MINHA FRAQUEZA

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A princípio o rei Ananta será esse da foto acima, no entanto sofrerá uma mudança no decorrer do conto.

Já é um spoiler e tanto, não posso falar mais! 🙈🙈😅😅🤩🤩😻🥰

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Planeta Nagah)

REI ANANTA

Antes

Já faz muito tempo desde que estive na Terra para buscar a pequena humana chamada Lígia, acabou que fui persuadido a desistir dela, mas não de encontrar uma fêmea de sua espécie. Só que eu não iria mais me arriscar indo lá e encomendei uma no mercado intergaláctico. Pelo que fui informado, era um negócio mais lícito e as fêmeas não eram trazidas como escravas. Segundo as investigações que mandei fazer, essas poucas raridades vinham por vontade própria. Se bem que, se for pensar direito, isso não é diferente de ser escrava. Elas chegam nessas estações cheias de espectativas e deslumbradas e acabam sendo engolidas pelo sistema e sendo obrigadas a trabalhar nas mais diversas funções, principalmente como prostitutas. É apenas uma falsa liberdade, já que não têm mais direito de voltar para casa.

Minha única desculpa para continuar permitindo que venham a Nagah, é sob o pretexto de que aqui serão melhor tratadas do que nos prostíbulos ou em trabalhos insalubres. Porém, mantenho meus próprios interesses e é por isso que estou me dirigindo agora ao local de desembarque. Os mercadores estão me trazendo uma fêmea. Paguei muito caro por ela. Sinto-me até mal por ser mais um a oferecer uma falsa liberdade, mesmo que seja no conforto e fartura. Ao menos, tenho a certeza de que essa fêmea me aceitou, porque foi uma exigência que fiz: uma que aceitasse quem eu sou.

Meus guardas estão atrás de mim, enquanto deslizo pela rampa até estar diante de machos do setor 7. São espécimes peculiares, que lembram muito os anfíbios que conheci na Terra. Sapos, se me lembro bem.
A fêmea que é empurrada diante deles, está na altura de sua cintura. Suas vestes são brancas e seu rosto está coberto por um véu que desce do topo da sua cabeça.

— Aqui está, majestade! A fêmea do nosso acordo! Faça bom proveito! — fala de um jeito desrespeitoso.

— Sua língua é bastante afiada, comandante! — respondo em sua linguagem mãe.

— Só quis avisar que ela está no cio e é uma boa oportunidade para vossa majestade! — diz com uma expressão em seu rosto asqueroso que deveria se parecer um sorriso, imagino.

— Foi bom fazer negócios com você! — respondo muito sério — Venha! — estendo minha mão para a fêmea e ela praticamente tropeça na minha direção.

Não vou perguntar o que aconteceu a eles, porque não tenho interesse de estender nossa conversa. Como é nosso costume, pego a fêmea no colo e é incrível como não pesa quase nada. A fina roupa que a cobre me faz sentir o quanto sua pele é quente em contraste com a minha. O comandante não mentiu, ela está realmente no cio. Esse cheiro é inconfundível para nós, embora o cheiro nas humanas seja diferente das fêmeas do meu povo, é um cheiro mais adocicado do que cítrico.

O retorno para o palácio e para os meus aposentos, leva apenas alguns minutos. Quando me vejo sozinho com ela, não sei como agir. Estou em minha forma natural e até o momento, ela não esboçou qualquer ação de hostilidade. Isso é bom, acredito!

O REI DE NAGAH: Contos Alienígenas Onde histórias criam vida. Descubra agora