JIMIN
Minha cabeça tomou a própria decisão por mim de aceitar acompanhar Roseanne até à casa de seus pais. Eles viviam em outra cidade então por isso demorariamos horas para chegar aonde ela queria, especificamente, quase um dia.
Eu deveria ter deixado ela sozinha nesta, era o aniversário de Jennie e estávamos longe o bastante de casa. Porém, algo me impediu e me importunou para acompanha-lá. Ela era uma humana com sua verdade guardada, talvez esse seja o motivo de minha intuição não largar ela para não fazer besteiras.
Às horas se passaram correndo. Rosé dormia no banco ao meu lado enquanto eu ainda dirigia pela estrada, já estávamos em Miami, apenas precisava achar o endereço de seus pais.
(...)
Chacoalhei à menor no banco assim que havia estacionado perto da casa. Ela se espreguiçou e coçou seus olhos antes de abri-los. Seu rosto era um pouco menos pálido que o meu, seus lábios eram rosados e os olhos castanhos claros. Seus cabelos loiros caiam em seu ombro formando algumas ondas e eram incríveis.
Me desviei de meus pensamentos e desci do carro junto à mesma. Ela parou em frente à casa observando cada detalhe dela.
— Não sei descrever à sensação de voltar. – ela disse. Havia um belo jardim na frente com diversas flores, a casa era bem estruturada então caminhamos até a porta e em seguida, toco a campainha por ela. Sua expressão não era uma das melhores, parecia cansada e ao mesmo tempo decepcionada.
A porta se abriu e sua mãe deu um belo sorriso, prendeu Rosé em um abraço que não foi correspondido. Ela logo se deparou com minha presença, seu sorriso se desfez, então largou Rosé.
— Amigo novo?! – Indaga. Seus olhos estavam surpresos, mas ela tentava disfarçar. Não era tão fora do normal eu estar aqui, sua mãe lhe enviou para aquele bairro cheio de criaturas para lhe proteger das outras que não perdoavam humanos. Pediu para cada família tentar se controlar e observar sua filha, contou para à minha que quando soube da decisão de ir morar sozinha, escolheu o lugar aonde ela confiava.
— Não finja surpresa, mamãe. Eu deveria chamar a senhora assim depois de mentir para mim a vida toda?!
Rosé entrou dentro da casa em uma velocidade só, passei por sua mãe lhe dando um sorriso.
Como ela descobriu? – perguntou entrando em minha mente
Conhecidencias do futuro. – respondo
— Acreditei minha vida toda que eu era uma garota de uma família normal, até descobrir que me ajudou à escolher minha casa para não ser fora de "segurança". Me infiltrou naquele território de lendas urbanas sem ao menos eu perceber. Me pergunto como conseguiram me esconder tanta coisa por tanto tempo. – ela gritou — Eu sou filha de vocês, deveria saber a verdade, não é? Eu entenderia, se ao menos não ficasse louca. – diz revirando seus olhos
— Nós tentamos dizer à verdade, nunca achamos uma oportunidade, você já é grande demais para acreditar nisso. – seu pai disse. Eu vi à raiva em seus olhos.
— Eu vou juntar minhas coisas e irei sumir daquela cidade, e nem pensem em me infiltrar em outro bairro com meus seguranças. Fora da vista deles vou conseguir viver espontaneamente. – disse. Como dito para mim no carro, ela subiu em seu antigo quarto para juntar suas últimas coisas deixadas aqui. Quando desceu, pendurou a bolsa em seu ombro e saiu pela porta.
— Querida! – sua mãe correu até ela — Irá entender enquanto souber pouco à pouco. – ela disse e mesmo não esperando resposta, deu seu último abraço em Rosé.
Ela veio até mim e eu esperava por um sermão.
— Eles estão atrás de mim e meu marido, cuide dela mesmo que seja pelas escondidas. Não à deixe sofrer, não quando nós partimos. – sua mãe soltou suas lágrimas, concordei com minha cabeça e entrei no carro logo depois de Roseanne.
— Seja lá o que ela falou, espero que não seja sobre meu bem-estar. – disse a loira
— Eu não me importo com você, idiota. – sorriu enquanto atraio olhares ruins da menina. — Vamos tomar um café, não quero voltar sem pelo menos descansar. – digo.
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Bem-vinda à Vizinhança || PJM + RNP
FanfictionMe mudo para um bairro dos EUA em busca de um novo recomeço, às pessoas são gentis mas algo sempre incomoda elas. Eu não sei se é por conta da minha chegada ou se elas realmente escondem algo, algo que sou à única que não sei.