Capítulo 13

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Juliette pov

Já tinha dois meses que a Sarah estava no hospital, ela ainda não tinha acordado mais ainda tínhamos esperança de acontecer logo isso. Eu ia para a empresa e depois para o hospital, essa era a minha rotina, do hospital para a empresa, da empresa para o hospital. Eu revezava as noites com a mãe dela, hoje era o meu dia de dormir lá. O pai da Sarah não apareceu nenhum dia para ver ela, até os meus pais estavam indo ver ela. Depois que eles descobriram que eu tinha voltado a ter contato com ela eles ficaram felizes. Eles aprenderam a dividir as coisas, aprenderam que nós duas não temos nada haver com a briga do passado deles.

Eu estava saindo da empresa e indo para o hospital, minha mãe me disse que já estava lá esperando eu chegar. Quando eu entrei eu vi que eles estavam conversando com a Abadia, assim que me viram vieram falar comigo.

Juliette: Como ela está? - perguntei assim que abracei a mãe da Sarah.

Abadia: Na mesma, nenhum sinal ainda de acordar. - ela disse com um semblante triste.

Juliette: É o tempo dela, uma hora ela vai voltar. - ela assentiu.

Abadia: Bom, eu já vou indo então. Qualquer coisa me liga. - apenas concordei e ela se despediu dos meus pais e saiu.

Eu fui até a recepção dizer que iria ficar como acompanhante da Sarah hoje e eles logo liberaram a minha entrada. Eles deixaram meus pais entrarem comigo também, estava quase acabando o horário de visitas então eles conseguiram entrar juntos. Entramos no quarto e ela estava do mesmo jeito, deitada com o aparelho de respirar. Meus pais se aproximaram da cama e minha mãe logo me olhou.

Fátima: Quanto tempo eu não via ela, ela está bonita! - minha sorriu passando a mão no cabelo dela, meu pai não disse nada. Ele apenas observava tudo.

Sarah já tinha tirado os pontos da cabeça e da barriga, ela ainda tinha boas marcas roxas pelo corpo, não tinham saído totalmente.

Lourival: E o pai dela?

Juliette: Ele não veio ver ela. Já tem dois meses que ela está aqui e ele não veio um dia. - vi que meu pai ficou sério.

Lourival: Como pode deixar a própria filha.

Juliette: Porque não conversam com ela? O médico disse que ela pode estar ouvindo, não é muito bom falar sobre coisas ruins perto dela. - eles concordaram.

Eles ficaram mais um tempo ali até que a enfermeira veio dizendo que o horário deles tinham acabado, eles se despediram de mim e dela e logo saíram. Eu me aproximei da cama e como sempre comecei a falar com ela, segurei sua mão e comecei.

Juliette: Oi minha linda! Vim aqui para te contar como foi o meu dia hoje, acho que você já está cansada de ouvir eu falar. - sorri - A empresa está uma loucura sabia? Mas está tudo saindo muito bem. Ah, e a Totoyah pediu para te mandar um beijo e um abraço, ela estava morrendo de saudade de você. Pocah disse que vem te atazanar amanhã, Gil também. Você ainda não conhece ele muito bem, mas ele é incrível e um ótimo amigo. A sua cunhada preferida vai vir te ver amanhã, amanhã eu vou ficar com você o dia inteiro. Pedi um dia de folga, não gosto de te deixar aqui, mesmo você não ficando sozinha eu não gosto. Quero sempre estar do seu lado.

Juliette: Você podia me dar uma resposta se está me ouvindo, né? Eu queria tanto poder escutar sua voz novamente, você sempre me trouxe paz. Se você soubesse o quanto eu ainda me sinto culpa por tudo. - eu estava olhando para o rosto dela, me assustei quando senti a mão dela mexendo de leve. Até achei que era a minha - Sarah? Meu Deus, Sarah? Por favor faz isso de novo para mim ver que não estou ficando louca. - eu apertou novamente, era um toque muito leve, ela quase não fechava a mão. Mas já era muito coisa.

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