Acordamos no dia seguinte e descemos para tomar café, como só tinha nós dois o café era mais simples.
— Eu tive um sonho essa noite. - conto mordendo um pedaço do meu queijo quente.
— Sonhou com o quê?
— A gente tava em uma ilha com o Renan e a Gi, a gente fez trilha, visitou uma igreja, e depois fomos pra um tipo de luau, e eu cantei Dança Pra Mim pensando em você.
— E você ainda lembra a letra dessa música? - ele pergunta rindo.
— Não, essa é a parte estranha. - rio. - Mas parecia tão real, como se eu tivesse vivido aquilo.
— Quem sabe a gente viveu isso em alguma das nossas vidas passadas. - ele levanta os ombros.
— Será que nas outras vidas nossa história foi menos complicada? - eu brinco e rimos. - Tipo não demoramos mais de uma década pra ficarmos juntos, e os seus pais não eram contra o nosso relacionamento.
— Eu espero que sim haha, eu tava pensando em como vai funcionar essa coisa de relacionamento entre chefe e funcionário.
— O que tem?
— Não é que eu não goste de ter você mandando em mim. - ele brinca me fazendo rir - Mas você não acha que vai ser meio estranho?
— Acho que pode ser um pouco no início, mas a gente pode tentar outra coisa.
— O quê?
— Você pode tentar se tornar sócio da empresa, comprar algumas ações, desse jeito eu não seria seu chefe e você não seria meu funcionário.
— Acha que a Malu e o Renan vão concordar com isso?
— Eu não sei, tente convencer eles.
— E você vai me ajudar nisso, não é? - ele dá alguns beijos no meu pescoço.
— Mas é claro... - seguro seu queixo e deixo um selinho em seus lábios. - Que não. - sorrio e me afasto. - Eu sou um homem sério de negócios e você sabe como eu sou exigente no meu trabalho.
— Marque uma reunião, leve seu currículo, apresente sua proposta, e nós vamos discutir se vamos aceitar ou não ela.
— Entendido, senhor Romania. - ele concorda. - Mas então nada de beijos, carinhos ou mãos bobas até essa reunião, não quero que ache que estou tentando te subornar ou alguma coisa do tipo. - ele levanta com a louça suja e vai para a cozinha.
— Haha muito engraçado, amor. - ele não responde. - Você tá brincando né? Pedro? Pedro? - vou atrás dele.
[...]
Pov Pedro
Surpreendentemente, ou não, eu consegui marcar uma reunião para o dia seguinte, admito que foi complicado montar uma apresentação em apenas 1 dia, mas eu dei conta.
— Eu vou lá pra sala de reunião com eles e você fica aqui esperando te chamarem, ok? - ele diz e eu concordo. - Boa sorte, amor. - ele tenta deixar um beijo na minha bochecha mas eu não deixo.
— Obrigado. - aperto a mão dele formalmente, ele revira os olhos e sai.
Eu me sento no sofá da recepção e mexo no meu computador esperando, uns 10 minutos se passam quando me chamam.
Respiro, ajeito meu terno e entro na sala.
— Boa tarde a todos. - eu aperto a mão dos 3.
— Boa tarde, senhor...? - Malu pergunta como se não me conhecesse.
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Sempre foi você - Pejão
FanficPedro Tófani, filho de pais com muito dinheiro e obcecados com o que os outros vão dizer, conhece aos 11 anos João Vitor, filho da empregada, que vai ser seu melhor amigo e primeiro, e único, amor. Agora, 6 anos depois de ir embora, João volta para...