FÊMEA AGRESSIVA

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Meus amores, sei que a foto acima é um pouco diferente do que apresentei antes, porém é o mais próximo do que imagino para a transformação dele, de modo a parecer mais humanoide e menos personagem de mangá (não sei se deu certo 🙈😅)

Mas imaginem o cobrão conforme desejarem. 😘❤️

Fiz uns retoques para deixá-lo de cabelo escuro e esse resultado foi o máximo que consegui 🤭🙈🤣😅

Votem e comentem!
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Rei Ananta

Minha imagem no espelho destoa totalmente do que já foi um dia. Passo a mão sobre a marca da serpente que apareceu no meu corpo, é como uma tatuagem me cobrindo por diversas partes. É o símbolo do tormento que aquela fêmea traiçoeira me fez viver. É uma marca dada pelo deus Naga. Não conheço ninguém que a tenha. Sobrevivi ao fogo e isso me fez mais forte do que jamais sonhei ser. O fogo ativou uma transformação que poucos Nagas suportariam passar. Trocar a pele na fase adulta resulta em morte em quase 100% dos casos. Mas aqui estou.

O tom dos meus cabelos mudou, meus olhos estão com íris vermelha. Tudo em mim remete a algo sombrio, apesar que isso já não me incomoda, foi exatamente o que me tornei. Tudo que tenho buscado por todos esses ciclos é vingança.

A fêmea traidora não conseguiu sair imediatamente de Nagah. Sua nave foi abatida por caças de elite. Meu DNA em seu ventre me permitia rastreá-la onde quer que fosse. No entanto, de alguma forma ela deu seu jeito de se ocultar de mim e passei muito tempo para sentir novamente seu rastro, algo que foi fugaz, porém já era um ponto de partida. Quatro guardiões foram enviados para a área mais remota de nossa floresta numa missão que levaria dias. Não fui junto porque a quero com vida e duvido ter sobriedade suficiente para não matá-la assim que puser minhas mãos nela. Espero que meu filhote tenha sido poupado. Por alguma razão, não consigo senti-lo. É provável que assim que deu a luz o abandonou ou o destruiu em seu ventre. São tantas as possibilidades que tenho estado inquieto desde a partida dos guardiões.

Depois de uma longa espera, recebo a notícia de que meu filhote foi encontrado com vida com a fêmea humana. Sequer ouço o que um dos guardiões tem a me dizer e saio apressado para o local onde ele disse ter deixado os dois. Adentro os aposentos furiosamente. Num dos leitos avisto meu filhote. Sua simples imagem foi o suficiente para apaziguar, um pouco, minha fúria. Ele dorme tranquilamente e percebo que está vestido em tecidos humanos. Ao contrário do que imaginei, ele não aparenta estar maltratado. Desvio meu olhar para o leito seguinte e dele me aproximo.

— Mas o quê?! — confusão se abate sobre mim ao perceber que esta não é a fêmea cuja vida estou buscando. — Não é ela…

— Foi o que tentei avisar, majestade! — Armet me diz. — A fêmea estava com o filhote e não quis entregá-lo…ela o defendeu como se fosse sua cria. — ele fala calmamente denotando certa surpresa — E tem mais: ela não é daqui! Vi a nave que ela veio…acredito que foi um acidente que a trouxe para cá…É um módulo arcaico que os terráqueos usavam em suas restritas viagens espaciais, o que não faz qualquer sentido, já que agora eles dispõem de mais tecnologias. — ele continua falando — Já mandei averiguar e pelo que os técnicos identificaram, o módulo sofreu ação de uma estrela negra…acredito que a fêmea seja uma viajante do tempo, mais precisamente vindo do passado para o futuro. — completa com um semblante sério.

Chego mais perto da cama ao ouvi-la balbuciar algo.

—"Hum...tão desconfortável…"

Nós Nagas, como bons predadores que somos, conseguimos caçar no escuro através do nosso sensorial térmico e pelo que estou vendo, a temperatura dela está bastante elevada. Sem pensar, elevo a cauda e toco seu rosto. A reação dela me pega de surpresa, ao agarrar essa parte e se esfregar, emitindo um grunhido baixo.

O REI DE NAGAH: Contos Alienígenas Onde histórias criam vida. Descubra agora