Trouxe esse presente de Natal para vocês, e talvez de despedida também, um beijo e aproveitem. ❤️
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[...] 11 anos depois
Pov Arthur
De volta ao Brasil... depois de ter ido morar na Espanha a quase 1 ano para seguir meu sonho de estudar teatro. Mas eu não perderia por nada a renovação dos votos de casamento dos meus pais.
É, eles estão fazendo 10 anos de casados e vão fazer uma pequena cerimônia, e eu como pajem da cerimônia original não poderia faltar.
De cima da escada rolante do aeroporto eu já podia enxergar meus pais lá embaixo segurando uma plaquinha com o meu nome e dois dos meus sobrenomes.
"Arthur Palhares Romania" meu nome tinha ficado maior ainda do que ele já era, mas a felicidade no rosto do meu pai Jão quando eu adicionei legalmente o sobrenome dele era indescritível.
— Oi pais. - largo minha mala quando paro na frente deles para abraça-los.
— Estávamos com tantas saudades. - eles me abraçam forte.
— Eu senti muito a falta de vocês.
— Fez uma viagem tranquila, meu garoto? - Jão me pergunta acariciando meu rosto.
— Fiz sim, pai. - respondo sorrindo.
Assim nós seguimos nosso caminho até o carro deles no estacionamento.
— Ficamos com medo que seu vôo tivesse algum atraso e você não chegasse a tempo. - meu pai Pedro diz dando partida no carro.
A cerimônia é hoje a noite e eu tinha acabado de chegar pela manhã.
— Por sorte não, como vocês iriam começar sem mim? - brinco.
— Não seríamos nem loucos de fazer isso haha.
— Eu me lembro de como você arrancou a sua gravata no mesmo segundo que a cerimônia terminou. - Pedro ri.
— Eu odeio gravata desde pequeno.
Eu adorava a elegância de usar terno, mas sem gravata, o acessório fazia eu me sentir terrivelmente preso.
— Mas você estava tão lindo com ela enquanto entrava com as alianças segurando a mão da Rebeca.
— É, estávamos lindos, ela vai hoje? - eu pergunto coçando meu queixo tentando disfarçar meu incômodo.
— O André nos disse que sim.
— Vocês não se falaram nenhuma vez nesses tempos? - meu pai Jão pergunta curioso e eu nego com a cabeça.
— Não nos falamos desde o término.
Flashback on
— Ainda falta 1 ano pra eu me formar.
— Por que você tá fazendo tempestade num copo d'água só por 1 ano longe?
— Arthur nós estamos acostumados a estar juntos desde os nossos 5 anos, você acha mesmo que esse tempo estando em países diferentes não vai abalar o nosso namoro?
— Vai ser só 1 ano, quando você se formar você vai poder ir comigo.
— Eu não sei se eu quero ir com você, tá bom? Minha vida toda tá aqui e eu não sei ser desapegada como você.
— Então o que a gente faz agora? Porque por mais que eu te ame e muito, eu não vou deixar meu sonho por você.
Estudar teatro na Espanha tinha se tornado meu sonho desde que acompanhei meus pais em uma turnê pela Europa.
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Sempre foi você - Pejão
Hayran KurguPedro Tófani, filho de pais com muito dinheiro e obcecados com o que os outros vão dizer, conhece aos 11 anos João Vitor, filho da empregada, que vai ser seu melhor amigo e primeiro, e único, amor. Agora, 6 anos depois de ir embora, João volta para...