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"I don't care how long it takes, As long as I'm with you I've got a smile on my face"—Here with me—d4vd

Amber's point of view

Eu olhava para Tara durante a aula, ela estava prestando atenção na típica aula de Química, eu observava cada detalhe majestoso da garota, seus cabelos bagunçados caídos nos olhos, sua boca chamativa e seu cheiro doce, o professor fala algo mas eu não estou ouvindo, Tara fazia eu ficar em outro mundo, desde que nós começamos isso minha vida é mais divertida e calorosa, passar cada dia com a Carpenter é melhor que qualquer coisa, eu sei que posso estar emocionando, mas eu sei que o que eu e ela temos é de outro mundo. De repente o diretor entra na nossa sala me fazendo desviar minha atenção, o homem pediu licença e entrou.

—Bom dia turma, venho avisar vocês que teremos nossa viagem de formatura na semana que vem, a viagem será para a praia, passaremos 5 dias lá, quero o bilhete assinado com a permissão dos pais ou responsáveis até sexta feira, obrigado pela atenção galera, boa aula.— O diretor disse e começou a distribuir os bilhetes pela sala, depois que terminou o homem saiu, assim que ele fechou a porta todos os alunos começaram a falar entre si animados pela viagem.

—Cara, isso vai ser massa!—Eu falei animada para Tara que estava com um sorriso doce no rosto, seria uma ótima oportunidade para ficarmos mais juntas e quem sabe até algo a mais.

—Vai ser demais! Faz tempo que eu não vou à praia.—Tara disse e me olhou, seus olhos brilhavam, a cena me fez sorrir como nunca, eu sei o quão apaixonada eu sou pela Carpenter, mas a cada dia que passa esse sentimento intensifica, dói o peito só de ver o quão linda ela é, geralmente eu sentiria medo mas com Tara é diferente, sempre vai ser diferente.

—A gente vai poder ficar juntas na praia, só eu e você.—Eu ameacei beija-lá mas lembrei que estávamos em público, recuei lento fazendo a Carpenter dar uma risada leve.—Isso é uma droga.—Eu disse sorrindo fraco, senti o dedinho de Tara puxar o meu, olhei para a garota e dei um sorriso de orelha a orelha assim juntando nossas mãos, só esse toque bobo de Tara me deixava eufórica, eu sei que não importa o que acontecesse, a Carpenter sempre conseguiria me acalmar, isso é tão clichê, mas o clichê com ela é bom.

Os sons dos sapatos das garotas na quadra de basquete eram como música, eu estava treinando para o torneio que iria acontecer daqui um mês, eu era capitã e esse cargo era muito importante para mim então eu estou treinando duro para continuar com isso assim.
Eu esperava ansiosamente algum sinal da Carpenter, ela falou que iria vir me ver jogar mas nada dela, me preocupei sobre ter acontecido alguma coisa com a garota ou algo assim, tentei continuar focada no jogo mas a única coisa que passava na minha cabeça era Tara e onde ela podia estar.

O treino acabou e Tara não apareceu, eu estou sentada no banco do vestiário, o banco que a Carpenter limpou meu nariz quando eu tomei uma bolada e ele sangrou, ri um pouco quando lembrei da situação, eu nunca imaginava que eu e ela realmente viraríamos alguma coisa, o tempo realmente coloca pessoas especiais nas nossas vidas e também tira elas, eu só espero nunca perder Tara, eu realmente estou disposta a fazer isso dar certo, eu espero que seja ela, eu quero que seja ela, eu quero ela.

—Oi.—Aquela voz veio em brisa até meu ouvido fazendo todo meu corpo arrepiar, eu sorri assim que eu ouvi, eu sempre reconheceria aquela voz mesmo que fosse em meio a uma multidão, me virei e encarei Tara de pé atrás de mim, a garota tinha uma sacola em mãos e um sorriso engraçado em seu rosto.

—Oi.—Eu disse boba, eu adorava quando fazíamos isso, Tara sentou do meu lado e me encarou.—Por que demorou tanto?

—Desculpa por não ter visto você jogar, achei que você gostaria que eu trouxesse alguns chocolates e fui até a conveniência mas tava cheio, pelo menos eu consegui trazer.—Ela disse me fazendo sorrir ao descobrir a boa intenção da garota, ela levantou os chocolates e sorriu, droga, ela sabia como me fazer bem, Tara me impressiona a cada dia.

—Meu Deus...

—O que?!—Tara perguntou preocupada pela minha reação.

—Você é incrível.—Eu disse fazendo a Carpenter rir.

—Pensei que você ia falar algo muito ruim, quase infartei.—Ela disse brincando me fazendo rir, estávamos a sós no vestiário, todas as garotas haviam ido embora, o lugar em silêncio se preenchia com os choques que soltávamos a olhar uma para outra, olhei para a boca de Tara implorando com os olhos para sentir seu toque de novo, imagino que a Carpenter entendeu o recado e logo em seguida selou nossos lábios, meu coração disparou tão rápido que eu jurei que ele não iria mais parar, as mãos de Tara em minha nuca faziam com que eu ficasse completamente arrepiada, não importa o quanto fazermos isso, eu nunca vou me acostumar. O beijo esquentava assim como o lugar, a falta de ar não nos atrapalhava, deitei Tara lentamente no banco ficando por cima dela, sorri ao ver a garota por baixo de mim, desci meus beijos pelo pescoço da Carpenter, suas mãos passeavam pela minhas costas deixando arranhões por todo o local, minha mão acariciava sua cintura, voltei a beijar a garota, eu estava com tanto calor que acho que uma banheira de gelo não me esfriaria agora, Tara tinha o dom de fazer eu me sentir assim. A atmosfera quente continuava, eu nunca me cansaria disso, com ela é tão diferente, nossos beijos me fazem sentir um zoológico inteiro na barriga, não é qualquer beijo, não é qualquer pessoa, é Tara. A tensão no ar fazia com que nossa respiração ficasse pesada, inconscientemente minha mão descia lentamente, parei o trajeto quando percebi minha mão na coxa da Carpenter, rapidamente Tara segurou minha mão, uma onda de arrependimento preencheu meu corpo, eu sabia que aquilo era rápido demais, talvez não estivesse na hora.

—Desculpa, eu deveria ter perguntado.—Eu disse parando o beijo e tirando minha mão da coxa da Carpenter, era fofo e bom como tínhamos cuidado em zelar que estivéssemos confortáveis.

—Tá tudo bem, mas acho melhor a gente ir devagar talvez.—Tara disse e eu concordei, nós duas nos sentamos olhando uma para a outra.

—Também acho.—Eu disse, era melhor irmos devagar, tudo de toque é meio novo para Tara e tudo sobre sentimentos por garotas é novo para mim, eu sei que a Carpenter vai fazer tudo ser mais tranquilo e leve e eu quero que pra ela seja assim também.—O que acha de ir na sorveteria?—Eu sugeri quebrando o silêncio, Tara sorriu e me olhou.

—Só se você comer o de pistache também.—Ela disse sorrindo e eu fiz uma cara de nojo.

—Não força a barra, Carpenter.—Eu brinquei, Tara me olhou quase implorando para eu aceitar com seus olhos, revirei meus olhos e me levantei.—Ta bom, você venceu! Se eu ter intoxicação alimentar depois é sua culpa.—Eu estendi minha mão para que ela se levantasse, assim que ela segurou minha mão eu a puxei colando nossos corpos, ela sorriu com meu ato e me olhou, selei seus lábios lentamente enquanto eu segurava sua cintura, a pupila de Tara dilatada era como o universo, ela era meu novo vício e eu espero nunca me curar.—Eu amo você.—Eu disse no ouvido da Carpenter, senti ela sorrir contra minha pele, eu sabia que um "Eu amo você" não era nem perto do que eu sentia por Tara, pela garota eu me sinto como se estivesse dentro de uma garrafa cheia de raios, ficar com ela faz todo um furacão se acalmar, eu sinto como se nada fosse ruim quando estou do lado dela, não me importo quanto tempo demore para que eu e ela sejamos oficialmente algo, o importante é sempre eu estar com ela, só eu e ela.

—Eu também amo você.—Era engraçado, a alguns dias atrás foi Tara quem me disse isso, ela disse primeiro, quando ela disse eu senti todo meu mundo tremer e agora eu senti a mesma coisa, é definitivo que não importa quanto tempo passe, eu sempre vou me sentir do mesmo jeito por ela, Tara é inexplicável, ela é a garota escrita por poesias, seu nome estaria sublinhado no livro com nome das pessoas mais incríveis, na minha opinião, ela é a garota mais legal e bela do mundo inteiro, eu fico feliz em saber que ela é de alguma forma minha e que eu dei a chave do meu coração para a pessoa certa, por mais que ela nunca irá precisar. Eu a amo, isso é o fato mais concreto da minha vida.

Moonlight - Tamber Onde histórias criam vida. Descubra agora