Depois que voltei pra casa eu tentei dormir, mas passei a noite toda me revirando na cama e me culpando por ir embora.
De manhã, me arrumei e mandei mensagem para o Renan e a Malu dizendo que daqui a pouco passaria pra buscar eles no hotel. A Isa tinha passado aqui pra buscar a mamãe pra ir tomar café e almoçar na casa dela.
Quando cheguei eles me contaram que o Lucas pegou as malas dele e foi embora sem dizer nada, o que não me deixava muito surpreso.
Levei eles em uma cafeteria que eu gostava bastante, em um parque conhecido que tinha algumas estátuas importantes e depois para almoçar.
Contei para eles o que aconteceu ontem e só faltou eles me matarem por ter ido embora, eles fizeram questão de ressaltar como eu sempre complico as coisas, e a verdade é que nem eu tinha entendido por que eu fui embora se tudo que eu queria ir era ficar alí com ele.
A Malu recebeu uma ligação de trabalho importante relacionado a um clipe que ela estava produzindo e eles tiveram que voltar, já que ela veio de carro com o Renan. Fomos até o hotel buscar as coisas deles e nos despedimos.
Fui pra casa e fiquei no meu quarto tentando escrever alguma coisa, mas como não saia eu fui na cozinha tomar uma água.
— Alguém em casa? - escuto uma voz da sala e me engasgo pelo susto, mas quando vi era só o Pedro.
— Que susto, Pedro, eu tava sozinho em casa e do nada ouvi uma voz. - eu começo a rir.
— Devia tomar cuidado com esquecer a porta aberta se tá sozinho em casa. - ele ri.
— Nunca se sabe que maluco pode entrar né? - eu brinco e nós rimos. - Sobre ontem... eu quero te pedir desculpas.
— Pelo quê exatamente? - ele pergunta.
— Eu não sabia que eles vinham, e o Lucas e eu... não tem nada entre a gente, Pedro.
— Você não tem que me dar explicações.
— Eu sei que não, mas eu senti que devia.
— Ele quis deixar bem claro que vocês eram muito próximos.
— Seja o que for que tinha entre eu e ele acabou, ele gosta de jogos, eu não. - eu disse e ele se aproximou juntando nossas mãos.
— Que bom, porque acho que estamos muito velhos pra joguinhos. - ele diz e eu puxo ele para mais perto. - O que você quer de mim? - ele pergunta alternando o olhar dos meus olhos para a minha boca.
Soltei nossas mãos e coloquei as minhas na cintura dele o puxando para o mais perto possível.
— Eu quero tudo de você, não só o seu corpo, sua alma, seu coração. - eu sussurro na orelha dele.
— Você sempre teve meu coração. - ele sobe as mãos dele até a minha nuca. - E dessa vez não tem ninguém pra atrapalhar. - ele diz antes de me beijar.
A língua dele pediu permissão e eu cedi causando um suspiro em ambos quando elas se tocaram, fui empurrando ele até deixar ele contra a parede da sala, as mãos dele seguravam no meu cabelo e eu começei a apertar a cintura dele como nos velhos tempos provocando que os dois soltassem alguns pequenos gemidos.
Separamos o beijo pela falta de ar mas ainda sem desgrudar nossos corpos.
— Por que sempre acabamos desse jeito? - eu pergunto rindo.
— Porque estamos apaixonados um pelo outro. - ele responde deixando um selinho na minha boca.
— Sempre estivemos.
Eu deixo outros selinhos na boca dele mas vejo o olho dele aguar então abraço ele e o levo até o sofá.
— Eu sinto muito. - ele diz escondendo o rosto no meu pescoço. - Tantos anos perdidos por minha culpa.
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Sempre foi você - Pejão
FanfictionPedro Tófani, filho de pais com muito dinheiro e obcecados com o que os outros vão dizer, conhece aos 11 anos João Vitor, filho da empregada, que vai ser seu melhor amigo e primeiro, e único, amor. Agora, 6 anos depois de ir embora, João volta para...