the war of souls

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— Esqueça isso Pandora. Mestre Yoda disse que Dookan havia injetado algo em você, por isso agiu daquele jeito. Eu deveria ter te ajudado mais, eu senti seu humor mudando e ainda sim não fiz nada. Eu não fui forte. — Ele acha que foi Dookan. Mas não foi, o que será que ele diria se descobrisse. — Você acredita que Padmé me pediu para tentar acabar com essa guerra, pedindo ao Chanceler que volte as coisas como eram?!

— Eu acho que ela está certa, use essa influência com Palpatine de forma boa. Talvez assim ele suba em meus conceitos.

— Vocês duas estão falando como separatistas.

— Será que nós somos as separatistas? Mas esquece isso por agora. E me abrace um pouquinho, igual fez nas águas de Naboo. Quando só existia a gente, sem política, atos de conspiração e siths.

Ele me abraça apertado e eu sabia o que estava acontecendo. Ele estava dividido e logo seu amor por mim seria colocado a prova.

— Tenho que ir, Palpatine me chamou, quer conversar comigo e saber como a senhora está. Deveria falar com ele depois.

— Quando eu estiver morrendo eu falo com ele.— Anakin me olhou sério e me segurou.

— Não fale isso, Pandora. Não sabe o que aconteceria comigo se você morresse. Eu me destruiria.— ah querido, eu acho que sei sim.

Depois que ele sai, eu percebo que está na hora de meditar um pouco e quem sabe conseguir escutar um pouco da conversa de Palpatine e Anakin.

Sento de pernas cruzadas em meu jardim e me concentro, logo sinto que estou flutuando e junto comigo há pedras, folhas e flores. Tenho certeza que meu olho está roxo e por eu ainda estar um pouco fraca, sinto sangue escorrer de meu nariz. Logo escuto flashes da conversa.

"Minha confiança está abalada no conselho Jedi "
             "Eles te pediram para fazer algo constrangedor não é?"
" Jedi's são altruístas, só se importam com os outros."
              " já ouviu a lenda de Darth Plagueis?"
" Não."
             " Ele poderia controlar a vida."
             " foi morto por seu aprendiz."
" É possível aprender esse poder?"
            " Não sendo um Jedi."

Me assusto com o rumo da conversa e acabo caindo no chão com tudo. Padmé que estava dormindo acabou acordando e veio até mim rápido, se mostrando preocupada com a minha saúde.

— Pandora? O que aconteceu? Não deve se esforçar tanto assim. — Minha única reação é abraça-la, senti tanta falta da minha amiga. Nós brigamos e falamos coisas horríveis uma pra outra, mas eu daria minha vida pela dela. — Me desculpe Dora. Não devia ter brigado com você e ter dito coisas horríveis, não entendi seu lado e quis ver apenas o meu. Você desistiu de tanto para me ajudar com o Anakin e eu fui maldosa com você por medo dele perceber que te amava mais do que me amava. Queria te afastar para conseguir me sentir segura e isso foi a nossa ruína.

— A culpa é minha também, Pad. Me deixei levar pelo orgulho e medo de falhar com Anakin. Descontei minhas frustrações em você e isso não foi justo Não dei o suporte, falei coisas que não gosto de lembrar e te magoei com isso. Sei que não posso apagar meu erro, mas quero me redimir. — As palavras eram sinceras, eu senti falta dela e de como nós duas éramos. — Fui imatura demais e agi como uma criança.

Ela me abraçou e pela primeira vez eu senti que tinha feito algo certo, eu poderia até morrer, mas saber que eu iria partir depois de me desculpar com ela já aquecia meu coração. Fomos bobas e brigamos por ciúmes. Nós duas tínhamos inveja do que a outra tinha. Eu tinha inveja dela ter Anakin e ela tinha inveja por eu ter o amor verdadeiro de Anakin.

— Me conte, está de quantos meses?

— Como? Ah claro, a força.

— A força desses dois é muito grande, vão ser ótimos Jedi's. — digo acariciando sua barriga.

— Dois?

— São gêmeos Pad, ou então é uma criança com muita força. — meu riso é  sincero mas logo percebo uma careta de preocupação de Padmé

— Pandora, preciso que prometa que vai cuidar deles como se fosse seus filhos, caso aconteça algo comigo.

— Não vai acontecer nada, Padmé. Esqueça os sonhos de Anakin

— Me prometa Pandora, me prometa!— ela já estava chorando a essa altura.

— Eu prometo, os criarei como meus filhos caso algo aconteça com você, minha irmã.

Puxo ela para um abraço apertado e escuto batidas apressadas na porta, corro até lá atendendo.

— Oi pai. — me adianto e encaixo em seu abraço.

— filha, irei sair para uma missão. Irei de encontro com o General Grievus. Cuide de Anakin, ele está sob pressão, ajude-o a entender seu caminho e a cima de tudo, tire ele de perto do Chanceler.

— Eu juro que estou tentando, meu pai. Mas ele está pegando na fraqueza de Anakin. Querendo manipular ele, falando que pode ajudar ele a salvar alguém da morte. Está enganado ele e isso me deixa aflita de uma tal forma que me sinto tonta. Presa.

— Ele é teimoso mas você é a única que ele escuta. Ouça, eu tenho que ir, mas eu volto rápido. Só cuide dele para que ele não faça nenhuma burrada. Que a força esteja com você, meu amor.

— que a força esteja com você, meu pai.

De repente, sinto como se algo me atingisse em cheio, Anakin estava decidido a me salvar e salvar Padmé. Nem que isso custasse milhões de vida. A força sombria que me atingiu só deixava isso claro. Ele era o novo rei e que a força proteja quem entrar no caminho.

Era isso que faltava, a peça central. A guerra tinha começado agora.

Uma guerra pela alma de Skywalker.

A Parte Oculta Da Profecia- Anakin skywalker Onde histórias criam vida. Descubra agora