Capítulo 27

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Os hackers, que estavam deixando o lugar, pararam e olharam para mim. Sem hesitar disparei na direção de cada um. Acertando suas cabeças, um por um. Um hacker saiu do lado de fora e disparou duas vezes na minha direção. O acertei logo em seguida e tudo se calou.

Soltei a arma no chão e fui até Max e Jake caídos no chão. Estão vivos. Analisei o local onde foram baleados, nenhum dos dois correm perigo. Jake olhou pra mim com um sorriso no rosto, apesar da dor, ele sorriu, e disse:

- Você não sabe o quanto fiquei preocupado.

Sorri. Nick apareceu ao meu lado.

- Ouvi os disparos, o que aconteceu? - perguntou.

- Já resolvi - respondi. Olhei para Max, sentado ao pé da parede, e falei para ele: - Obrigada.

- Kyra... - ouvi Nick, logo atrás de mim.

Fiquei de pé rapidamente, tudo girou, mas tentei me manter de pé, meu sangue pingando no chão.

- Você poderia ter me contado a verdade desde o início. Estive correndo atrás de um morto o tempo todo. Acho que você não sabia que ele tinha um filho e que ele é o responsável por eu estar sangrando até morrer! Se tivesse me contado, eu teria mudado os meus planos e ter ido a fundo apenas no fudido do filho dele.

- Kyra...

O ignorei mais uma vez.

- Não, eu não culpo você, Nick. Não poderia fazer isso. De qualquer forma, você me salvou e... - uma dor forte, vinda do meu flanco, tomou conta de mim. - e-eu...

Minha visão escureceu e um gosto metálico tomou conta da minha boca. Nick me segurou antes que eu caísse no chão.

- Foi baleada. Era isso que eu estava tentando dizer.

- Ainda tenho sangue pra isso? - brinquei.

- Como assim? - Jake me olhou assustado.

- Bryan a deixou cheia de cortes quando fomos pegá-la pra trazer pra cá. Injetaram morfina, 4 vezes, mas a dosagem foi alta demais. Talvez a Kyra não aguentei nem a Naloxona.

- Pra que serve? - Nick perguntou para Max, mas ele não conseguiu responder - KYRA, PRA QUE PORRA SERVE ISSO?! - ele berrou. Encarei seus olhos, estavam marejados.

Não... estão se culpando.

- É a cura... - consegui sussurrar - Meu organismo pode rejeitar, e isso vai doer. Vai doer...

- Acho bom você resistir - disse Nick para mim. Ele pegou a seringa sem ao menos hesitar e injetou no meu braço.

- NÃO! - Max gritou de onde estava. - Você tem noção do quão forte essa droga, é?! Do jeito que ela tá isso vai matá-la!

Já era. Já estava feito.

Não senti nada por alguns minutos, acho que a dor amenizou um pouco. Relaxei. Consegui controlar a respiração e ver as coisas com mais calma.

- Precisamos levar ela, está quase sem cor - Nick me pegou no colo e me tirou daquele lugar. Jake e Max se serviram de apoio um para o outro e vieram logo atrás.

Estamos no meio da floresta. Eles sabem onde estamos? Tive vontade de perguntar, mas não consegui. Sei que Nick seguiu comigo nos braços mata a dentro. Pude ouvir os passos de Jake e Max logo atrás de nós.

Acho que desmaiei ou algo assim. Agora estou em um carro, deitada no colo de Jake, no banco de trás.

- Ela acordou - disse Jake. - Está suando frio.

Born To Die - Duskwood Onde histórias criam vida. Descubra agora