Ele foi com a Isa em um carro e eu fui seguindo eles no meu, chegamos e ajudei eles a levar a sacolas para dentro.
— Mãe, chegamos e trouxemos visita. - o Jão diz entrando em casa.
— Pedro, que bom que você veio. - ela aparece e vem até mim para me abraçar.
— A gente se encontrou por acaso no shopping e convidamos ele. - o João explica.
— Já aviso que não consegui tirar a ideia maluca da cabeça dele, então talvez a gente precise pedir uma pizza de emergência. - a Isa brinca.
— Minha própria irmã não confia nos meus dotes culinários. - o Jão faz drama.
— É só um plano B, mas quem disse que foi ideia minha?
— A mamãe tá adorando comer o que eu cozinho e o Pedro é educado demais pra fazer desfeita. - ele empurra ela de leve. - Depois quero te mostrar uma coisa. - ele diz um pouco baixo para mim e sai até a cozinha com a Isa.
Eu me sento no sofá ao lado do Catarina e fico em silêncio analisando a casa mas sinto o olhar dela sobre mim como se esperasse que eu começasse a falar.
— Essa casa é bonita, acho que eu quero uma como essa. - eu falo quebrando o silêncio.
— Você falou com a Alice? - ela pergunta curiosa.
— Sim, hoje mais cedo, eu disse que queria o divórcio e saí de casa. - eu conto sorrindo e ela rapidamente me abraça.
— Que bom, Pedro, e ela como reagiu?
— Como era de se esperar, falou do Arthur, dos nossos pais, dos sócios da empresa.
— Eu imagino, mas mudanças são mesmo difíceis de aceitar no início.
Ficamos conversando sobre isso, sobre a recuperação dela, sobre o Arthur e ela disse que já estava com saudades de cuidar dele. Algum tempo depois o almoço estava pronto e nos juntamos na mesa para comer.
— Preparados pro momento que eu vou calar a boca de todos que duvidaram de mim? - ele diz depois de servir os pratos de cada um.
— Se eu comer e não gostar você me deve 50 reais. - a Isa fala estendendo a mão.
— E se gostar você lava toda a louça de hoje. - ele segura a mão dela.
— Trato. - ele dizem ao mesmo tempo e começamos a comer.
— Nossa isso tá muito bom, Jão. - eu digo depois da primeira garfada.
— É irmãozinho, eu preciso admitir que tá mesmo.
— Eu falei. - ele dá um sorriso de eu avisei. - Preparada pra lavar a louça, irmãzinha? - ele pergunta debochando da Isa.
Passamos o almoço entre risadas e conversas, quando acabamos a Isa começou a juntar o pratos para levar para a cozinha.
— Quero que você veja uma coisa. - ele se levanta e eu faço o mesmo.
Ele segurou minha mão para me guiar até o quarto dele, aquele simples toque tinha causado um choque em mim e não consegui evitar um sorriso.
— Eu escrevi esses dias, como antes você era sempre a primeira pessoa pra quem eu mostrava as minhas letras eu quis te mostrar. - ele estende um papel.
— Essa letra tá incrível. - eu falo quando termino de ler.
— É a primeira música que eu escrevo para o próximo álbum.
— Então o J4 tá vindo aí mesmo? - eu brinco.
— J4? Parece que alguém tem acompanhado as notícias sobre mim. - ele brinca.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sempre foi você - Pejão
FanfictionPedro Tófani, filho de pais com muito dinheiro e obcecados com o que os outros vão dizer, conhece aos 11 anos João Vitor, filho da empregada, que vai ser seu melhor amigo e primeiro, e único, amor. Agora, 6 anos depois de ir embora, João volta para...