ruins. Já Tom tinha um jeito único, impulsivo, egoísta, que eu mal sabia explicar.

Também me afastei de Jade, mas isso não era novidade pra mim.

Depois que conheci seu verdadeiro namorado, parte da nossa amizade se rompeu. Ela é desconfiada até com quem dizia ser a melhor amiga, talvez ela não fosse a pessoa que eu pensei.

Agora ela fazia as coisas por pura pirrasa, passava com ele na minha frente, o acariciava estando ao meu lado, forçava beijos não espontâneos entre ele e ela, e o pior de tudo é que ele aceitava. Sua feição não era das melhores, mas sabe quando a pessoa só se escora na situação boa que está fluindo pra esquecer das outras ruins? Era isso que ele aparentava.

Quanto ao Lucas, ele aparentemente estava fazendo tudo certo no seu trabalho, as vezes ele e Tom davam algumas encaradas mas tentavam manter a calma.

Eu estava me arrumando pra escola, novamente sem ânimo algum.

Coloquei uma legging flair preta, e uma blusinha curta rosa claro. Fiz minha maquiagem de sempre e sai.

Eu não encontrava mais Bill e Tom para irmos juntos pra escola. Na verdade, desde que eu briguei com Tom eu tenho evitado meus momentos com ele, até um simples andar até a escola. Bill não tinha culpa, é óbvio, mas quanto menos eu ficasse perto do irmão, era melhor.

Fui caminhando até chegar à escola, enquanto isso eu me distyraia com algumas coisas que via na rua.

– Bom dia sua sumida. – Ouço uma voz atrás de mim assim que chego na entrada.

Me viro pra trás e lá estava ele, Lucas.

Parei pra reparar um pouco e ele se vestia muito bem, não como um adolescente. Usava uma jaqueta de couro, com uma regata preta colada por baixo marcando seu abdômen definido, e nas pernas uma calça jeans azul escura mas não tanto.

– Vai ficar parada aí me olhando?

– A-ah... – Volto do transe. – Bom dia Lucas.

Ele me olha meio preocupado.

– Você tá bem? Esses últimos dias percebi você tão na sua... Distante. – Ele olha seriamente nos meus olhos. – O que é bem anormal até porque você não para quieta um segundo.

Dou uma risada nasal olhando pra baixo.

– Você não tem jeito mesmo ein. – Digo e ele ri.

– Vamos, me diga o motivo dessa carinha feia estar mais feia ainda.

Dou um soquinho no braço dele em forma de brincadeira.

– Não é nada. – Olho em seus olhos. – Acho que você só não tá acostumado a ver caras feias igual a sua.