ATÉ O FOGO APAGAR

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Meus amores, hoje não estou nos meus melhores dias em relação a saúde e o capítulo não ficou no tamanho que planejei...(queria um bem maior), mas meu corpo só pediu cama.

Espero que gostem!

Votem e comentem!

Abraços!
🥰😍😻❤️
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Lya

Um chá calmante foi servido para mim e dei glórias aos céus por ter surtido efeito. Acho que tive uma queda de pressão. Talvez por conta do ambiente novo, afinal ainda estou em fase de adaptação a esse planeta.

— Olha, me desculpa…estou muito envergonhada! Eu não quis…— pedi pela enésima vez e estou quase chorando de vergonha. Sequer me incomodei com as palavras que só fariam sentido para mim no futuro. Decerto me lembraria delas.

— Está tudo bem, não é nada demais! Posso consertar! — Armet fala calmamente, enquanto mantém um olhar de cumplicidade com sua esposa e eu poderia jurar que estão falando mais coisas nas entrelinhas. É quase como se me escondesse algo. 

Ah, não seja boba, mulher! — repreendo-me mentalmente.

Que vontade de me enfiar num buraco. Ainda bem que eles são bem tranquilos em relação à minha gafe. Conversamos mais um pouco e não quebrei mais nada, o que já está de bom tamanho. Só quero quebrar mesmo a cara da vadia que maltratou meu macho e o meu bebê. 

Não…pera aí…estou surtada ou alucinando?! De onde diabos tirei essas ideias acerca do rei?!

Esfrego o rosto frustrada por tais pensamentos idiotas. É só o que me faltava…

Hum, espere…o que estava me incomodando mesmo?!

Acho que minha mente está bugada. Que sensação estranha! De qualquer forma, agora consigo entender porque o rei é tão reticente com as humanas. A vadia tentou queimar ele vivo e não é pra menos, eu também não confiaria facilmente.

— Lya, daqui três dias teremos o festival das flores Liriacthias, gostaria que você viesse participar. — Eva me fala com sua velha e conhecida empolgação.

— Está me convidando mesmo?! Olhe que venho…— provoco.

— É claro que estou…— ela praticamente dá um grito esganiçado — não é Armet?! Ela é bem-vinda sempre que quiser vir…

— Sim, minha querida! — afirma beijando a cabeleira loira dela.

— Está certo, pode esperar por mim! Agora preciso ir, Jāhnavī deve estar me esperando! 

Os dois me levaram até a porta, como bons anfitriões que são, então me despedi e saí. A viagem de volta foi agraciada com o cheiro doce, levemente cítrico das Liriacthias no cesto. Pelo que percebi, o fruto é algo cultural em Nagah, tanto que tem uma festa própria. Hum, vai ser bom me divertir um pouquinho.

Já de volta ao palácio, resolvi tomar um banho e vestir outra roupa. Acabei suando de nervoso, sem falar que estava com cheiro de chá, pois boa parte caiu em mim. Foi um banho bem rápido, imaginando que Ananta e meu bebê estavam prestes a chegar. Saí da água antes de ficar enrugada, só para tomar um baita susto.

— Caramba! — Acabei gritando — Você ficou maluco?! Eu estou pelada… — não é como se eu precisasse avisar, sendo que estou aqui toda molhada, cobrindo as partes íntimas com as mãos e medindo a distância entre mim e o roupão na bancada.

— Aonde você foi?! Achei que tinha fugido…— Ananta parece um predador me olhando dessa forma.

— Fugir?! Você está se ouvindo, esquentadinho?! Além do mais, para onde eu iria?! — falo indo até a bancada.

Que rei surtado!

Assim que alcancei o roupão, sou virada abruptamente.

— Não saia mais sem minha permissão…

— Ficou maluco?! Você não é o meu dono…

Eu queria dar uma decente xinga nesse bastardo irritante, porém minha boca foi calada com um inesperado beijo. Não vou ser hipócrita, correspondi! O desgraçado beija bem. É o tipo de beijo que me faria molhar a calcinha, se eu tivesse com uma. Mas claro, preciso fazer doce, para manter a dignidade e honra em dias, então mordi seu lábio. O problema é que minha atitude pareceu instigá-lo ainda mais e quando dou por mim, sou erguida e sentada na bancada; minhas pernas estão entrelaçadas em sua cintura e minha intimidade duramente pressionada contra o seu corpo. Sua mão está encaixada em minha nuca, aprofundando ainda mais nosso beijo.

Meu corpo começa a vibrar como se uma onda  estivesse se formando em meu baixo ventre. Quando sua boca se desvia para meu pescoço, distribuindo beijos molhados e pequenas mordiscadas, infiltro uma das minhas mãos em seus cabelos sedosos, segurando com força moderada e com a outra deslizo através de seus músculos das costas.  Meu canal está se contraindo em resposta a cada toque.

Ouço coisas caindo à minha volta, mas não dou qualquer importância, estou tão envolvida e entorpecida de prazer, que não me interessa o meu não desmoronando. Os bicos dos meus peitos estão intumescidos e necessitados de atenção. Não fiz qualquer menção de resistir, quando sou deitada na bancada e sua boca desce num percurso torturante até alcançá-los. Agarro seus cabelos ainda mais forte quando sinto seus dentes resvalando a carne sensível.

Ananta está em sua forma humanoide e nessa posição sinto a pressão do seu pau direto na minha intimidade, que à essa altura, está latejando e implorando para ser invadida.
Mas, para meu desespero, isso não acontece. Ele se afasta tão rápido de mim que sequer tenho tempo de processar o que está acontecendo, isso até ouvir o barulho de uma porta batendo, depois outra.

Abro os olhos, que só agora me dei conta de que estavam fechados, e olho em volta. Sento-me e fico em dúvida se desço daqui. Minhas pernas estão trôpegas e duvido me sustentar de pé. Ainda consigo sentir a quentura dos seus lábios em minha boca e nas partes do meu corpo onde fui beijada.

Que inferno aconteceu aqui?!

Onde estou com a cabeça?! Se isso tivesse continuado, eu teria "dado" para ele sem pestanejar. Que miserável gostoso! 

Nem preciso dizer que precisei tomar outro banho para acalmar "a franga". Como ele se atreve a me deixar assim?! Minha pele está quente como se estivesse com febre e realmente precisei ficar um pouco de molho, até as coisas retornarem pros seus devidos lugares. Até o fogo apagar.

Como vou conseguir encará-lo depois disso?!

Não, Lya, pode parar! Foi ele quem te atacou! Você gostou?! Sim! Mas a culpa ainda é toda dele. Tentei me convencer de cada uma dessas palavras.

O remédio é "fazer a egípcia".

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O REI DE NAGAH: Contos Alienígenas Onde histórias criam vida. Descubra agora