|Capítulo 50|

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Autora's point of view

Marília observava Maraisa desacordada bem menos preocupada do que antes, já que o médico lhe explicou o que aconteceu com a morena, mesmo assim, estaria ao lado dela quando ela acordasse. Nas horas que passou esperando que Maraisa pudesse acordar, ela recebeu intimação sendo que queriam outro depoimento dela e outro da Maraisa. Ela realmente sabia que aquela sim era uma deixa única pra polícia tentar ferrar com ela, mas não deixaria se abalar, a mesma ainda tinha muita coisa pra fazer antes de acabar atrás das grades.

A porta se abriu, revelando a Sr. Henrique preocupada com o estado da sua filha.

— O que aconteceu?

Ela perguntou, ainda aérea e perdida a toda a situação. Marília percebendo que não adiantaria continuar omitindo essa história e disse tudo que favorável de dizer naquele momento, principalmente se tratando de alguém aparentemente frágil.

— Meu deus que loucura, me diga, onde esse homem está?

Ela perguntou agora mais próxima da filha, prometendo internamente que vai proteger a filha dessa vez, mesmo confiando em Marília, já que notou uma mudança positiva em Maraisa desde que ela entrou nesse noivado. A filha ao seu ver adquiriu uma maturidade que ela não conhecia e por isso confia plenamente na mulher que antes a assustava.

— Morto.

Marília falou sem remorso algum, estava até aliviada de ter acabado de vez com a vida daquele desgraçado, mas se sentia meio suja, como uma vez também se sentiu, ao matar pela primeira vez. Obviamente usou uma barra de ferro no lugar das mãos e fez um belo de um estrago em seu inimigo. Quase sorriu ao se lembrar de como foi matar o homem que arrumou sua mãe e se irmãos para o abate.

— Graças a deus, eu não conseguiria ficar em paz se esse homem só tivesse sido preso. Já sabe o que médico disse? Porque ela desmaiou?

Marília afirmou, lhe dando a confirmação de que já sabia o porquê.

— Sim, foi uma contusão atrasada. - Marília faz aspas tentando explicar de maneira tranquila. — Enquanto ela estava desacordada, eles fizeram uma tomografia e não há nada de anormal, foi apenas uma reação do corpo.

Almira mesmo assim se sentiu culpada de alguma forma, já que tinha apenas saído para o mercado e quando voltou, seu marido estava arrumando as malas de Maraisa. Antes mesmo que a mulher pudesse questionar o louco do marido, ela recebeu a ligação de Marília, avisando que sua estava no hospital.

— Se não é nada, porque ela ainda está apagada? - Ela disse acariciando o rosto sereno de sua filha.

— Porque o médico achou melhor injetar um calmante nela, por via das dúvidas.

A mais velha concordou e tirou seu celular do bolso, mandando uma mensagem para o marido que nem se quer se disponibilizou a acompanhá-la ao hospital.

— Mierda Marcos!

A voz da mulher, mesmo que baixa pode ser ouvida por Marília, e não foi ignorada.

— O que aconteceu?

Marília agora tinha a atenção da sua sogra, que parou de mexer no celular e dirigiu seu olhar a Mendonça.

— Marcos e Maraisa brigaram, e agora ele cismou que ela não mora mais conosco.

Marília afirmou, já esperando uma briga como essa, já que para ela era óbvio que o homem não ia muito com a cara dela, foi legal até o momento que sua filha começou a demonstrar estar feliz com toda essa situação. Talvez, de algum jeito ele pensou que Marília pudesse colocar Maraisa na "linha" ou que pudesse ganhar muito dinheiro com essa união, já que o acordo era algo que beneficiava e muito a sua família.

𝑀𝑦 𝐷𝑜𝑚𝑚𝑒  {𝑴𝒂𝒍𝒊𝒍𝒂}  G!POnde histórias criam vida. Descubra agora