Pov João
Já eram quase 2 horas da manhã e finalmente minha "festa de despedida" estava acabando, eu só ia ficar fora por alguns meses mas qualquer coisa para os meus amigos era motivo de festa. As últimas pessoas já estavam indo embora me deixando sozinho com meus dois melhores amigos.
— Assim que eu voltar a gente marca alguma coisa. - eu me despeço de quase todos, e eles vão saíndo.
— Tchau, Jão.
— Tchau, Lucas. - eu dou um selinho nele mas ele me puxa pela cintura me dando um beijo de verdade.
— Vou sentir sua falta. - ele diz com nossas testas coladas.
— Eu também vou. - eu respondo deixando outro selinho nele e ele saí.
— Mente que nem sente. - a Malu, minha melhor amiga, diz do sofá.
— Não é mentira, eu gosto da companhia dele, apesar de não ser nada sério.
— E você não gosta dele desse jeito. - ela interrompe.
— Porque você não consegue se apaixonar depois da pessoa misteriosa pra quem você fez um álbum inteiro, mas não fala sobre para os seus melhores amigos. - o Renan continua.
— A gente te conhece há o quê? Uns 8 anos e você nunca falou dele pra gente. - a Malu diz indignada.
Eu vou até a cozinha e pego uma garrafa de vinho.
— Se querem tanto assim saber sobre ele eu conto. - eu digo colocando um pouco de vinho no meu copo e depois no deles. - Por onde eu começo?
— Pelo nome dele ué. - o Renan diz óbvio.
— Pedro Tófani. - eu sorrio lembrando dele. - Eu tinha 11 anos, a Isa tava estudando no Rio, fazia uns 3 meses que o meu pai morreu e as coisas ficaram meio apertadas e fomos morar na mansão da família dele onde a minha mãe trabalhava.
— Você nunca pensou em mencionar que morava em uma mansão? - a Malu pergunta espantada.
— Não era bem assim haha. - eu rio da reação dela.
Flashback on
— Essa casa é enorme. - eu fico boquiaberto com o tamanho.
— Me ajuda a levar essas malas filho. - minha mãe diz entrando na casa.
— Oi Catarina, deixa que eu ajudo vem. - um homem chega pegando a mala que estava na minha mão. - Você deve ser o Senhor João Vitor certo?
— Não sou senhor, só tenho 11 anos. - eu respondo fazendo eles rirem. - Mas sou eu sim, pode me chamar só de Jão. - eu digo dando a mão ao homem.
— Pode me chamar de Miguel, eu sou o motorista aqui da casa. - ele sorri e volta a levar a mala.
— Onde a gente vai dormir?
— Cada um vai ter seu próprio quarto, se precisar de alguma coisa pra se sentir mais em casa pode deixar que eu providencio.
— Bem que um videogame cairia bem.
— Que modos são esses João, não precisa de nada Miguel. - a minha mãe me repreende.
— Não é problema nenhum Catarina, acho que ainda temos o antigo videogame do senhor Pedro, ainda essa semana eu posso instalar ele no seu quarto.
— Uau, muito obrigado. - eu agradeço sorrindo.
— Dá uma olhada pela casa, deixa que eu levo essas coisas. - ele me diz pegando minhas bagagens menos o violão que eu segurava.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sempre foi você - Pejão
FanfictionPedro Tófani, filho de pais com muito dinheiro e obcecados com o que os outros vão dizer, conhece aos 11 anos João Vitor, filho da empregada, que vai ser seu melhor amigo e primeiro, e único, amor. Agora, 6 anos depois de ir embora, João volta para...