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ROSÉ

Corri em passos largos pelo castelo, ele era escuro e me dava calafrios. O vento frio fazia uma onda de arrepios tomar meu corpo por completo.

Eu já não enxergava mais nada e isso me assustava mais ainda. Escutei um grito, às portas principais pela qual eu entrei foram fechadas em um estrondo.

Uma neblina desconhecida preencheu todo lugar, sinto mãos em meus ombros,  quando iria me virar outro gritou escutei e quando finalmente me virei, uma família segurava cabeças cortadas.

Eles tinham chifres enormes, mas não me impediu de reconhecer. Eram meus vizinhos.

Acordei desesperadamente suando frio, minha respiração estava desregulada junto aos meus batimentos cardíacos. Que palhaçada.

Me levantei da cama e fui até meu banheiro, me despi, fiz minhas higienes e tomei um belo banho.

Quando sai, coloquei uma roupa de corrida e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, coloquei meu tênis e saí de casa.

Coloquei meus fones e escolhi uma música calma para escutar enquanto corria.

Eu já estava seguindo sem rumo, percebi estar em um parque, não foi tão mal assim.

Ele ainda estava vazio pois eram sete da manhã.

Parei alguns minutos para descansar e depois voltei para minha caminhada. Nunca costumei fazer isso pela manhã, porém minha mãe dizia que era bom para meu corpo.

Eu estava em uma rua que ainda nunca havia passado por aqui, e mesmo assim não era tão longe da minha casa. Continuei correndo até sentir alguma outra presença por perto.

Olhei para todos os lados e nada. Fruto da minha imaginação.

Voltei à correr pela rua, até chegar no final.

— Costuma correr sempre? - escuto uma voz ao meu lado, se tratava de Jimin. Bufo por pensar como ele sempre estava aonde eu estava, isso me dava medo. Fingi que não o escutava e tentava fazer de tudo para que ele não tirasse minha concentração, mas foi em vão. — Está me escutando?! – ele me perguntou e eu apontei para meus fones, não demorou muito para os arrancar.

— Qual o seu problema? – pergunto diminuindo minha velocidade o fitando por segundos. Ele estava com uma blusa fina que marcava seu peitoral e seu corpo malhado, balanço minha cabeça afastando meus pensamentos e tentando me lembrar de deixar ele longe.

— Iria evitar isso se não estivesse me ignorando. – ele sorriu. Puta merda, era o melhor sorriso que já vi em toda minha vida. — Hoje é aniversário de Jennie, minha mãe achou que seria bom lhe convidar. Vai ir, não é? – ele perguntou

— Se isso não for assinar minha sentença de morte. – solto essa sem querer, ao perceber o que falei ponho minha mão em minha boca e decido voltar à correr, escondendo o quanto eu estava envergonhada com o que acabei de falar. Ele acompanhou meu ritmo rindo de minha cara.

— Do que está falando? – indaga

— Isso é sério?! Ontem vi você quase assassinando uma garota da minha turma. E passei o resto do dia me escondendo de você e tentando não olhar para sua cara. Eu ainda estou aterrorizada e curiosa para tentar saber que criatura você é e de onde veio. – digo quase explodindo de emoções, eu tenho medo de sua reação mas esse medo acabou depois que ele começou à rir de mim, eu falei algo de errado?

Bem-vinda à Vizinhança || PJM + RNPOnde histórias criam vida. Descubra agora