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ROSÉ

4 anos depois -

— É só respirar! – a mulher em minha frente gritou

Como eu gostaria que fosse apenas isso. Eu já gritei o bastante que sinto que minha voz está prestes à ficar rouca.

Meus gritos preenchiam todo o quarto, Jennie segurou em minha mão me encorajando à continuar, e eu sentia todo o meu corpo sendo rasgado de tanta dor que eu estava sentindo.

Às dores pareciam mais forte, e eu já não aguentava mais, meu corpo já não estava me dando as forças devidas.

— Falta pouco, continue. – escutei a mulher falar mais uma vez.

Levantei minha cabeça, reunindo às últimas forças que me faltavam, e que eram poucas, e depois de tanto sofrimento, escuto o choro ecoar no quarto.

Jogo minha cabeça para trás novamente, vencida pelo cansaço. Sinto minhas pernas ficarem dormentes e meu corpo querer desligar.

Escuto a voz de Jennie chamar-me repentinamente, minha visão escurece e já não enxergava mais, apenas escutava seus gritos.

[...]

A forte luz invadiu meus olhos, abri eles vagarosamente, e ao visualizar todo quarto, lembrava de onde estava.

Os lençóis da cama pareciam ter sido trocados, meu cabelo estava em uma trança, e minha testa ainda parecia suada. Tentei me levantar, mas meu corpo ainda me fazia se sentir cansada, e algumas partes dele parecia doer.

A porta se abriu, revelando minha tia. Meus olhos lacrimejaram ao ver meu pequeno em seus braços.

— Você acordou! – ela abriu seu sorriso.

Ela veio até mim e entendendo minha euforia para conhecê-lo, me entregou a criança e sentou ao meu lado.

— É lindo. – enquanto ele segurava suavemente meu polegar, com o outro dedo acariciei seu rosto pequeno. Ele tinha traços de seu pai e não havia nada comparado à mim.

— Jimin está lá em baixo, chegou assim que soube.

— Mande ele entrar, por favor. – implorei.

Vejo ela deixar o quarto.

Nós havíamos voltado para o mesmo castelo onde aconteceu o aniversário de Jennie, e onde eu descobri toda verdade. E fomos surpreendidos com a chegada de meu pequeno, não achamos que ele iria decidir nascer agora.

Jimin entrou no quarto de uma vez e correu até mim. Depositou um beijo em minha testa.

— Fiquei tão preocupado. – ele levou seus olhos ao bebê em meu colo. — Quamdo soube, vim o mais rápido que pude.

Entreguei o pequeno à ele, que segurou ele com todo seu carinho. Agora posso me declarar completa.

— Pensei que te perderia, igual ficamos sabendo. – ele suspirou. — E veja só, vocês estão aqui, foi forte o suficiente. – ele sorriu quando seus olhos encontraram os meus.

— Já pensou em um nome? – indago.

Mesmo durante toda minha gravidez, nem ao mesmo um nome consegui pensar.

— Alexander. – disse.

— Adorei este. – sorri para o pequeno que acabará de acordar. — Então será, Alexander.

O pequeno sorriso se formou nos lábios de Alexander, pela primeira vez escutou minha voz e me reconheceu.

Às lágrimas de felicidade rolaram por minha bochecha, era tudo o que me faltava.

[...]

Alexander foi passando de colo em colo, ninguém conseguiu desgrudar da criança que mal veio ao mundo.

Quando seu chorinho foi escutado, o peguei e logo o amamentei, o que me custou, pois na verdade, ele gostava de duas coisas: Leite e sangue.

— Temos um mosntrinho metade humano. – comentou Eliza, fazendo todos rirem.

Então, isso era um fim? Pois, eu já me sentia em paz, e em casa.

— Eu te amo, e quero viver toda minha vida ao seu lado, se não for assim, nem desejo. – jimin sussurrou em meu ouvido.

— Isso é uma declaração? – pergunto

— Não é uma declaração. – ele nega.

— Então o que é?

— Uma declaração. – disse simples.

 – disse simples

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Bem-vinda à Vizinhança || PJM + RNPOnde histórias criam vida. Descubra agora