"I never knew somebody Like you, somebody"— reflections — The neighbourhood
Tara's Point Of View
Eu esperava ansiosamente o sinal tocar para eu poder ir ver Amber jogar, eu sei que ela provavelmente não quer isso, mas eu realmente quero saber o motivo da garota estar tão estranha comigo.
Eu tremia a perna enquanto olhava para o relógio esperando dar 14 em ponto, logo meu pedido tão aguardado foi realizado, me levantei rápido e fui andando calmamente até a quadra, me sentei na ponta onde tinha uma visão ampla do lugar.
Depois de alguns minutos, vi a Freeman adentrar a quadra, ela estava com um regata e seu top por baixo, um short curto e seu tênis de basquete, suponho que seja um tênis diferenciado mesmo não sabendo.
As garotas estavam aquecendo, Amber não tinha me visto ainda, aquilo era bom já que assim eu poderia ter uma vista melhor da garota sem ela ficar envergonhada.
O treino começou, eu observava atentamente Amber jogando, ela corria pra lá e pra cá, ela tinha uma habilidade surreal e desviava dos botes que as outras garotas davam nela para roubar a bola. Depois de algum tempo, a Freeman fez a cesta, ela estava comemorando animada e esbarrou seus olhos em mim, sorri para a garota que na hora devolveu o sorriso, ela estava me olhando até sua onda ser cortada com uma bolada na cara, Amber caiu no chão e seu nariz começou a sangrar, rapidamente várias das garotas ficaram em volta de Amber a olhando sem saber o que fazer, me levantei do meu lugar e corri ate a quadra para ajudar Amber.—Meu Deus você tá bem?—Eu adentrei a multidão que estava em cima da Freeman, levantei a garota que estava com a mão no nariz.—Vem, vamos limpar isso.—Peguei na mão de Amber levando a garota para o vestiário.
—Ta saindo muito sangue ainda?— Amber perguntou, nós duas estávamos sentadas numa cadeira, eu limpava o nariz da Freeman que estava sangrando em abundância.
—Bastante.— Indiquei para Amber segurar o papel e peguei outros para limpar sua testa que estava ralada.— Pro seu primeiro dia você já tá bem na fita.— Amber riu e me olhou com seus olhos brilhantes, fiz o mesmo que a garota e a olhei com um sorriso em meu rosto, aquela situação ficou por uns bons segundos.
—Por que você veio me ver jogar?— Amber rompeu o silêncio e a troca de olhares, me liguei ao mundo de novo assim que ela fez a pergunta, como eu explicaria para Freeman que eu vim vê-la para descobrir o motivo dela estar me ignorando sem a garota tentar fugir do assunto?
—Vim ver minha amiga jogar ué.
—Ta bom você tá mentindo, qual foi o motivo real?— Levantei as duas sobrancelhas com o ato da Freeman ter entendido que eu menti.
—Por que você tá me ignorando?—Amber tossiu, acho que a garota preferia ter aceitado apenas minha mentira.
—Tara eu não estou te ignorando...
—Tá sim! Você não falou comigo praticamente o dia inteiro e só ficou com a Mindy...
—Peraí, peraí, você tá com ciúmes?—A Freeman deu um sorriso de canto e me olhou, abri a boca pensando em uma resposta, talvez eu estava com ciúmes mas essa não era a questão agora.
—Não estou com ciúmes! Só fala o porque, se eu fiz alguma coisa você pode falar.
—Que? Tara, não, você não fez nada! Não é sua culpa, relaxa! São coisas...pessoais, mas você não tem culpa em nada com isso.— Amber falou muito rápido mas eu consegui entender tudo muito bem, senti meu corpo todo relaxar em saber que eu não tinha culpa nisso, mas me preocupei com o motivo dela estar assim.—Me desculpa por ter te ignorado, não vou mais fazer isso.— A garota disse e me abraçou, tudo que Amber disse soou irreal, geralmente as coisas ocorriam diferente e me deixavam ansiosa, mas com ela era tão diferente, Amber me entendia e me tratava de uma maneira diferente e isso me deixava bem e feliz mais que o normal. Eu e Freeman estávamos abraçadas, eu odiava abraços, mas o da Amber me confortou de uma maneira como nenhum outro abraço me confortaria, eu sentia minha alma toda estremecer, minhas mãos tremer e tudo isso de uma maneira tão boa que eu não sei ao menos explicar.
—Quer ir tomar sorvete?—Separei do abraço e disse, Amber deu uma risada leve e assentou, a garota estava com sua testa arranhada de leve mas seu nariz tinha parado de sangrar depois de longos minutos, eu sabia que bolas de basquetes eram duras mas não sabia o estrago que uma bolada com uma faz.
Eu e Amber fomos andando até a minha sorveteria favorita, nós duas conversamos sobre alguns assuntos aleatórios mas em momento algum tocamos de novo sobre ela ter me ignorado e eu acho melhor assim, sem mágoas até porque não foi algo muito grande.
Estávamos perto do lugar, nós duas em um silêncio total, eu odiava ficar em silêncio com as pessoas, mas com Amber aquilo era confortável, era uma maneira de só aproveitar a companhia uma da outra e a companhia de Freeman era o suficiente para me distrair de possíveis desconfortos.
Depois de alguns minutos chegamos ao local, nós duas pegando sorvete e se sentamos para comer.—Pistache é horrível!—Amber falou ao ver eu com meu humilde sorvete de pistache no meu pote.
—Sinto em dizer mas nossa amizade acaba aqui! Já experimentou por algum acaso pra saber, Freeman?— Ela riu e negou com a cabeça.
—Qual foi nem precisa experimentar, o negócio é verde!
—Que tem ser verde? Vai, experimenta.—Depois de muito insistir, Amber cedeu e comeu um pouco do sorvete de pistache.—Eai??
—Ta bom vai é aceitável.
-Ah! Sabia! Chupa otaria, eu tenho um gosto incrível eu sei.—Amber riu e logo parou para me encarar, ela me olhava com um sorriso genuíno em seu rosto, a olhei também devolvendo seu sorriso, aquilo ficou por alguns segundos ali que pareciam uma eternidade, eu adorava aquilo, adorava olhar Amber em seus olhos e ver o seu sorriso depois de eu fazer algo que a garota riu, adorava ver o como ela também se divertia comigo do mesmo jeito que eu com ela, adorava seu sorriso espontâneo sempre que eu faço qualquer graça, adorava ver ela sorrir em síntese.— O que foi? Por que tá sorrindo tanto assim?—Perguntei quebrando o silêncio instalado ali, Amber riu com a minha pergunta como se a resposta fosse óbvia.
—Porque eu gosto de você.
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Moonlight - Tamber
RomanceTara Carpenter, uma garota de 17 anos em seu último ano do ensino médio estava vivendo o sonho adolescente de acabar os estudos logo, 2022 tinha tudo para ser o melhor ano de sua vida repleto de festas, bebida, sexo e drogas ou era isso que ela pens...