VOCÊ ME DEVE

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Esse capítulo equivale ao tamanho de dois. Fiz isso para compensar vocês por minha recente ausência.

Agradeço a paciência!

Amo vocês!

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❤️😍🥰😘
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Lya

—... e foi isso que aconteceu…— Eva suspira entrelaçando as mãos repetidas vezes, seus olhos marejados.

— Fique tranquila, irei resolver essa situação! Prometo! — fiz o que uma boa amiga faria.

Armet fez o que achou correto e não cabe a mim julgá-lo por isso. Todos somos passíveis de fazer coisas estúpidas para salvar quem amamos.
O irmão dele havia ameaçado levar Eva como escrava sexual se ele não lhe dissesse como entrar no palácio sem ser notado. E claro, não fez isso sozinho. Levou seus comparsas para ajudar nas ameaças e para sequestrar a mim e Vāyu. O guardião não teve qualquer escolha, a não ser se render. 

— Ananta, precisamos conversar! — aviso entrando na sala de reuniões onde ele está com o príncipe Kroḍha.

— Sei que a companheira de Armet esteve com você, então sei o que quer…— fala num tom sério que me irrita.

— Se sabe, faça logo! — cruzo os braços em desafio, sabendo que não será assim tão fácil.

— Ele é um traidor e será punido como tal. Armet pôs sua vida em risco… — faz questão de me lembrar o óbvio.

— Você está sendo irracional! Quem no lugar dele não teria feito o mesmo?! Você não faria, se minha vida fosse ameaçada?! — tento chamá-lo de volta à razão.

— Não há nada que eu não faça por você! Mas ainda sou o rei e não posso deixá-lo sair impune. — ele fala com um olhar furioso. 

Realmente entendo esse posicionamento. Ele é um rei e algo do tipo é uma ameaça ao seu poder, porém fui eu a maior prejudicada, juntamente com nosso filho, só que o pequeno ainda não tem entendimento sobre algo tão complexo, pior ainda exigir qualquer vingança pelo que lhe ocorreu. Porque acredito que Ananta está mais se vingando do que punindo o guardião.

— Kroḍha, me ajude aqui… — fiz beicinho, para ver se ele se compadece.

— Nem me venha com esse olhar de animal fofinho, você me deu uma surra, então dome sua serpente sozinha! — diz e vai saindo de fininho. Que bastardo vingativo!

— Covarde! Eu devia ter te batido mais… — esbravejo e só tenho por resposta uma piscadela provocativa. — Desejo que o deus Naga te der uma humana que te ponha nos eixos, pra você criar vergonha nessa sua cara…

— Lya, por favor, compreenda… Ananta se aproxima e beija meu rosto, quando minha vontade é bater nele e no irmão dele.

— Hum, está bem! — é hora de mudar de tática. Não sou idiota e disponho das minhas próprias armas.

— Você vai desistir dessa ideia absurda, não é?! — ele me olha de sobrancelha arqueada, claramente desconfiado de minha súbita postura compreensiva.

— É claro! — afirmo — Mas como a Eva está muito sozinha, irei morar com ela uns dias e óbvio, levarei Vāyu comigo! — vejo como o semblante dele se transforma numa carranca.

— Você não pode…

— Não posso?! — o interrompo — Vai me trancar na masmorra também?! Porque fora isso, não vejo como você vai me impedir. — jogo duro. — E tem mais, Eva já deixou claro que se Armet ficar preso para sempre, irá retornar para a Terra e você deve se acostumar com a possibilidade de eu ir visitá-la onde quer que ela esteja! — Dou mais uma cartada. — E só mais uma coisa: ela está grávida e qualquer coisa que acontecer com o filho deles será sua culpa! — Dou o golpe de misericórdia.

O REI DE NAGAH: Contos Alienígenas Onde histórias criam vida. Descubra agora