NÃO ESTOU SÓBRIA

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Lya

Meu corpo está quente como o inferno! Nem mesmo os 40° graus de febre que tive por conta de uma virose se compara a isso. Lembro vagamente de ter passado perto de um campo florido e ter achado que havia morrido e ido pro céu. Mas dado ao fato de sentir meu corpo extremamente dolorido, duvido muito disso.
Minha consciência estava oscilando entre o real e o irreal. Por mais que eu lutasse, não conseguia me manter na superfície. Tive a vaga impressão de ver Frederico e me aninhar ao seu corpo para me resfriar.

Estou numa espécie de névoa ou sonho; como sei disso?! Bom, Hektor não gosta de mulher e eu estou com ele entre minhas pernas agora, empurrando com força em meu canal, enquanto peço, desesperadamente, por mais. Então sim, estou sonhando. Mas sendo um bom sonho, para que resistir, não é?! Meu ex-noivo é a visão do paraíso assim nu e duro. Ele me envolve forte em seus braços, bombeando profundamente dentro de mim, até sentir o impacto do seu quadril em meu corpo. A sensação do orgasmo se espalha por cada célula minha, como uma erva daninha. E é delicioso!

Só que seu aperto passa a ser sufocante e subitamente um grito estridente me puxa de volta para a realidade. É quando me dou conta de que estou sendo sufocada por uma naga enorme e Vāyu está preso por aquele que me capturou. Não penso duas vezes e sento o dente no rabo do folgado que me retém. Cada um luta com as armas que tem.
O desgraçado me solta no chão e engatinho para onde avistei uma lâmina parecida com um sabre, só que em miniatura. A arma é minha única esperança.

— Larga meu bebê agora, se não quiser virar uma cobra esfolada…— brado para o que está subjugando meu companheirinho  de aventura.

Eu não deveria ignorar o perigo que o bonitão de olhos vermelhos representa, mas minha preocupação no momento é a criança. Seria tão mais fácil se eu não tivesse me apegado tanto, mas como resistir a essa coisinha fofa?! Além do mais, tenho um fraco por cobras.

— Seu bebê?! Seu filho?! — ele me questiona com um ar duvidoso. Que cobra imbecil! Mesmo sendo um belo exemplar de cabelos longos e vermelhos, posso esfolá-lo sem dó.

— Sim! Ele é meu filho e não vou permitir que vocês o machuquem…solta ele! — minto descaradamente, enquanto tento parecer uma ameaça trocando o sabre para minha mão de apoio.

Observo pela minha visão periférica quando o bonitão de cabelos negros e com ar pomposo, faz um sinal para o outro soltar o menino, que corre imediatamente para os meus braços. Ajoelho-me diante dele e o abraço, aproveitando para verificar se o machucaram.

— Você está bem, meu amorzinho?!

— Vāyu bem… — afirma quase travando a língua pela dificuldade com as palavras.

— Vocês deveriam se envergonhar de ficar intimidando uma criança! — grito furiosa para os dois. Não me interessa quem sejam, para mim não passam de covardes — Eu vou sair daqui com o meu filho e se tentarem vir atrás de mim, não me culpem por ser hostil.

— Seu filho?? Sou o pai dessa cria…vai continuar me ignorando?! — o que tem cara de todo poderoso me fala e sinto um arrepio na espinha e mais uma trovoada de sentimentos conflitantes dentro de mim. Pai?! E mais essa agora. Estou me sentindo a mulher da novela, que agora não lembro qual, ladra de criança.

Eu devia ter um pingo de instinto de autopreservação, mas aqui estou provocando dois seres alienígenas que não sei do que são capazes. E tudo isso por um filho que não me pertence.

O REI DE NAGAH: Contos Alienígenas Onde histórias criam vida. Descubra agora