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ROSÉ

Minha respiração estava ofegante, já tinha se passado duas semanas, pelas minhas contas, e eu ainda contava com à ajuda deles.

Eu tinha certeza de que minha tia já estava em busca de mim, na nossa última ligação, eu disse que voltaria no dia seguinte, então, ela já deveria ter saído em busca de meu paradeiro.

E mesmo contando com esse pensamento, algo me interrompia, era aquela dor física. Meu corpo tinha alguns hematomas que indicavam agressão, dais quais eu recebia frequentemente.

Eu me perguntava, quando acabaria? Estou pagando por algum pecado? Imploro por ajuda, meu Deus, eu preciso de ajuda.

A porta foi aberta bruscamente, o outro homem, caminhou até mim.

— Venha rápido! – ele disse. Me libertou das correntes, e um pensamento me invadiu, estou livre?

Logo me puxou para fora do quarto, fechei meus olhos ao receber à luz da janela, eles tinham tampado o brilho da outra, e eu já não via o brilho do sol.

Ele me tirou daquela casa rápido, e me enfiou em um carro. Por fim, abri meus olhos para conseguir visualizar aonde estava, e eu mal tinha visto aquelas ruas antes.

— Se tentar gritar, se arrependerá. – ele parecia nervoso, por algum motivo ele estava.

O outro homem acelerou o carro, e seguiu em direção desconhecida.

Logo o som de sirene de polícia ecoou, por todo bairro, olhei para trás e vi, três carros atrás do nosso.

Isso era um milagre? Minhas aclamacoes mais uma vez foram ouvidas?!

O carro aonde estava dirigia em uma velocidade extrema, eles estavam aflitos, e como estavam.

— Acelere mais! – o homem que estava sentado no banco do carona resmungou

— Já atingiu o limite possível. – ele respondeu.

Oh céus! Minha mente já imaginava o pior. Volto à olhar par atrás, e aqueles carros já tomavam atitude, cercando o veículo em que eu estava com aqueles malditos.

Mais dois carros de polícia vinham pela contramão, e finalmente eles estavam cercados.

Os policias saíram de seus veículos e apontando suas armas, se aproximaram do carro.

Quando vejo que o homem sentado em minha frente viria para cima de mim, puxo seu sinto de segurança e o prendo contra seu pescoço.

— Saiam de dentro do carro! – ordenou um dos policiais. Eles obedeceram, saíram com as mãos apoiadas na cabeça, outro deles apareceu para me retirar do veículo. Eu estava livre.

Meus olhos correram pelo círculo redondo, até parar em em Jimin, eu não me aguentei e corri até ele, seus braços fortes me aconchegaram cada vez m55ais, se aproveitando de cada momento.

— Senhorita, me acompanhe. – uma moça um pouco mais velha me chama, me direcionando para uma ambulância poucos metros de distância.

[...]

Vejo minha Tia vir em minha direção.

— Roseanne! – ela acelerou seus passos até chegar mais perto. — Querida.

Ela acariciou meu rosto.

— Onde está Jimin? – foi minha primeira reação ao me separar dele. Olhei por cima de seus ombros e não o vejo mais.

— Ele saiu, e com à guarda da justiça do outro mundo, fará de tudo para convencer o delegado à mandar aqueles homens com eles, já que é da responsabilidade deles por serem vampiros. – ela sussurrou, para que a mulher cuidando de meus ferimentos não escute.

Uma lágrima escorreu por minha bochecha, os pensamentos negativos se desfazeram-se, não se passou de um pesadelo.

— Deve nos acompanhar até o hospital, você tem machucados graves. – a mulher se surpreendeu com o que via, mas para mim, aquilo não foi a metade do que eu passei.

[...]

Após me examinar, o médico disse que seria necessário levar alguns pontos em minha perna, onde ficou um machucado aberto.

Depois da anestesia, ele iniciou e não demorou muito para acabar. Eu estava com muitos curativos pelo corpo, o que era nítido.

— A Senhorita perdeu pouco sangue, não é algo grave. Mas deve ficar de observação por essa noite, se o quadro não piorar, levará alta pela manhã.  – ele deixou o quarto, e não demorou para outra presença entrar, era Jimin.

Ele não perdeu tempo em me envolver em seus braços quentes, e depositar um beijo em minha testa.

— Disse que não deixaria nada te acontecer, e olha seu estado. – ele suspirou pesado. — Porra! Você deveria me dizer que viajaria para Miami, eu viria com você sem pensar duas vezes. – sua voz demonstrava sua fúria.

— Me perdoe, agi como uma criança pois estava confusa. Mas também não me tira da cabeça sua cena agarrado com aquela garota. – disse guardando o que não suportava.

— Eu lhe amo, entende? Ninguém se compara à você. – disse enquanto passava suas mãos pelo meu olho, secando aqueles que estavam marejados.

— Foram duas semanas para perceber que também te amo, e não suportaria ficar longe, mais uma vez. – às lágrimas seguradas desfizeram a barreira e caíram, mesmo tendo alguém para interrompê-las.

Seus lábios tomaram os meus, era isso o que me esperava? Segurei seu rosto, esperando por mais. Era isso o que estava guardado?

____________Notas da autora____________

Pois é amores, estamos na reta final de "Bem-vinda à vizinhança".

"E vai ser nessa vida, e não em outra."

Beijinhos 🎀🤍

Bem-vinda à Vizinhança || PJM + RNPOnde histórias criam vida. Descubra agora