Capítulo 28

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Um mês depois...

Sarah pov

Eu não sei exatamente quanto tempo eu estou aqui, só sei que eu já não tinha mais esperanças de sair. Eu tinha um pouco mais de "liberdade" para andar por aqui, eu já não estava mais presa nas correntes da parede, mas também não conseguia ir muito longe por conta da corrente que ele tinha colocado no meu tornozelo. Eu estava com algumas marcas pelo corpo, o Evandro me batia quase todos os dias e eu nem sabia o motivo. Eu cheguei até pensar que ele estava descontando em mim todas as raivas que eu fiz ele passar. Não podia reclamar de comida, apesar de tudo ele me dava todas as refeições do dia.

Eu estava sentada no colchão, que ele tinha jogado ali, pensando em alguma maneira de tentar sair desse lugar. Não demorou muito e eu escutei a porta do galpão abrindo e segundos depois ele aparecendo pela mesma. Não disse uma palavra, apenas chegou perto de mim e se agachou na minha frente.

Evandro: Nós vamos para outro lugar hoje, eu espero que você se comporte ou já sabe o que vai acontecer. - disse me encarando e eu não desviei o olhar.

Sarah: Ou o que? Vou virar seu saco de pancadas como quase todos os dias? - ele não disse nada, apenas continuou me encarando - Você acha que vai conseguir se dar bem sendo desse jeito?

Evandro: Eu já não tenho esperança de nada mais, Sarah! Eu já sei que perdi tudo.

Sarah: Você sabe que pode mudar tudo isso!

Evandro: Eu não posso mudar nada mais. - ele ficou em silêncio e começou a tirar a corrente do meu tornozelo.

Respirei fundo e olhei ao meu redor, nesse momento eu percebi que ele tinha deixado a porta do galpão aberta, essa seria a única oportunidade que eu teria. Me veio algumas perguntas na cabeça, será que ele estava sozinho aqui? Será que eu tinha chance de me livrar dele? Essas respostas eu só teria se eu me arriscasse. Percebi que ele estava concentrado em tirar a corrente de mim e assim que ele tirou, eu criei uma força desconhecida por mim, e consegui acertar um chute nele, ele caiu no chão e eu me levantei rapidamente.

Corri o mais rápido que eu conseguia, eu estava desesperada e já estava chegando perto da porta. Naquele momento eu tive esperança de sair desse lugar. Mas isso durou por poucos segundos, ele já tinha me alcançado e me jogou no chão. No momento que ele tentou subir em cima de mim para me bater eu consegui acertar um chute na parte intimida dele e ele caiu de joelhos no chão, resmungando de dor. Me levantei e quando cheguei perto da porta, meu mundo tinha parado. Ela estava ali, ela tinha chegado na hora certa para me tirar daquele lugar. A Juliette apareceu desesperada na porta do galpão e assim que me viu me puxou para ela.

Juliette: SARAH! - ela me puxou e me abraçou rápido.

Ela não me deixou falar nada, apenas pegou a minha mão e virou para sairmos do galpão. E nesse momento vimos os capangas do meu pai, ali na nossa frente parados com uma arma apontada para nós. Nós duas travamos no lugar e eles nos arrastaram para dentro.

Juliette pov

Algumas horas antes...

Estávamos todos tomando café em casa, ninguém falava nada, estava um silêncio horrível. Estava sendo assim todos os dias, nossa casa estava parecendo vazia sem ela aqui, ela fazia uma falta enorme. Eu já não estava com tanta esperança de encontrar ela, mas eu jamais iria desistir, pode passar o tempo que for eu vou atrás dela. Eu estava há um bom tempo apenas encarando a minha xícara de café, até que um pensamento veio na minha cabeça, e parecia que era ele que faltava para completar tudo e finalmente acharmos a Sarah. Me levantei e todos estranharam me vendo ir em direção ao corredor dos escritórios.

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