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"I'm sick of, sick of, sick of, sick of chasing, You're the one that's always running through my daydream, I-I can only see your face when I close my eyes..."— See you again— Kali Uchis and Tyler the creator

                        Tara's point of view

—Que filme horrível!—Exclamei ao sair da sala de cinema, Amber estava rindo por eu estar reclamando tanto. Eu fingi ter prestado atenção no filme para Freeman não ficar sem graça, mas a verdade é que eu só estava pensando no que aconteceu entre nós duas lá dentro.

—Qual foi, tem piores.—Saímos do cinema e começamos apenas a andar sem destino algum, estava frio, no céu havia milhares de estrelas brilhantes, eu olhava cada uma caçando minha favorita.

—Como vai o basquete?—Perguntei sem olhar para a garota, ela deu uma risada sincera, imagino que foi devido o que aconteceu quando vi a mesma jogar em seu primeiro dia.

—Bem! Não tomei mais nenhuma bolada e as garotas estão sendo legal comigo.—Amber sorriu parecendo orgulhosa do que estava fazendo.

—Fico feliz que esteja se dando bem lá! Eu deveria fazer algum esporte também.—Amber deu uma gargalhada, encarei a mesma com confusão, ela me olhou e riu mais ainda.

—Você tem asma, cara! Lembro que você foi correr até uma esquina e já voltou morrendo.—Ela sorriu pra mim, abri minha boca fingindo estar ofendida. Nós andávamos esbarrando nossas mãos mas nada de realmente juntarmos elas, isso fazia a situação ficar um pouco constrangedora, mas Amber quebrou totalmente isso ao zoar minha asma.

—Vacilo falar isso! Como você sabe que eu tenho asma?

—Porque você me falou??—Amber falou com tom óbvio.

—Não me lembro disso.

—Pois eu me lembro muito bem, guardo tudo o que você me fala pra caso algum dia você faça alguma merda comigo aí eu vou usar contra você!—Ri com o comentário da mesma, nunca pensei sobre o possível uso de Amber sobre minhas informações, mas como eu já disse, eu confio nela.

—Eu te mato se você fazer isso.—Amber riu e quando percebemos nós estávamos na frente da casa da Freeman, Amber olhava para sua casa enquanto mordia de leve seu lábio inferior aparentando estar pensando em algo, ela me olhou depois de um tempo em silêncio, os olhos de Amber aclamavam por algo que eu não entendia o que era, Amber Freeman era como um baú com várias caixas dentro trancado com um chaveado, algumas partes ela deixava eu ver e entender mas outros ela trancava com sete chaves, em resumo, Amber é um mistério.

—Você quer...—A Freeman olhou dentro dos meus olhos, com isso sua postura ficou tensa e sua mão começou a mexer, era isso que a garota fazia quando estava nervosa.—Você vai na festa da Liv amanhã?—Nao era isso que ela ia me perguntar e eu sabia disso, eu me questionava o que Amber guardava nesse coração, o que ela esconde de mim que eu não posso saber? Qual o segredo de Amber Freeman?

—Vou! Quer que eu te busque?

—Quero!—Amber disse e olhou seu relógio, era 21:30, estava apenas eu e a Freeman naquela rua vazia, era um silêncio confortável mas também desesperador, era como se quiséssemos falar algo mas aquilo não saía das nossas bocas, eu não sabia o que eu precisava falar, mas eu sabia tudo que eu queria fazer.

—Te vejo amanhã então?—Perguntei quebrando o silêncio, me arrependi de imediato por estar começando nossa despedida, eu só queria ficar o resto da noite com Amber ouvindo ela falar as coisas mais idiotas do mundo e rir com ela, eu não queria ir embora agora.

—Claro, Boa noite Carpenter, até amanhã.—Amber disse e me abraçou, aquele abraço,  somente o abraço dela me fazia sentir assim, sentir como se tudo tivesse uma solução, como se o mundo fosse melhor, fechei meus olhos para aproveitar a sensação enquanto minha cabeça estava enterrada no pescoço da Freeman, eu sentia o coração de Amber batendo dentro do meu peito, era uma coisa inexplicável, ela era a primeira pessoa a me tocar sem me machucar e é isso que a torna mais especial.

Moonlight - Tamber Onde histórias criam vida. Descubra agora