Entrevistas

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Pov Pedro

Acordei assustado sentindo alguma coisa peluda passar pela minha mão mas quando vi era só o Santiago na minha mão que ficou para fora da cama.

Quando virei para o lado vi o momento que eu queria deixar guardado na minha memória para sempre, Arthur deitado abraçando meu namorado na nossa cama, naquele momento parecíamos uma verdadeira família.

Levantei levemente para não acordá-los e fui pra sala, o Renan, a Gio e a Malu já estavam acordados e tomando café.

— Bom dia. - digo chegando perto deles.

— Bom dia. - eles três respondem ao mesmo tempo.

— Fica a vontade aí, a gente pediu algumas coisas em uma padaria aqui perto. - Renan diz mostrando todas as coisas que tinham na mesa.

— Nossa, eu tô morrendo de fome, mas deixa eu ir lá acordar os dois dorminhocos antes. - digo voltando para o quarto e eles riem.

Quando volto para o quarto encontro os dois exatamente na mesma posição fofa de antes.

— Filho. - sussurro baixinho enquanto mexo ele levemente.

— Que foi? - ele pergunta passando a mão nos olhos enquanto está com um biquinho nos lábios.

— Já tá na hora de acordar, já tá todo mundo tomando café da manhã lá embaixo.

— Tá bom. - ele fecha os olhos de novo.

— E tem seu bolo favorito. - continuo.

— Chocolate com cobertura de brigadeiro? - ele pergunta sorrindo.

— Exatamente. - quando escuta isso ele se levanta e saí do quarto sem me esperar. - Agora falta você. - digo olhando para o meu namorado. - Acorda, lindo. - dou um beijo na bochecha dele.

— Que foi? - ele pergunta fazendo um biquinho, sorrio por ele e o Arthur já estarem agindo iguais.

— Isso é jeito de responder seu namorado? - pergunto rindo.

— Desculpa, amor, é que eu ainda tô com sono... cadê o Arthur? - ele vira a cabeça rapidamente procurando ele.

— Ei calma haha, ele já acordou e tá lá embaixo tomando café com o pessoal.

— Ah tá, que susto.

— Quando ele veio dormir aqui na cama com a gente que eu nem senti?

— Eu acordei de madrugada e ele tava no sofá por que não tinha conseguido dormir, aí eu fiz um lanchinho da madrugada e trouxe ele pra ficar aqui com a gente.

— Ai obrigada, amor. - agradeço e me deito em cima dele para dar um selinho. - Eu esqueci completamente do problema dele pra dormir fora de casa, tô me sentindo um péssimo pai agora. - escondo meu rosto no pescoço dele.

— Não precisa haha, tá tudo bem, e eu tô aqui pra te ajudar nessas coisas também. - ele segura meu rosto. - E tem mais uma coisa que eu quero te contar.

— O quê?

— Vida, ele me chamou de pai. - ele conta sorrindo e pude ver os olhinhos dele brilhando.

— Ele o quê? Meu Deus, amor, você não sabe como isso me deixa feliz. - puxo ele pela nuca juntando nossas bocas em um beijo. - Como foi isso?

— Eu, eu nem sei direito, a gente subiu, aí ele deitou e eu disse que eu podia ficar no outro quarto se ele preferisse, aí ele segurou minha mão e pediu pra eu ficar, e do nada ele me abraçou e disse "boa noite, pai".

— Eu tô tão feliz, vida. - abraço ele.

— Eu também, eu fiquei com tanto medo no início, dele não aprovar nosso namoro e a gente ter que afastar de novo, agora estamos assim.

Sempre foi você - Pejão Onde histórias criam vida. Descubra agora