Capítulo 29

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Juliette pov

Eu ainda estava com os olhos fechados, ainda sentia medo por tudo. De repente eu escuto um baque no chão, abro os meus olhos e vejo o Evandro caído. Ainda meio atordoada olho em volta, vejo que tem três policiais ali armados e um deles atirou no Evandro antes dele atirar em mim. Olho pra Sarah e ela ainda estava no chão, vou até ela e coloco sua cabeça em meu colo. Enquanto um dos policiais chamam uma ambulância, eu sinto ela acordando as poucos e colocando a mão na cabeça.

Juliette: Acabou meu amor, vamos voltar pra casa! - ela sorri mesmo tentando abrir os olhos e assim que abre, ela me olha.

Ela não diz nada, apenas fica me olhando. Depois de uns minutos escutamos a sirene da ambulância e logo levamos ela para dentro, os médicos que estavam lá disserem que ela não iria precisar ficar no hospital. Teria que ficar apenas uns dias de repouso, para o corpo voltar ao normal depois de tudo que aconteceu, nos passaram também alguns remédios para as dores dela. Depois que saímos da ambulância, fomos até o meu carro e iríamos voltar pra casa.

Sarah: Eu quero tanto ver as meninas. - ela disse prestando atenção na estrada - Que lugar é esse?

Juliette: Elas também querem te ver, é um galpão abandonando, ninguém sabe como seu pai conseguiu arrumar esse lugar.

Sarah: Você sabe como ele está? - ela me olha com um olhar que eu deduzo ser de preocupação - Eu sei que ele já me fez muito mal, mas ainda continua sendo meu pai.

Juliette - Vão levar ele para o hospital, só vamos ficar sabendo dele amanhã, talvez. - ela concorda e encosta a cabeça no banco e suspira - Tá tudo bem?

Sarah: Sim, eu acho. Eu estou cansada, foi horrível esses dias que eu fiquei aqui. Aliás, quanto tempo estou aqui?

Juliette: Um mês.

Sarah: Meu Deus! Eu perdi totalmente a noção de tempo lá. Tudo que eu preciso agora é tentar descansar.

Juliette: Logo vamos chegar em casa e você descansa. - ela concordou.

Nosso caminho foi em um silêncio total. Olhei para o lado e vi que ela tinha pegado no sono. Não dá pra imaginar o tanto que ela sofreu nesse lugar, eu percebi que tinha algumas marcas pelos braços e pelas pernas dela. Ela tinha emagrecido um pouco, apenas de dizer que ele alimentava ela, eu tinha a certeza de quem nem sempre ela comia.

Eu sentia um ódio tão grande dele, eu ainda não conseguia entender como ele teve coragem de fazer essas coisas com a própria filha. Querendo ou não eu levava um pouco de culpa nisso tudo também, afinal, ele só começou a fazer essas coisas com ela depois que eu voltei pra vida dela. Acho que no tempo que eu estava afastada tudo era uma maravilha na vida dela, foi só eu reaparecer que tudo desandou. E sim eu estava insegura pra caramba com relação a nós duas, medo de passar pela cabeça dela em desistir de tudo. Desistir de nós!

Tinha medo de todos os planos que eu fiz para nós, ir todos embora. Tinha medo dos sentimentos dela por mim terem mudado. Eu nunca me senti tão insegura como eu estava me sentindo agora, me sentindo culpada por tudo. Meus pensamentos saem da minha cabeça quando eu estaciono o carro na frente de casa. Sarah sente e abre os olhos.

Juliette: Chegamos. - ela sorri pra mim e tira cinto.

Sarah: Então vamos entrar logo, quero ver minhas filhas. - ela vai pra abrir a porta mais eu seguro seu braço, fazendo ela olhar pra mim - O que foi?

Juliette: Tem alguma chance de tudo que vivemos acabar? - ela me olha confusa.

Sarah: Não Juh! Quês pensamentos são esses?

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