|Capítulo 31|

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Sabe quando a vida tenta te acordar de várias maneiras, mas aí você percebe que já estava acordada a muito tempo? Esse era meu caso agora. Eu estava ajoelhada naquela sala, com os olhos para baixo pensando que iria sentir prazer mais uma vez. Meus melhores pensamentos, melhores momentos foram naquela sala, naquele espaço, o cheiro da nossa noite ainda era forte, e isso me deixava de alguma forma mais excitada do que eu já estava. Eu queria poder dizer que não estava querendo aquilo aquela manhã, que passaria o dia pensando na nossa noite, mas não teria repetição.

Marília mais uma vez acabou confirmando meu pensamento, fortificando meu querer em me fazer entender que mais uma vez eu seria sua, e isso sim era um ciclo completo.

— Eu adoro você assim, a imagem de joelhos pra mim. — Sua voz soou mais aveludada do que nunca, eu reparei em sua rouquidão natural. Sinceramente foi uma das primeiras coisas que me chamaram atenção e agora ela se dirigia diretamente pra mim com tamanha pretensão... Ela sabia o poder que tinha e usava e abusava disso. — Sabe que, eu estava ansiosa para tê-la dessa forma... Você é minha vadia agora, e eu vou fazer tudo que eu quiser com você. Como se sente com isso em?

Era uma pergunta diretamente para mim. Ela não havia me proibido de falar, e isso eu tinha convicção, dessa vez eu não seria punida, eu faria direito, eu seria a melhor submissa da vida dela, isso eu garanto.

— Me sinto quente senhora, estou excitada com suas palavras, porque a senhora adivinha meus desejos.

Marília passou por mim e se sentou numa poltrona que tinha na sala, eu não me atrevi a levantar o olhar, eu seguia seus passos. Ela cruzou as pernas, e eu ainda evitava o contato visual. Eu não a olharia até que ela me mandasse, assim como fiz ontem, meu respeito por ela era soberano naquele momento.

— Eu adivinho seus desejos? Ora Maraisa, eu não adivinho seus desejos, porque eles são meus. - Sua voz se formou afiada rapidamente, mas ainda sim estava rouca. Como era possível meu deus? Como aquela mulher conseguia tanto com apenas frases. — Você é minha Maraisa, eu vou repetir o suficientemente bem pra gravar na sua mente, porque o seu corpo já sabe disso. Olhe para mim minha submissa, me deixe olhar nos seus olhos castanhos lindos.

Eu a olhei, vendo a agora que a mesma estava com as pernas abertas, sua mão sobre sua coxa e a outra estava apoiada no braço da poltrona. Marília estava relaxada e me analisava prontamente curiosa, esperando qualquer gesto meu.

— A minha mente já sabe minha senhora, tanto é que meu dever no momento é servi-la de todas as formas que desejar.

Eu estava adorando aquele jogo, era perfeito a forma como meu corpo reagia aos olhares que Marília transmitia a cada frase que eu dizia, ela gostava das minhas respostas e eu adorava as coisas que ela me falava.

— Não sabe o quanto isso me satisfaz... Ver você assim. - Ela cruzou as pernas. — Fica de quatro, de frente pra mim... Eu quero você como uma cachorra.

Ela pediu e eu prontamente obedeci, conseguia sentir seus olhos em mim, analisando cada parte do meu corpo. Eu fiquei de quatro em sua direção, mas desviei meus olhos do dela, mas Marília? Marília começou a mover sua cabeça para olhar meu corpo e então eu notei que seus olhos estavam em minha bunda.

— Gosta do que vê senhora?

Eu perguntei, mas ela não me respondeu. Minha senhora apenas se levantou e deu a volta no meu corpo, passando assim as mãos pela minha cintura, enquanto eu ainda estava de quatro. Foi então que senti sua mão passear pela minha bunda, ela estava me admirando, isso eu tinha certeza.

— Me responda Maraisa. Alguém já lhe comeu por trás?

Espasmo.

Meu corpo respondeu antes de mim... Anal... Oh sim... Eu nunca havia pensado nesse tipo de ato, simplesmente porque eu não pensava nisso. A ideia me causava calafrios por conta de relatos de outras pessoas, talvez dor ou estranheza. Não era um tipo de sexo comum, não entre héteros... Não não, não era algo que eu tinha em mente, mas pelo visto era algo para ela.

𝑀𝑦 𝐷𝑜𝑚𝑚𝑒  {𝑴𝒂𝒍𝒊𝒍𝒂}  G!POnde histórias criam vida. Descubra agora