Capítulo 25

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Estava com dor. Muita dor. Há mutilações por todo o meu corpo, uma poça de sangue em minha volta. Meus pulsos estão presos em volta de uma coluna. Acho que estou aqui há 3 horas.

Jake e eu decidimos ir até a tal casa que os agentes estavam vigiando e não encontraram nada. Seguimos de carro até a estrada de barro e então seguimos em trilha, no meio da floresta. Não lembro o que aconteceu, só acordei aqui. Fui torturada pelo mascarado. Não faço ideia de onde Jake esteja, não o vejo em lugar algum. Nem sequer sei onde estou.

A cada 40 minutos, o mascarado volta pra deixar um novo corte pelo meu corpo. Na última vez que esteve aqui, fez um corte nas minhas costas. Não é o primeiro corte que deixa nas minhas costas. Ele voltou e apenas ficou me encarando, sentado em um pequeno banco, na minha frente.

– Fala logo o que você quer, porra! — falei. Já perdi as contas de quantas vezes exigi que falasse algo. Não tentei gritar porque é inútil.

Ele me encarou por mais 3 minutos, em silêncio, depois tirou sua máscara. Seus cabelos eram pretos, assim como seus olhos. Ele é pardo. Mais alto que eu e também aparenta ser um pouco mais velho.

– Quanto tempo, Kyra Davis — ele falou, um sorrisinho malicioso em seu rosto.

O encarei com desdém.

– Decidiu abrir mão da máscara? — perguntei.

– Não vejo porquê continuar me escondendo — ele deu de ombros. — Aliás, é apenas você e eu aqui.

– Então agora quer conversar? — ergui as sobrancelhas.

– Meu humor está generoso e quero que me pergunte o que quiser — seu sorriso cresceu.

– Onde está Hannah Donfort?

– Já liberei ela há dois dias atrás.

– Ela voltou pra Duskwood?

Ele riu.

– Não, a deixei na beira de um lago, não sei se retornou à Duskwood.

Cerrei o olhar.

– Você deixou o cadáver dela no rio — falei.

– Sim, foi exatamente o que fiz. Não quis perder meu tempo em deixá-la na porta de casa.

Meu sangue ferveu.

– Seu...

Ele fez um corte em meu peito quanto tentei xingar o mesmo. Encolhi de dor. Não vi seu golpe, nem sequer percebi. Sua lâmina é muito afiada e o local dos cortes queimam como fogo.

– Não é sempre que meu humor está generoso, Kyra, então não tente me irritar novamente. Próxima pergunta.

O encarei com ódio no olhar.

– Por que matou a família da Hannah? — perguntei, entre dentes. Não quis mencionar o Jake.

– Não foi eu quem iniciou isso tudo, foi meu pai. Apenas estou terminando o que ele não conseguiu terminar.

Born To Die - Duskwood Onde histórias criam vida. Descubra agora