O PERDÃO

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VOLTEI RAPIDINHO, QUEM AMOU?

Capítulo 17 – O perdão

Quando SeokJin me encontrou na manhã seguinte, ele me abraçou com toda sua força e me disse palavras doces e acolhedoras, Senhor Jung e Taehyung que também estavam ali, não ficaram por menos e me garantiram, como alguém que conhece o peso da mão de Seok, que o soco que o ômega havia dado em Jaehyung deveria ter sido verdadeiramente doloroso.

– E onde está a rainha? – Perguntei, com medo de que mais alguma coisa pudesse sair do controle.

– No jardim, tomando café. – Senhor Kim contou. – Ela quer ver a propriedade, e Yoongi ficou de levá-la por todo o campo.

– Não deveria ser o Duque a acompanhá-la? – Perguntei confuso, mas ele negou.

– Os reis gostam muito do Senhor Min, graças a um torneio que teve alguns anos atrás. Ele impressionou bastante a coroa. – Ele me assistiu tomar alguns goles de chá antes de voltar a acrescentar. – E também o duque está à sua espera. O Conde Lee pediu para conversar com ele, mas Jeon disse que só faria a reunião na sua presença.

– Tem ideia do que ele pode querer? – Perguntei sentindo meu estômago revirando, colocando a xícara na mesa.

– Não faço ideia. Ele também perguntou de vocês, digo, do senhor e da lady Min, mas ela ainda dorme e ele não quis que acordássemos. Pediu para ser informado quando você se levantasse, mas também não queria atrapalhar seu sono.

– Pelo menos um pouco empático pelo fiasco de ontem. – Taehyung comentou mau humorado. – Não sei como foi capaz de perdoar aquele homem.

– Taehyung! – Jin repreendeu o filho, mas eu neguei.

– Ele cometeu erros, mas eu também cometi. – Disse com um tom calmo. – Ele perdoou os meus sem pensar duas vezes. Não quero virar as costas ao único homem que lutou por mim naquela casa.

Taehyung respirou fundo e então desfez a cara afiada e mal-humorada.

– Não deveria parabenizá-lo por fazer o mínimo, mas entendo que nas situações que passou, acabe se sentindo assim. – Seu tom de voz era triste, mas um sorrisinho carinhoso se abriu em seu rosto. – Espero que perceba que não precisa mais se contentar com tão pouco. Estamos aqui agora, todos nós, e você está seguro.

Eu não consegui me impedir de sorrir, porque a sensação de estar com pessoas tão boas quanto aquelas, era realmente gratificante e acolhedor. O futuro de repente, parecia sorrir.

– Se apresse e vá de encontro com o Jeon, vou avisar ao lorde Lee que o senhor já acordou. – SeokJin disse com um sorriso orgulhoso e eu me levantei, respirando fundo, me preparando para seja lá o que mais poderia acontecer.

Quando bati na porta densa de madeira, escutei a voz suave do outro lado. O duque estava sentado em sua mesa, cercado de papéis, como sempre, mas não deixou de sorrir ao me vez.

– Bom dia. – Ele disse com um olhar doce e eu o respondi em tom baixo, fechando a porta atrás de mim e ficando perto das cadeiras a sua frente. – Queria poder dizer que é uma alegria lhe ver pela manhã. – Disse antes de suspirar pesadamente. – Mas imagino que isso signifique que tenho que encarar Lorde Lee.

– Você não parece ansioso para falar com ele. – Comentei curioso, após ver a tensão em seu corpo e uma onda de aborrecimento me dominar, um sentimento que era dele.

– Bom, ele com certeza não está na minha graça depois de tudo. – Resmungou, se encostando no estofado da cadeira grande. – Por mim ele teria deixado freedy junto com a sua madame Sun. Ele não é melhor do que ela, na verdade, acredito que seja até pior.

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