CHÁ

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COMENTEM MUITO, PORQUE ESSE CAPÍTULO FOI FEITO PARA SURTAR!

Capítulo 12 – Chá

Au. – Gemi baixo. A pontada de dor havia me acordado. Era como estar sendo esfaqueado no ventre. Coloquei as mãos sobre o abdômen e apertei, na esperança de que a dor passasse.

Era o terceiro dia desde que havíamos voltado. Todos estavam em alerta e o Duque estava um tanto quanto paranoico. Eu não o culpava, também estava com medo, mas ele não saia do meu lado em momento nenhum, Min e eu tínhamos que brincar dentro da sala dele e ele até mesmo estava dormindo ao meu lado. 

Claro que mantínhamos uma distância apropriada, mas ainda assim, era improprio estar dormindo ao lado dele. A pontada de dor estava passando e eu agradeci por ele não ter acordado. Tentei raciocinar e fazer as contas para ver se aquilo poderia ser indício do pré cio, mas meu cio seria apenas no mês que vem.

– Droga. – Ofeguei de novo. A pontada no meu ventre não concordava comigo. Eu não sabia se o meu cheiro já estava aumentando ou se ele acabaria acordando, mas eu precisava sair dali enquanto ainda estava fraco. Precisava descer e preparar o meu chá.

Taehyung já havia conseguido todos os ingredientes necessários e os estocado na cozinha. Eu seria rápido. Me descobri com cuidado e choraminguei baixo ao ver a mancha de lubrificação na cama. Meu cio havia se adiantado e possivelmente chegaria em breve.

Limparia aquela mancha quando voltasse. Calcei os sapatos de pano, vesti um sobretudo para cobrir minhas vestes e a mancha na minha calça e abri a porta com cuidado. Estava amanhecendo, deveria ser por volta de umas cinco horas, mas todos ainda deveriam estar dormindo.

Desci as escadas com cuidado apertando onde doía para tentar amenizar a dor. Uma bolsa de água quente também ajudaria. Assim que cheguei na cozinha, abri a janela e acendi duas das velas grandes perto do fogão a lenha. Demorei um pouco para conseguir acender o fogo, mas logo a água já estava fervendo. Procurei por todos os ingredientes e comecei a preparar o chá.

Outra pontada veio com força e tive que me apoiar na bancada apara não cair. Meus olhos já lacrimejavam e eu tive que respirar fundo para tentar me recompor. Me acalmar para poder voltar a preparar o chá. Aquele seria apenas o começo do cio, eu teria longos dias sentindo aquelas dores, mas para que isso não virasse um desastre absoluto, eu precisava terminar aquele chá.

– O que está fazendo acordado? – A voz dele me fez pular. – Não saia sem me avisar. Fiquei preocupado ao não te ver. – Ele estava com suas roupas de dormi e o seu cheiro parecia mais intenso naquele momento. Senti minha entrada se contraindo e a lubrificação me melando. – Está com dor? Consigo sentir pela marca. – Ele perguntou engolindo em seco.

– Estou fazendo um chá, Duque. – Disse com a voz falha pela dor. – Serei rápido e logo voltarei para a cama. – Avisei, na esperança de que ele fosse embora, mas ele concordou se sentando na mesa.

Irei esperar. – Disse por fim. – O cheiro de amora está forte. – Afirmou, como se me contasse um detalhe que eu ainda não tivesse notado e eu apenas joguei as ervas na panela as mexendo com força para que ficasse pronto logo. Minhas pernas estavam bambas e eu estava apoiado no balcão, fazendo de tudo para me manter de pé.

– Ignore o cheiro, Duque. Eu... coloquei amoras no chá. – Menti com a voz fraca e fechei os olhos ao ouvir o barulho da cadeira, ele havia se levantado.

– Tem certeza de que não quer ajuda? Você está com dor e fraco. – Ele estava perto, perto o suficiente para ver que minhas pernas não estavam nas melhores condições. – O senhor está quente senhor Park. – Ele disse me ajudando a ficar em pé e tocando na minha testa. – Sente-se, irei fazer o seu chá.

IMPURO | JIKOOK | ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora