ROSÉ
Meu celular vibra em meu bolso, avisando ser uma ligação. Puxo o eletrônico e vejo o nome de minha tia brilhar na tela.
— Rosé, como vai? Acredito que tenha conseguido resolver seus problemas. – minha tia diz
— Sim, reestabeleci o posto de presidência e disse sobre alguns projetos que meus pais queriam que caminhasse para frente. – digo.
— Bem, isso é ótimo. E quando volta? – indaga.
— Amanhã estarei aí, não se preocupe.
Uma voz masculina chamou por minha tia, e eu escutei ela abafando o som da ligação.
— Querida, terei de desligar, tenha um ótimo dia.
Ela por fim desligou.
Meu dia já havia estresse demais, portanto, para mim já tinha acabado.
Pego o elevador do hotel e logo caminho direto para o restaurante que tinha nele. Observo todo o cardápio e peço algo simples, pois não tinha tanta fome.
Enquanto esperava, puxei o celular novamente do bolso e naveguei pela Internet, em busca de uma distração.
— Olá Senhorita! Tenho a impressão de que lhe conheço de algum lugar. – levo meus olhos para a senhora na frente da mesa em que estava sentada. Ela tinha cabelos loiros, usava roupas apresentaveis de grife, e tinha um belo sorriso nos lábios.
— Sua memória não deve estar tão boa, sra. – disse curta mostrando outro sorriso rápido e voltando à prestar atenção na tela do celular.
— Não! Não é uma mera conhecidencia. – ela diz.
— É uma pena, sra. Não lembro de você, e talvez você me viu por algum jornal, quase não apareço mas se apareço é raro. – digo
Meu pedido chega e logo me apronto para minha refeição, a senhora de idade parece se conformar e deixar de insistir e logo me deixa à sós.
Depois de alguns minutos, deixo o restaurante com à conta paga.
Meus olhos estavam vibrados naquele pequeno telemóvel, por algum motivo estava adorando às páginas de fofocas, o que aconteceu comigo?
Sinto meus braços serem puxados para um beco escuro. Típico de única filme tenebroso.
Os homens em minha frente colocaram um pano em minha boca, me impedindo de gritar. E por mais que tentasse, seria difícil, às pessoas não passavam por aquela calçada, e ficar olhando para aquela tela, foi o maior erro, pois eu mesma me encurralei.
Eu os reconheci, minha visão podia estar um pouco turva, mas eu lembrava, eram eles os causadores daquela desgraça na casa de Sam e seus amigos.
— O tesouro está em nossas mãos. – o maldito sorriso se fez no homem com cabelos morenos.
[...]
Abro meus olhos vagarosamente, mas ao perceber onde estava, arregalo eles, lembrando do ocorrido.
Havia um pano na minha boca, eu não conseguiria gritar nem suplicar por ajuda. Eu estava amarrada em um canto de quarto, em vez de cordas, eram correntes, fortes o suficiente para não me dar oportunidade de fugir.
Fiz de tudo para soltá-las, mas era em vão. Bati meus pulsos amarrados na parede, e acho que apenas piorei.
Escuto passos vindo para este cômodo e fixo meus olhos na porta, o homem adentrar o quarto furioso.
— Maldita, pare de tanto barulho, podem escutar. – ele disse
"Podem escutar". Ótimo.
Ele deixou o quarto em segundos, Deus passos ficaram cada vez mais distantes.
Por Deus, onde estou e o que vai acontecer comigo?!
Havia uma janela longe de mim, e até um pouco perto. Eu ia me levantar para tentar chegar perto dela, mas as correntes me puxam para o chão.
Com movimentos na boca, o tecido que estava me calando saiu, se soltando ma altura de meu pescoço.
— Socorro!
— Preciso de ajuda!
Eu gritei até escutar passos novamente. Fiz total barulho, para pelo menos tentar chamar a atenção de alguém, mas a porta foi aberta, mostrando o mesmo homem com mais fúria e ódio.
Em suas mãos havia uma faca, o que fez meu coração palpitar de nervoso.
— Socorro!
Gritei o mais alto que pude, usando toda minha voz.
O mesmo correu até mim em segundos, e cego pelo ódio, desferiu cortes pelo meu braço.
— Me solte. – eu tentei lutar com ele, que fez à situação piorar. Ele enfiou aquela ponta afiada em minha perna, colocou sua mão em minha boca, abafando meus gritos de dor, e de pedidos de ajuda.
Minha perna fraquejou, me fazendo deslizar pela parede. Havia sangue escorrendo pela minha perna e aquele maldito não se importou.
Deixou o quarto enquanto eu ainda implorava por sua ajuda.
Aqueles ferimentos ardiam, me fazendo soltar lágrimas sem limites. Aonde está quem mais me protegia?
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Bem-vinda à Vizinhança || PJM + RNP
FanfictionMe mudo para um bairro dos EUA em busca de um novo recomeço, às pessoas são gentis mas algo sempre incomoda elas. Eu não sei se é por conta da minha chegada ou se elas realmente escondem algo, algo que sou à única que não sei.