|Capítulo 65|

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Maraisa's point of view

Assim que vi as duas se abraçando, ordenei que o homem que controlava a roda gigante, voltasse ao funcionamento normal. Obviamente eu tive que pagar um bom dinheiro para ele manter as duas lá em cima, tempo suficiente para terem seu momento de irmãs. Ainda não sei qual foi a conversa e com toda certeza não é da minha conta, mas Marília merece esse recomeço e nada melhor do que ser assim.

— Obrigada.

Escuto a voz de Luísa, fazendo eu olhar diretamente para ela. Normalmente ela sempre solta um tom debochado para mim, mas agora seus olhos estavam vermelhos.

— Pelo o que?

Ela se virou completamente para mim, e pude ver com nitidez que ela estava chorando.

— Você ainda pergunta? Você está trazendo ela de volta, aos poucos, mas está. - Ela diz e limpa o rosto. — Quando tudo aconteceu, eu pensei que tivesse perdido a Marília pra sempre, mas você está curando ela Maraisa... Sabe disso, não sabe? Ela mudou, e tudo isso foi graças a você.

Senti meu coração ficar quentinho com o que ela me disse.

— Eu não sei o que dizer, não pensei que teria todo esse poder na vida dela. - Falei e respirei fundo. — Obrigada a você também. - Ela me olhou confusa. — Cuidou dela até eu chegar, não deixou ela se afundar completamente e sempre esteve ao lado dela. E por isso, eu concordo com o encontro duplo, mas se pisar na bola com a minha amiga, eu mesma acabo com você.

Quando as duas saíram, eu pude ver o nariz vermelho da minha noiva, ela havia mesmo se emocionado lá me cima. Me aproximei da Marília e sorri.

— Toma aqui, comprei pra você. - Lhe entreguei um chaveiro de panda que eu acabei ganhando no tiro ao alvo. — Eu te amo e tô orgulhosa. - Falei me aproximando e lhe beijando. O que concluiu com tudo isso?

Marília pegou em minha cintura e mordeu o lábio.

— Bem, eu decidi começar a fazer terapia, Sofya disse que fez e por isso hoje não tem tantas sequelas do que aconteceu. - Afirmei sabendo que ela estava certa. — E eu também decidi que ela virá morar conosco, quando nos casarmos é claro, se estiver tudo bem pra você. Será pelo menos até ela fazer 18.

Abri um sorriso.

— Mas é claro meu amor, eu nunca me importaria com isso. Obviamente quero ir a terapia com você, e acompanhar tudo direitinho. Eu não quero te ver quebrada Marília, e sim, tô aqui pra te consertar.

Ela abriu aquele sorriso lindo, mostrando seus dentinhos de coelhos.

— Eu amo você Maraisa, meu sol.

(...)

— Anda meu amor, não faz suspense.

Marília disse começando a se irritar, me deixando ainda mais nervosa. Abri o envelope amarelo enorme com medo.

— Eles não me mandariam algo tão grande pra me dispensar né Marília?

Falei enquanto abria e minha noiva puxou da minha mão irritada.

— Me dá. - Ela disse e começou. — Prezada Srta. Henrique, avaliando suas conquistas na escola privada de Manhattan, e junto a isso, seus desempenhos e atividades extracurriculares, temos o prazer de anunciar que você acaba de ser aceita na Universidade Stanford. - Senti minha pressão cair na mesma hora e tive que ser segurada por Marília. — Maraisa? Maraisa meu amor, você tá bem?

Eu olhei pra ela animada.

— Se eu tô bem? Eu fui aceita na Stanford, e não precisei nem ficar em lista de espera... Você tem noção do quanto isso é incrível Marília?

𝑀𝑦 𝐷𝑜𝑚𝑚𝑒  {𝑴𝒂𝒍𝒊𝒍𝒂}  G!POnde histórias criam vida. Descubra agora