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"I feel we're close enough, I want to lock in your love, I think we're close enough, Could I lock in your love, baby, Now I've got you in my space I won't let go of you"—Latch.—Disclosure and Sam smith

Tara's Point of view

Eu olhava para Amber depois do nosso beijo, nós duas sorriamos como crianças apaixonadas, tudo parecia irreal, os olhos de Amber brilhavam na vasta escuridão, as cores em nossos corpos estavam misturadas, eu ainda sentia a sensação da mão de Amber passando pelo meu corpo em mim, eu senti um turbilhão de coisas quando seus lábios encostaram nos meus, eu queria aquela sensação de novo. Uma chuva de meteoros nos cobria, nossos olhos cruzavam o mesmo caminho, eu tinha certeza de tudo, tinha certeza que estava apaixonada por Amber.

Ficamos no morro por um bom tempo, apenas olhando a chuva de meteoros e curtindo a presença uma da outra, pela primeira vez eu tive certeza que Amber sentia o mesmo, depois da sua declaração eu poderia ter certeza, eu me sentia viva, eu sentia nós duas perto o suficiente.

Saímos do lugar e fomos até o carro, Amber dirigiu até minha casa, eu estava processando tudo ainda, pensando se algo iria mudar, se tudo iria piorar ou melhorar.
Quando chegamos Amber desligou o carro e me olhou com aqueles olhos brilhantes, com aquela pupila dilatada, eu sorri para a cena, tudo o que eu queria estava ali.

—Te vejo amanhã?—Amber perguntou.

—Sim, vem em casa depois da aula se quiser.

—Obvio que eu vou querer.—Nós rimos, a Freeman morava mais na minha casa do que na dela, era bom ver que o clima não tinha ficado estranho, bom ver que apesar de tudo nós sempre continuaremos amigas.

—Eu te espero então.—Olhei para a garota, nós duas estávamos um turbilhão e isso era óbvio, eu queria abraçá-la, beija-lá e tê-la por completa, me inclinei e depositei um beijo em sua bochecha, sai do carro e entrei em casa, pela janela de casa consegui ver a Freeman comemorando no carro, aquela imagem foi a melhor já vista por mim, sorri descontroladamente, depois de um tempo ouvi uma batida na porta, eu torcia para que fosse Amber e a garota tivesse voltado para passar a noite comigo, mas talvez eu estivesse querendo demais.

—Mindy?—Eu disse assim que abri e me deparei com a garota, não posso negar que me decepcionei ao ver que não era Amber querendo passar a noite comigo.

—Filha da Puta, por que não atendeu minhas ligações? Eu estava preocupada, onde você tava?—Sorri vendo a preocupação da garota, me lembrei de onde eu estava, lembrei de meu beijo com Amber e de como eu ainda estava sentindo seus lábios macios nos meus.

—Eu estava...—Hesitei, pensei na possibilidade de Amber não querer que ninguém saiba ainda.—...aqui em casa, vim com Amber e ficamos vendo filmes.—Menti pela primeira vez para Mindy, um arrependimento me preencheu, mas era o melhor.

—Ah! E ela falou algo tipo...—Mindy ficou animada de repente e falou com um tom malicioso, talvez Amber tivesse falado sobre me contar sobre seus sentimentos, se fosse isso, eu não era a única a guardar segredos ali.

—Não, o que ela falaria?—Menti de novo, eu já estava profissional nisso.

—Porra...—Mindy sussurrou.—Nada não. Eu já vou indo então, te vejo amanhã.

—Sim! Até amanhã vagabunda.—Eu disse e Mindy saiu, subi correndo para o quarto e fui tomar um banho, me joguei na cama depois que acabei, eu encarava o teto e sorria lembrando das palavras da Freeman e de seu beijo, meu primeiro beijo foi com a garota mais especial que podia ser, eu me sentia em um filme clichê de verão, a diferença é que estamos no outono.
Eu pensava na Freeman e seus lindos olhos marrons, eu não sentia mais medo de sentir algo pela garota, eu estava tão eufórica que jurei que não colocaria mais meus pés no chão, eu me perguntava como Amber estava se sentindo agora, me perguntava como seria depois disso, me sentia ansiosa pensando em como seria amanhã, mas tudo ficaria bem se fosse para ficar com Amber ao meu lado, era um fato que eu estava gostando dela e eu fico feliz de saber que é ela a garota que estou tendo a primeira vez de tudo, desde o momento que eu a vi eu senti como se a partir daquele momento tudo iria mudar e realmente mudou, como Amber disse, nossa vida se virou de cabeça pra baixo e eu também fico feliz que essa bagunça seja com ela.
Como sempre falam, a festa de cores foi marcante e posso dizer que ela trouxe realmente cor a minha vida.

Amber's Point of view

A luz da lua brilhante no céu preenchia meu quarto, eu estava deitada com um sorriso em meu rosto passando meus dedos em minha boca lembrando da sensação dos lábios de Tara nos meus, eu mal podia acreditar que eu fiz tudo aquilo, que eu me declarei e a beijei, tudo estava certo agora, é como se eu estivesse emoldurando aquele quebra cabeça que eu fiquei tanto tempo tentando entender, agora ele estava finalizado e eu faria questão de colocá-lo em uma moldura em meu quarto.

Eu lembrava do sorriso de Tara ao ouvir minha confissão, de seus olhos brilhando e a chuva clichê de meteoros, tudo parecia como em um livro, eu sorria pensando que meu primeiro beijo com uma garota foi com a Carpenter, todo o nó na garganta foi tirado, eu queria agora estar ao lado da garota, ouvir ela falar e sorrir ao escutar sua risada, admirar seus olhos escuros e como ela fica estranhamente bonita quando está envergonhada, eu queria Tara aqui, agora que as cartas estão na mesa, agora que eu posso tê-la eu quero ficar com ela o tempo inteiro, talvez seja um dos sintomas da paixão, é patético, eu sei, mas é lindo.

Me levantei e fui até minha escrivaninha, peguei meu caderno de desenho e fui fazer mais uma obra. Tara estava dominando as folhas do meu pequeno caderno, comecei a desenhar nossa cena se beijando no morro especial da Carpenter, comecei a colorir o desenho depois de terminar de contornar as linhas do esboço, para cores misturei rosa e laranja no escuro do céu, um desenho perfeito se formou, mais uma parte da minha história com a Carpenter estava eternizado nas folhas, eu olhava o desenho e sorria genuinamente, talvez meu novo talento era desenhar eu com Tara.

Me deitei novamente tentando pegar no sono, toda essa situação me lembrava do cinema e de tudo que já vivemos, todas as vezes que rimos até nossas barrigas doerem, daquele sonho erótico idiota que eu tive, do jeito que eu enrolo para terminar de assistir nossa maratona de facada só para sempre ter um motivo para ir na casa de Tara, querendo ou não, tudo era meramente calculado pelo meu coração para me guiar até a resposta certa de ser Tara.
Hoje poderia ser só mais uma noite de festa idiota que eu voltaria bêbada para casa, mas foi muito mais, todo meu mundo sem cor se tornou dourado, talvez eu estivesse vendo mais colorido, eu pensava no quão especial a Carpenter era, talvez ela seja de outro planeta, eu me sinto como um adolescente idiota admirando a lua. Depois disso eu não sei como será, mas se for com Tara eu terei um sorriso no meu rosto até o dia que eu morrer.

Moonlight - Tamber Onde histórias criam vida. Descubra agora