𝑀𝑦 𝐷𝑜𝑚𝑚𝑒 {𝑴𝒂𝒍𝒊𝒍𝒂} G!P

|Capítulo 47|

(Maratona 3/3)

Luísa Sonza point of view

Puxei mais o corpo da ruiva a minha frente, fazendo questão de sentir o cheiro dela mais uma vez, era adocicado e suave, tal como a dona dele. A ruiva me olhava com aqueles olhos castanhos nítidos e profundos, que escondiam algo. Seus lábios carnudos estavam entreabertos e ela estava ofegante por conta do beijo.

— Isso não podia ter acontecido. - Escutei sua voz desesperada e levantei uma sombrancelha como resposta. — Eu tenho namorado.

Abri um sorriso e neguei de forma mais desdenhosa que pude, afinal havia sido apenas um beijo, esse que eu pretendia dar desde que coloquei meus olhos nela.

— Foi só um beijo. - Falei próxima da orelha dela. — Relaxa.

Ela negou freneticamente me fazendo rir ainda mais. Eu já tinha perdido a oportunidade de dar uns beijos nessa mulher, não seria agora que deixaria minha chance passar. Perder as mulheres nunca foi uma característica minha, e é justamente por isso que eu não vivo sem sexo. E se eu não sair com Maiara daqui, vou provavelmente encontrar outra pessoa.

— Não, não foi só um beijo. - Ela olhou para os lados, parecendo procurar alguém. E só aí eu percebi que ela estava tremendo. — Eu... Merda. Fica longe de mim.

Essa reação, a forma como os lábios tremem, o olhar coberto de sufoco... Ela me lembra... Hina. 

Ela se afastou, sumindo no monte de pessoas, me fazendo ficar extremamente confusa e sem reação. Me dando por vencida, resolvi que estava na hora de falar com quem eu vim falar. Ajeitei meus cabelos num ato de espalhar mais o volume e segui rumo ao escritório, esperando que Marília já estivesse sozinha.

Não demorei para me separar com a porta do lugar e dei três batidas na porta, escutando um "Entra".

Fiz isso e na mesma hora me arrependo, o cheiro de sexo estava forte no ar, e eu já imaginava que isso iria acabar acontecendo, até mesmo aqui. Quando Marília me mandou mensagem dizendo que nossa reunião seria na boate, eu sabia que tinha algo haver com a tal Maraisa. Ainda me impressiono com a forma com que Marília se entregou para essa garota.

— Podia pelo menos arejar o ar. - Falei causando uma risada sem humor na minha amiga, que se encontrava com os cabelos levemente bagunçado e o rosto avermelhado. — Pela a sua cara, a foda foi boa.

Vi ela balançar a cabeça.

— Foi, porém poderia ser muito melhor se eu não estivesse castigando ela. - Ela disse com toda naturalidade. — Mas você não veio aqui pra discutir a minha vida sexual.

Neguei.

— Não, claro que não. Eu vim aqui pra falar sobre a última pedra que continua no nosso sapato. - Falei vendo ela pegar a arma da cintura e colocar sobre a mesa, como um gesto para que eu pegasse. — Ainda sim, tenho outra coisa pra falar.

Peguei a arma e coloquei na cinta liga em minha calça, vendo Marília tirar um cigarro da gaveta e começar a fumar.

— Fala.

Passei o polegar pelos lábios e abri um sorriso mostrando os dentes.

— Eu estive com uma garota agora e presenciei uma situação bem estranha. - Falei enquanto via ela fumar tranquilamente. Ironicamente acabei me lembrando de quando a gente fumava maconha no meu quarto, até o cachorro ficava chapado.

— Não faça rodeios, vá direto ao ponto.

Assenti.

— Sabe a amiga da Maraisa? Uma que não desgruda dela.